Eu estou com uns três posts pela metade que estou escrevendo sobre música japonesa e percebi que venho falando só desse assunto faz um tempo, então decidi escrever um post sobre minha outra grande paixão: mangás.
Cara, eu estou com preguiça de pesquisar mas tenho quase certeza que já fiz um post parecido uns anos atrás mas não lembro ao certo quais mangás que recomendei, então vou falar de mangás que comecei a ler pouco tempo atrás e que sejam bem novos.
Ichi the Witch

É o mangá desenhado pela artista do act-age, isso já é um motivo forte pra ler. Mas em linhas gerais: "Num mundo fantástico existem bruxas que precisam caçar as criaturas que fornecem mágica pra elas, só mulheres podem ser bruxas até que acham um menino que consegue usar mágica também!!". Acho que é o típico shounen fantástico com magia que se baseia na exploração de um mundo fictício, pensa em, sei lá, Frieren mas shounen... MAIS shounen.
Hope You're Happy Lemon
Mangá de romcom com body swapping, sim, mais um desses. Um tempo atrás fui extremamente julgado por revelar que gosto de mangás de romance, e sinceramente? Julgamento totalmente justificado. O mangá é bem bobinho e não tem grandes dramas (eu pensei o mesmo do começo de Kimi no Iru Machi...). Esse tipo de romance da Shounen Jump tipo, sei lá, Nisekoi ou Kaguya-sama (eu sei que nesse caso era da Young Jump) é o tipo de entretenimento que você consome sem compromisso e sem nenhuma expectativa, se você tá atrás de algo assim, take a shot.
The Jeweler's Maid
Um mangá sobre uma perita em joias (jewel appraiser, foi assim que o Google traduziu) e que por algum motivo é uma Maid, hummm. Acho que foi aqui que falei que tem mangá pra toda profissão possível menos engenheiro né, pois é. É um mangá bem legal sobre uma coisa totalmente aleatória, meu gênero favorito pra ser bem sincero.
Super no Ura de Yani Suu Futari
Outro mangá de romance, me julguem (vocês não fazem ideia da quantidade desses que acompanho). Cara, só de ser um romance de dois adultos já fora da escola e da faculdade já é um sopro de ar fresco nesse gênero. É uma obra bem mais séria que o outro romance que botei nessa lista mas nada deprimente, é do tipo "vida adulta é difícil, vo fumar meu cigarrin rsrsrs" nada do tipo que acontecia no Oyasumi Punpun de "vida adulta é UMA DOR INFINDÁVEL e VOU ME MATAR", enfim, recomendo.
Kono Yo wa Tatakau Kachi ga Aru
É o meu favorito da lista.
Cara, é o mangá que surge a cada 10 anos no Japão sobre a juventude revoltada e cansada e que lida com isso sendo PIROCA DA CABEÇA. Olha gente, se vocês queriam que eu escrevesse uma sinopse pra cada obra, eu desisti de fazer isso na primeira recomendação, vão procurar no Google.
Mas voltando ao mangá: cara, esses mangás sobre jovens adultos que cansaram da sociedade japonesa e despirocam é um clássico, que era muito associado à cultura bosozoku, acho que GTO é um pouco disso também. Nesse mangá tem um símbolo dessa era perdida na personagem principal, que começa a usar uma sukejan (jaqueta típica de delinquente no Japão, que eu quero comprar) ao desistir da vida corporativa pra viver livre.
Esse tema recorrente em mídias no Japão da pessoa que só se fode, chora e grita mas que no fim está livre (SUPOSTAMENTE, ninguém nunca é livre em uma sociedade capitalista), e é meu clichê favorito, QUEM NUNCA DESPIROCOU NA VIDA???? (pessoas que leem este blog já me viram despirocar num trabalho voluntário).
Considerações finais
Eu queria recomendar vários romcoms porque é o gênero que mais estou lendo faz uns anos. Não me pergunte o porquê mas eu amo ler mangá claramente ruim depois de ler um mangá que é muito pesado pra ler e digerir, por exemplo: outro dia peguei Red do Naoki Yamamoto pra ler e tive que fazer gargarejo com um romcom imbecil adaptado de light novel pra não ficar muito noiado da cabeça.
A merda é que esse meu costume (adquirido na pandemia, como tudo de ruim) me fez ler 9 mangás MERDA pra cada mangá minimamente decente. Eu tenho lá meus requisitos pra continuar lendo uma obra: em dois capítulos tem que ter o mínimo de plot pra me manter interessado, esse é um requisito extremamente leniente mas mesmo assim eu dropo boa parte dos mangás que começo por curiosidade antes de terminar o primeiro capítulo.
Eu gosto muito de vocês pra recomendar os mangás ruins que acompanho, não é nem por vergonha que eu não vou citá-los por nome aqui, se um leitor do meu blog me parar na rua me indagando sobre os meus bookmarks no Mihon, eu vou mostrar sem problema nenhum, mas não quero fazer vocês perderem tempo das suas vidas indo atrás de um mangá merda romcom adaptado de light novel que leio pra digerir um capítulo de um mangá do Shuzo Oshimi.
Acho que por muito tempo eu me sentia "superior" por ler coisa "complexa", "pesada" e "triste", eu lia Oyasumi Punpun, Historie, Aku no Hana, Vinland Saga, Monster, etc. (apesar que não cheguei a ler Berserk). Mas é uma merda você ficar se limitando a esses seinen, assim como é ruim se limitar a fight shounen. O mangá que considero o melhor que li até hoje que já terminou é Oyasumi Punpun, mas o melhor que leio hoje é Blue Period, aí já dá pra ver que mudei bem meu gosto.
Vendo agora que falei que Kono Yo wa Tatakau Kachi ga Aru é meu favorito da lista de hoje e meus favoritos hoje são GTO e Katabami no Ougon (que já citei no blog), acho seguro dizer que o clichê de protagonista que só se fode e grita e chora e etc. é o que mais gosto, muito porque eu me identifico com isso mais que deveria. O que me leva pra música do dia:
Essa minha mudança de pensamento sobre o que é meu tipo de mangá favorito aconteceu ao mesmo tempo à minha mudança de gosto musical.
Mas pera Yoiti, você mudou de gosto musical nos últimos 10 anos? Sim porra, você não leu o último post?
Minha banda favorita de todos os tempos ainda é o depressivo Kinoko Teikoku entre 2010 e 2013, mas a Kaneko Ayano ocupa esse lugar do meu coração desde então.
Mas pera, o que a música que postei tem a ver com tudo isso? Assiste o clipe pô.
O que mais gostei de ver nos shows pequenos lá no Japão eram as pessoas "normais" que iam pra ver o show, cantavam chorando as músicas e depois vazavam, mesmo com a facilidade de falar com a banda e tudo mais. Nos shows aqui vejo muita gente que vai porque é da cena, porque conhece a banda pessoalmente, que quer tirar foto com a banda e tal, não vou dizer que isso não rola no Japão, mas o que rola lá não acontece aqui necessariamente.
NO FIM FUI PRA MÚSICA JAPONESA NO FIM DE NOVO, e isso que nem entrei em detalhes sobre o porquê do Kinoko Teikoku na verdade não ser depressivo no fim, mesmo na sua era mais dark... (prévia pra um próximo post?).
Tem dia que quero mesmo ir num karaoke pra chorar cantando uma música do Digimon (você já parou pra ler a letra de Brave Heart?? Puta que pariu, me descaralhei todo chorando na primeira vez que li a tradução). EU QUERO DESCER A RUA TAMANDARÉ NUMA BIKE OUVINDO MASS OF THE FERMENTING DREGS E CHORANDO PORRRAAAAAAAAAA-
eu estou bem, juro
Enfim galera, eu não manjo tanto de mangá porque sinceramente eu não quero. Pelo menos sabendo de música japonesa eu consigo dar uma de palestrinha sem parecer um otaku, eu acho. Mas consumo muito mangá, mais do que qualquer outro meio de mídia, o que é honestamente preocupante, vou pegar algum livro pra ler.
É isso rapaziada, tentem tirar algum sentido desse post que fiz num domingo entre-feriados, podem me mandar e pedir recomendações de mangá também, juro que tento ter boa vontade pra responder neste post, eu não costumo responder comentários porque maioria eu responderia com "ah sim, concordo vdd" e não quero fazer o tipo de coisa que me veria sendo forçado a fazer no trabalho, só que no meu blog. Mas saibam que leio todo comentário neste blog quase que instantaneamente porque recebo e-mail com notificação.
É ISSO
obrigado por continuarem dando palco pra maluco,
vlwflw té mais!