quinta-feira, 11 de agosto de 2022

formei

 formei

Quero dizer, não oficialmente. Faltam uns papéis pra preencher e tudo mais, mas cumpri todos os créditos e horas de estágio necessárias pra pegar o diploma de engenheiro naval. 

Foram sete anos e meio, uma jornada que começou lá em 2015, e que vocês podem muito bem ler desde o começo neste blog.

Ah, mas o que falar? 

Eu me encontrei com um amigo hoje e fiz uma pergunta que sempre faço pra quem fez Poli:

"Você passou mais nervoso na Poli ou no trampo?"

E a resposta, como sempre, foi: Na Poli, com certeza.

Óbvio que devem ter exceções. Conheço um cara que perdeu 20 kg em 3 meses quando trampava no mercado financeiro, e perdeu por stress, não porque quis. Ele certamente ia dar a resposta contrária, mas no geral o pessoal costuma sofrer mais na Poli do que no começo da carreira.

Sinceramente eu acho que maioria das formas que a Poli te faz sofrer são inúteis. A maneira que as matérias são cobradas é irracional, a grade é feita pro cara não ter tempo pra estudar (quanto mais trabalhar...), o ambiente é pesado, competição (fora da naval, graças a deus) é totalmente desnecessária, enfim, ambiente propício pra ficar lelé da cuca.

Mas eu curti a vida universitária?

Não.

Mas foi por minha própria culpa.

Não ia pra festas, não participava da atlética, não fiz parte de nenhuma entidade ou grupo de extensão, não fiz optativas (muito) longe da Poli, não fiz IC, não fiz intercâmbio e nem participava de eventos, tirando aqueles que tinham brindes.

Mas acho que perdi minha paixão pelo curso muito cedo. A realidade de que provavelmente nunca iria trampar na área veio junto com a Lava Jato e fiquei um (longo) tempo perdido sem saber muito bem o que fazer da vida.

A pandemia foi o choque que precisei pra botar minha vida nos trilhos: passar em todas as matérias que acumulei nos últimos anos e arranjar emprego, o negócio foi loco.

Mas além disso eu fechei esse capítulo da vida sem muitas emoções, sem muitos amores ou muitos dramas, mas com muitos amigos e pronto pra receber muita porrada na vida.

Os amigos, aliás, foram o que fizeram tudo isso valer a pena.

Desde que entrei em 2015 até este ano eu conheci muitas pessoas pelos corredores da Poli e, sobretudo, na mesa de sinuca do CEN.

Gente que ajudei e me ajudou, que me ouve reclamando da vida e reclama junto e também que não tem receio de me dar uma dura quando necessário, o que é frequente.

Se não fosse por essas pessoas eu certamente teria desistido da Poli antes, o que sinceramente não sei se teria sido bom ou não.

Mas enfim, o que me espera agora?

Primeiro vou tentar botar minha saúde nos trilhos: começar a frequentar a academia mais vezes por semana, me alimentar melhor, dormir melhor, etc.

Depois eu queria focar pra uns processos internos no meu trampo pra ter um plano de carreira bacana.

Depois eu não sei, talvez uma pós? Planejar uma viagem longa? Só o futuro vai nos dizer.

Eu costumo nunca ter expectativas pra nada na vida, e continuo com essa política! Então vamos ver onde isso vai me levar.

Hmm, queria escrever mais sobre minha graduação quando tiver com o diploma (ou pelo menos o certificado de formatura) em mãos, até lá vou matutando sobre esses últimos sete anos e meio.

vlw flw té mais!