quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CRUSH DE AMIZADE

"Putz, eu queria muito conversar com aquela pessoa mas nunca tive oportunidade." Não é raro eu pensar isso desde que entrei na Poli, e nem estou falando só em conhecer as meninas. 

No meu ensino médio eu tive a (in)felicidade de conversar com todo mundo, até de séries diferentes, já que meu colégio era relativamente pequeno. As coisas começaram a mudar no cursinho. 

No Etapa eu só conversava com estranhos quando queriam discutir algum exercício (geralmente de física ou matemática) e vez ou outra rolava uma conversa solta aleatória. Em 2013 eu não criei nenhum amigo no cursinho, mas em 2014 eu acabei conhecendo pessoas bem legais que sou amigo até hoje, e foi tudo pela obra do acaso da gente sentar perto durante o ano todo, o que foi uma pena porque teve uma boa galera que eu só troquei um papo durante a festa dos aprovados e pareciam ser bem firmeza.

Então eu fui de um ambiente diário de 50 pessoas com minha idade pra uma sala de 200 pra então entrar com 800 na Poli, é óbvio que não tem ninguém que conhece todo mundo do mesmo ano de ingresso (ou será que tem?) mas eu dividi sala com tantas pessoas diferentes e que realmente achava que pareciam ser super gente fina mas nunca tive oportunidade de bater um papo, quero dizer, você não chega numa pessoa falando "Pô, você parece daora, vamos dar um rolê?" em condições normais, talvez numa festa isso pareça ser um comportamento mais aceitável mas não depois de uma aula de Hidrodinâmica.

Quero dizer, eu puxo conversa com pessoas na sala de aula às vezes e criei umas amizades no ano passado que eu juro que não faço ideia como começaram, mas geralmente sou introvertido demais para chegar numa pessoa que não conheço, depois que viro amigo já é outra história.

Eu tive a ideia de fazer este post depois que lembrei que um amigo, que fiz durante minha viagem pro Japão, falou que um dos caras que moraram no mesmo prédio que a gente comentou que era uma pena que eu não ia nos rolês da galera porque eu parecia ser gente fina. Eu até fui com esse cara, e mais uma galera que chegou no mesmo dia no Japão, até Kofu pra passear logo na primeira semana lá, mas realmente depois daí a gente só se viu em situações pontuais (inclusive uma vez já no Brasil). E é uma pena porque ele também parecia uma pessoa bem legal. Os rolês que perdi com o pessoal no Japão foram um ponto negativo de ter me dedicado exclusivamente a ir em shows em Tokyo, não me arrependo tho.

Maioria dos amigos que tenho eu conheci por circunstâncias meio que forçadas: ou dividiram sala de aula comigo (seja em algum curso, colégio, cursinho ou faculdade) ou moraram comigo (no caso dos que conheci no arubaito), tem umas exceções de gente que conheci por amigo de amigo e tudo mais, mas é minoria.

É, eu gosto de conhecer gente, apesar de eu passar a imagem de ser extremamente antissocial e introvertido (o que eu talvez seja?) acho legal conhecer pessoas novas e criar novas amizades, ou como chamam hoje em dia: NETWORKING.

Óbvio que não sou nenhuma Miss Simpatia e quero virar amiguinho de todo mundo, tem gente que não consigo suportar e obviamente tem gente que não me suporta também, e tudo bem, ninguém nasceu pra agradar a todos.

Mas é, acho que li um cara chamar esse sentimento de querer ser amigo de alguém de "Crush de amizade", o que é um nome terrível mas passa a ideia.

Enfim, vocês já tiveram seus "crushes de amizade"? Acho que todo mundo né. Eu já não vejo meus amiguinhos (presencialmente) desde Março então este post é mais uma reza braba pra essa merda toda acabar para todos nós podermos beber uma gelada no bar mais podrão que tiver por aí.

vlw flw té mais!

domingo, 25 de outubro de 2020

WAIFUS

Já que este blog foi feito só pra queimar meu filme, então vamos piorar a situação.

Você já foi apaixonado por uma personagem da ficção, pode admitir... hmm, vamos mudar o tom: VOCÊ JÁ FOI APAIXONADO POR UMA PERSONAGEM DA FICÇÃO, PODE ADMITIR, FILHO DA PUTA!

Talvez a heroína daquele filme, ou uma personagem muito bem escrita num livro ou a menina kawaii no mangá que você leu semana passada (eu sei que 90% de quem lê este blog se enquadra aqui). Mas enfim, todo mundo é culpado aqui, e nem digo de gostar de uma personagem a ponto de querer se casar com ela (como às vezes aparece nas notícias sobre do Japão), mas ser cativado por uma personagem a ponto de ter uma paixão platônica? Quem nunca.

O negócio é que na subcultura dos otakus de plantão na interwebs existe um termo, "waifu" (ou "husbando" se for um personagem masculino), que designa as personagens fictícias com quem você se casaria. Eu... não vou entrar em mais detalhes mas podem ficar sossegados que eu não pensei em me casar com uma personagem fictícia ainda.

Mas eu não vou regular neste post não, vou falar das minhas waifus mesmo, personagens de mangás/animes/games pelas quais sou/fui apaixonado platonicamente em algum ponto na minha vida.

~Waifus~

Minha primeira waifu na vida foi a Lacus Clyne do Gundam Seed. Eu não lembro direito porque, já que ela é uma personagem totalmente rasa e horrível e o anime não ajuda muito, já que é igualmente raso e horrível, mas o Yoiti de 11 anos gostava do cabelo rosa eu acho (??) e a Lacus também era meio idol, meio princesa? Eu não lembro bem. Mas dá pra dizer que a Lacus foi a minha primeira paixão no mundo dos animes.

Depois dá pra falar da Yuna do Final Fantasy X/X-2, a Rise do Persona 4, a Makoto do Persona 5, Akashi do Tatami Galaxy, Celica do Fire Emblem Echoes, Jeanne D'Arc e Sakura Saber (Okita Souji) do Fate Grand Order. Eu gosto muito da Jeanne, ainda mais por ela ser dublada pela Maaya Sakamoto, mas me recuso a ver a atrocidade que é Fate Apocrypha e qualquer Fate não produzido pela Ufotable pra falar a verdade.

Dá pra ver que eu acabo gostando mais de personagens de games do que de mangás/animes, acho que isso entra muito naquilo que falei de como animes, filmes e séries em geral não conseguem desenvolver um personagem de forma tão completa quanto nos livros e, neste caso, nos games também.

Eu particularmente não sou de TER waifus (por mais que as pelúcias na minha cama e as figures na estante digam o contrário), eu tenho umas personagens que acho particularmente KAWAII :3 que acabo comprando merch delas, isso é tão verdade que comprei uma figure do Idolm@ster sem nunca ter jogado/assistido nada da série só porque a figure era kawaii e baratinha (é a figure da esquerda na foto abaixo), não me arrependo.

Estante de uma pessoa normal, que não é otaku e não tem waifus.

 

Como eu não cheguei no fundo do poço no que se trata de relacionamentos interpessoais, não é porque eu gosto de uma personagem que eu sinto vontade de me casar com ela, e por isso que maioria dos personagens que gosto geralmente são muito mais pro viés de sentar pra conversar num bar/café ou de pura admiração mesmo do que uma eventual atração romântica, a Chiyoko do act-age e a Touko do Kara no Kyokai por exemplo são personagens muito interessantes que eu não chamaria de waifu porque seria meio que diminuí-las a seres kawaii unidimensionais, o que não é o caso com Fate Grand Order que é praticamente uma fábrica de waifus pro pessoal gastar a grana.

Enfim, estou com esse post aberto numa aba faz umas semanas já e acho que é isso? 

Em suma, eu realmente, JURO PELOS MEUS CDS AUTOGRAFADOS, nunca tive uma waifu waifu no sentido mais estrito da palavra. Pra ser bem sincero é bem provável que eu nutra uma paixão mais profunda por umas artistas que eu goste (Chiaki Sat- AHEM) do que por personagens que não existem, eh, não é como se eu fosse um fã batshit crazy de idol que nem o maluco stalker do Perfect Blue, eu só acho mais fácil gostar de uma pessoa que existe do que uma personagem 2D.

Quero dizer, eu até joguei Love Plus nas férias pra ver se eu conseguia arranjar uma waifu mas sinto que as personalidades das moças nesses Dating Sims são tão unidimensionais (mais até que no FGO) que eu não consigo vê-las além do que elas fazem nos jogos. Eu li que a Rinko do Love Plus foi baseada na Yuki do livro Dance Dance Dance do Murakami (a minha personagem favorita do meu livro favorito dele) e fiquei bem decepcionado na real.

Acho que no final tudo volta pra aquilo que falei de que o único meio que explora bem os personagens é a literatura, ou eu sou uma pessoa sem empatia alguma, hmm... não, mentira! Eu chorei no episódio 10 do Violet Evergarden como toda pessoa com coração.

A cabeceira da cama de uma pessoa normal, que não é otaku e não tem waifus.

E é isso aí, apesar de eu ter escrito aí que não tenho waifus e acho a ideia meio tosca, posso dizer que fiquei por muito pouco de ter um dakimakura, mas acabei gostando mais da ideia das pelúcias depois de pegar a Miku num arcade.

Fico aqui por hoje, vlw flw té mais! 

Mandem abraços pras waifus/husbandos de vocês.

sábado, 3 de outubro de 2020

Hopi Hari e uma divagação sobre parques temáticos em geral

Como todo bom paulista que estudou em colégio particular de classe média no final dos anos 2000/começo dos 2010 sabe: o maior programa pro final do ano letivo era o Hopi Hari.

Ah Hopi Hari! Eu nem lembro direito que ano fui lá pela primeira vez mas era um objeto de desejo faz tanto tempo que era quase uma obsessão. Eu ficava olhando o mapinha que minha irmã tinha trazido de alguma das vezes que ela foi pra lá e fazia os mais variados roteiros de como aproveitaria um dia passeando por aquele lugar.

Ah, primeiro a Montanha Russa! Depois o Rio Bravo! Chapéu Mexicano! Carrinho Bate-bate! Navio Viking! E a Torre Eiffel pra terminar com chave de ouro!

Enfim chegou o ano que meu colégio considerava seguro pra levar a gente pra lá, acho que foi no sexto ou sétimo do fundamental, e chegando lá era aquilo que você que foi já deve ter passado: calor do caralho, fila em todos os brinquedos possíveis, gente pra caralho, comida superfaturada e horrível e higiene meio suspeita.

Mas eu não me decepcionei, toda a mística do Hopi Hari ser um país e ter uma língua própria é bem legal, além das diferentes áreas serem tematizadas das mais variadas coisas: de velho oeste americano a civilizações antigas. O foda mesmo eram as filas infinitas e o Hopi Pass que era um cheat code pago praticamente, mas nada o suficiente pra me traumatizar.

Eu acabei indo umas três ou quatro vezes pro Hopi Hari e todas as vezes foram divertidas, dos brinquedos maiores eu só não fui mesmo na Torre Eiffel PORQUE EU TENHO UM MEDO FODIDO DE ALTURA e sou um medroso na moral, eu fui arrastado pelos meus amigos pra todos os brinquedos possíveis mas esse tipo de coisa não é pra mim na moral. A última vez que fui pro Hopi Hari foi em 2011 ou 2012 e eu já estava cansadaço de ter emoção, curiosamente foi logo antes da moça lá ter caído da Torre Eiffel e o parque ficar fechado por um tempo.

Eu tive chance de ir num parque maior que o Hopi Hari, a Tokyo Disneyland no caso, mas não fui pra ir pro show da Chiaki Sato. Meus amigos do arubaito ainda não me perdoaram por isso mas tem uma série de fatores que me fizeram escolher gastar meu tempo andando por Tokyo do que pela terra do Mickey no Japão.

Parquinho de diversões de Caraguá.

Particularmente eu sou bem mais os parques menores que são abertos pro público (e não cobram entrada) e você só precisa pagar pelo ingresso pra cada brinquedo. Óbvio que são feitos pra públicos diferentes, um parque de beira-mar não é feito pra você gastar o dia inteiro lá, mas esse clima mais casual é incrível. Eu passei pelo Cosmo World de Yokohama e senti a mesma vibe do parquinho à beira-mar de Caraguá que tanto amo, os parques de diversão abertos nas cidades litorâneas são patrimônios da humanidade.

Cosmo Clock, parte do Cosmo World de Yokohama.

E por isso mesmo meu sonho é visitar Coney Island bem mais do que a Disneyland. Desde que joguei Bioshock Infinite e pesquisei mais sobre como eram os parques de diversão no auge de Coney Island, eu criei um fascínio por parques de diversão abertos à beira-mar, e quanto mais sujão mais interessante fica porque lembro de Flapjack e do Neutral Milk Hotel, nisso o parque de Caraguá ganha do de Yokohama.

Enfim, eu tive a ideia pra fazer este post porque estou usando minha caneca do Hopi Hari que comprei na última vez que fui lá, é daquelas que tem uma camada de gel que congela rápido dentro dela e você deixa ela no freezer até precisar gelar uma bebida rápido. Eu devo ter pago um preço absurdo por ela mas pô, ela está em uso faz uns bons 10 anos e é uma lembrança de um bom momento que tive com meus amigos.

E é isso aí, espero um dia ir pro Hopi Hari de novo, ou não, não sei se tenho ânimo pra ir ainda.

vlw flw té mais!