sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

CARROS

Eu, como todo homem hétero com mais de 20 anos que cursa engenharia, tive uma fase em que gostava de carros.

É o clássico: os pais fazem o filho gostar de carros quando ainda crianças pra ele ter aquele hobby de homem macho alfa AAAAAAUUUUUUUUUUUUUU sem necessariamente a mãe achar ruim: não é tão violento quanto gostar de armas de fogo e não é tão machista quanto gostar de revista de mulher pelada.

Mas é, eu gosto de carros.

Sempre tive meus Hot Wheels e eu gostava dos muscle cars quando criança, mas quando comecei a acompanhar Initial D (lá pelo ensino médio), eu obviamente peguei gosto pelos JDM, os carros feitos pro mercado interno japonês.

Enfim, vou listar meus carros favoritos aqui e um breve motivo de porque eu gostar de cada um deles. Só botei os esportivos porque tenho o espírito de um adolescente que acha que um dia vai acelerar algum carro pra além dos 200km/h.

Subaru Impreza WRX STI (2006)


Acho que o Impreza dessa geração é o que conseguiu melhor balancear o design estranho típico da Subaru com uma coisa que fosse mais aceitável, tanto a geração antes e a geração depois também são bem bonitas, só não a geração atual do Impreza.

Nissan Fairlady Z (1ª geração)


Eu particularmente amo todos os Nissan Z até os de hoje, mas esse design dos Coupé da década de 70 eram bem charmosos, razão pela qual também amo o Dino.

Honda NSX (1ª geração)

"vídeo do Ayrton Senna dirigindo essa máquina pelo Circuito de Suzuka usando mocassins"

É, talvez, o meu carro dos sonhos caso eu ganhe na loteria.

Ferrari Dino 246 GT

Sempre foi meu carro favorito da Ferrari, mesmo não tendo o logo do cavalo. Se fosse pra gastar uma grana numa Ferrari que seja nessa, sem os excessos agressivos do design dos supercarros de hoje e também um pouco antes dos experimentalismos do design europeu dos anos 80. 

Uma Ferrari V6 sem o logo da Ferrari pra ostentar, stealth wealth at it's best.

Ford GT (2005)


Acho que por tirar o design de um carro de corrida, o Ford GT não tem aquele design de BADBOY típico dos supercarros do século XXI. Eu acho lindo tanto o GT40 (que foi o carro de corrida dos anos 60 que inspirou o GT) quanto o GT de 2005, o GT de agora é zoado justamente por adotar esse design agressivo em vogue faz tempo no setor.

Porsche 911


Assim como o Fairlady, eu amo todas as gerações do 911 (na imagem acima é o 991) mas nesse caso eu realmente não tenho um favorito. O 991 eo o 997 são lindos mas o 911 original tem o charme dos clássicos, eu aceitaria qualquer um deles na real.


Menções honrosas

  • O Toyota Celica original é um carro que adoro por ser meio que a versão dos Pony cars americanos feito pelos japoneses;
  •  Ford Maverick, porque foi o esportivo mais famoso da história do Brasil, além de eu gostar bastante dos pony cars;
  • Aston Martin DB9: o Ford Fusion antes do Ford Fusion;
  • O Mini original porque é o cúmulo da britanicidade.
  • Gurgel BR 800, pra ter um pouco de patriotismo nessa lista.

Enfim, acho que é isso.

Eu sempre curti design de carros, motores e tudo mais mas não o bastante pra querer fazer isso da vida, design utilitarista tem seu charme e é por isso que faço Engenharia Naval.

vlw flw té mais!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Menino, esqueci sobre o que era esse mangá

Eu tava olhando a lista de mangás que tenho que terminar e me deparei com o Karate Shoukoushi Kohinata Minoru, um mangá de 50 volumes sobre artes marciais. Eu dropei ele quando fui pro Japão (assim como muitos outros mangás) mas a tradução quando dropei já estava no volume 48 e eu podia muito bem pegar pra ler o resto em uma tarde e o mangá se tornaria então o mais longo que já li até hoje, o que está nesse posto neste momento é Initial D.

Mas eu não lembro nada sobre o mangá.

Foram 48 volumes de pancadaria, treino, pancadaria sem sentido, os protagonistas pegaram a faixa preta e teve mais pancadaria também, eu acompanhava o mangá faz uns bons 5 anos e eu não lembro de nada sobre ele.

E não é só esse mangá: Change 123, Rookies, Shibatora e Ga-Rei são todos mangás com mais de 10 volumes que eu li faz um tempo e não lembro de nada da história além de, talvez, um resumo de uma linha. Eu não vou nem entrar no mérito dos mangás que mudaram minha vida ou os meus favoritos, mas tem mangá que li faz o mesmo intervalo de tempo, com a mesma duração (aproximadamente) e que lembro bem mais: Beck, Sket Dance, Katsu! e Hoshi no Samidare não são estimados como clássicos dos seus respectivos gêneros mas são obras muito boas. 

Eu não estou querendo desmerecer as obras que esqueci, já que lembro bem que gostei bastante de Rookies quando li (é um dos melhores mangás pra ensinar as regras de baseball sem ficar maçante) e Change 123, pro gênero, é um mangá bem diferente, mas não foram obras que me marcaram.

Agora falando dos mangás memoráveis, Hoshi no Samidare em particular acho que é um dos melhores mangás shounen já feitos: os personagens são incríveis, a história é bem bacana e é totalmente na linha dos shounens de sucesso, não tem nada que faça com que a obra seja particularmente intragável. Do gênero de fight-shounen com poderzinho, esse mangá só perde pra FMA, FALO COM TRANQUILIDADE. O grande mistério é porque ele não foi adaptado pra anime.

Mas enfim, eu fiz esse post porque lembrei de Haibane Renmei, que é um anime cult do começo dos 2000, e é uma obra que pode ser apreciada tanto da maneira superficial, você só assiste e aceita o que te botam na sua frente, ou você pode mergulhar no anime, já que ele é extremamente alegórico. Eu tenho que reassistir Haibane Renmei porque na primeira vez que vi eu obviamente só vi o que tava lá (já que eu tinha uns 15 anos) mas eu ainda lembro perfeitamente do anime inteiro. 

Haibane Renmei é um anime tão morno, tão comfy numa primeira assistida que você pode jurar que vai esquecer dele dali uma semana, mas toda a construção do universo, da história e dos personagens é feita de maneira tão natural que acaba te marcando, recomendo demais que todos assistam se tiverem afim de ver uma coisa diferente. Mas fica o aviso que é um anime de 2002, na minha opinião os animes dessa época foram os piores da história (em termos de qualidade) já que tava no começo do uso dos computadores nas animações.

E acho que é isso. Eu fiquei um tempo pensando nessa categoria de mangás/animes que foram marcantes o suficiente pra gente não esquecer deles por um bom tempo ao mesmo tempo que não tão marcantes pra gente ter sido influenciado por eles. No mundo dos filmes acho que um que entraria nessa categoria é Chungking Express, que é um filme bobinho mas que foi bem legal (e marcante), só não o suficiente pra eu dizer que foi um divisor de águas na minha vida como foi Poderoso Chefão, Apocalypse Now ou Lost in Translation.

Enfim, é isso.

Acho que vou dar uma reassistida em Haibane Renmei, aquele anime é bom demais.

vlw flw té mais!

sábado, 23 de janeiro de 2021

Vendo Tokyo pela primeira vez pela janela de um ônibus

A minha mala de comidinhas foi arrombada  (pela TSA ou por outras pessoas? Nunca saberei) quando viajei pro Japão. Eu não fiquei muito bolado já que o plano era justamente jogar aquela mala fora e comprar uma maior em terras nipônicas, mas como eu tava praticamente sozinho sem conhecer ninguém quando cheguei no Japão, eu perdi a chance de pedir por restituição ou qualquer merda que seja da Emirates, minha viagem no Japão já tinha começado mal.

O cara da empreiteira do arubaito acabou demorando um pouco, e depois de pegar um pequeno friozinho ao descer do A380, quando a gente saiu no estacionamento do Aeroporto de Narita pudemos sentir o frio que enfrentaríamos dali pra frente no Japão. Era começo de Dezembro, tava um frio da porra pra alguém que tava acostumado a dias com máximas acima de 30º em terras tupiniquins.

No minibus que levaria a gente até Yamanashi eu acabei sentando numa das cadeiras da frente que eram sozinhas na esquerda (já que o bus tinha configuração banco-corredor-dois bancos) e fui separado do pessoal gente fina que me acolheu na escala em Dubai. Sentado no meu banco eu fiquei ouvindo a conversa do cara da empreiteira e troquei um papo com outros caras que conheci no aeroporto que faziam FEA, a conversa começou porque eu tava com o clássico moletom da Poli.

Mas no meio desse papo e tudo mais, depois de um tempo já acostumado com o interior aquecido do bus, a gente passou sobre as vias expressas em Tokyo. 

Eu fiquei embasbacado, bobo, sob um transe fodido.

Foi a minha primeira vez vendo Tokyo e puta merda: a Skytree, a Tokyo Tower, a Rainbow Bridge, vários cafés abertos à noite, prédios enormes, salarymen saindo pra beber, tudo o que eu sonhava eu vi lá de cima. Ainda hoje consigo lembrar perfeitamente daquele momento, foi amor à primeira vista.

Conversando com um amigo que foi pra arubaito dois anos antes, ele falou que também passou pela mesma experiência: "Motora, pode parar e me deixar aqui que eu me viro!", que cidade maravilhosa!

Depois dessa rápida passagem por Tokyo eu só fui voltar lá no ano novo, quando meus primos me levaram pra Odaiba e pra Tokyo Tower. Odaiba foi bacana e tudo mais (eu AMEI esse lugar, não me entenda errado) mas não parece Tokyo, agora eu fiquei muito mais maravilhado com o pouco que vi da Tokyo de verdade nos arredores da Tokyo Tower, por mais que não seja dos bairros mais famosos.

Eu acabei conhecendo Tokyo mesmo (Shinjuku) só quando voltei novamente no dia 11 de janeiro pra ver meu primeiro show, e isso vocês podem ler em pelo menos quatro posts passados que fiz, mas lembro até hoje do trajeto todo que o ônibus fez de Kofu até Shinjuku: primeiro ele passa por uns pontos em Kofu, passa em Minami Kofu, pega a via expressa, passa na frente de um hotel bonitão na estrada que parecia cassino, passa na frente do jockey clube de Tokyo e entra em Tokyo pela via expressa elevada, chegando em Shinjuku o busão passa por umas regiões cheias de escritório até chegar na rodoviária.

Quando o busão entrava em Tokyo pela via elevada eu sempre me maravilhava, não importava se era a primeira ou a décima vez que via aquela paisagem, Tokyo representava tudo pra mim. Chegando em Shinjuku e quando passava pelos restaurantes de ramen, os escritórios enormes e lojinhas estranhas, eu sentia uma emoção de sair o coração do peito.

Olhando as fotos que tirei no Japão eu percebi que não tirei fotos nesses "amores à primeira vista" que tive com Tokyo, acho que simplesmente por estar paralisado pela paisagem nem me passou na cabeça de querer tirar foto, o que é legal ao mesmo tempo que meio triste por não ter ficado registro. 

Por mais que eu não goste mais de música japonesa e nem de mangás e animes (o que acho improvável) no futuro quando eu puder voltar pra Tokyo, a impressão que aquela cidade deixou em mim vai ficar marcada pra sempre.

Por essa e outras que não me arrependo muito de não ter explorado o resto do Japão. Eu DUVIDO que qualquer outra cidade passe a mesma vibe que Tokyo só de você entrar nela de busão, EU DUVIDO. Osaka, Nagoya, Kyoto, Sapporo, eu tenho fé que todas essas cidades são incríveis e que eu amaria elas se tivesse as visitado mas Tokyo é Tokyo.

Eu pago pau pra Tokyo mesmo e não escondo. Apesar do trabalho no frio de rachar o cu, acho que o arubaito foi bem bacana por ter me dado essa chance de conhecer o Japão antes dos 30. Eu tenho essa neura de querer aproveitar minha juventude e um dos itens mais importantes, e que parecia mais improvável, era conhecer Tokyo antes dos 30 anos, pois fui com 23 e devia ter ido até antes na moral. 

Mas ainda sonho em poder voltar lá antes dos meus 30, afinal os artistas que gosto estão envelhecendo junto comigo, assim como seus fãs, então não vou me sentir muito deslocado. Além de já ter tido uma legítima experiência BUDGET de Tokyo, porque não uma mais luxuosa na minha próxima vez lá? Só de pensar em dormir em hotéis de verdade, comer coisas que não sejam ramen, gyu-don ou hambúrguer e pegar táxis e o Shinkansen já me anima bastante.

Eu sei bem que vai ser difícil eu voltar pra Tokyo antes dos 30, morar lá então seria quase impossível, mas depois de ir lá pela primeira vez eu perdi muitos dos medos que tinha. Pode ser difícil, quase impossível até, mas dá pra fazer. 

É meu quinquagésimo post sobre Tokyo e provavelmente vai ter mais ainda, caguei, foi o lugar mais interessante que fui na vida.

Vai se foder, Tokyo é daora pra caralho. 

vlw flw té mais!

P.S. Caso o Governo do Japão (ou o Governo da Região Metropolitana de Tokyo) queira fazer parcerias comerciais e me adotar como embaixador cultural, favor comentar neste post ou me mandar DM no Twitter ou Instagram, apesar da minha agenda cheia, uma viagem pra Tokyo com tudo pago pode me fazer desmarcar uns compromissos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Vestibular em Midgard

Toda vez que jogo um RPG (não de mesa, nunca joguei RPG de mesa) onde tem que escolher uma classe, agora sempre penso como um adulto.

Eu tenho a tendência de jogar qualquer jogo me inserindo no personagem: quando tem uma quest urgente eu não corro pro outro lado do mapa pra pegar um colecionável, eu paro pra ver a paisagem de qualquer game que invista nisso, eu comia a comida mesmo não tendo impacto em jogos como Mafia 2 e Fallout e quando preciso escolher a classe do meu personagem eu penso seriamente como seria viver daquilo no mundo do jogo.

Eu tava jogando Fantasy Life (um jogo esquecido de 3DS) e ele oferece uma boa gama de classes pra você seguir no jogo: indo das mais clichês tipo paladino e mercenário até umas bem interessantes como chef, marceneiro e estilista! Pô, legal pra caralho!

Eu geralmente escolhia uma classe porque ela tinha um gameplay bacana, um vasto leque de armas e, caso jogasse com amigos, possibilitava de montar uma party legal.

Mas ultimamente eu entro no mundo do jogo e penso: "Hmmmm, o que eu escolheria se tivesse naquela situação?"

Mercenário pode parecer legal mas me parece um emprego instável que depende muito da situação do mercado pra continuar existindo, paladino é uma ocupação bem mais estável, com melhores possíveis benefícios e privilégios, mas em certos mundos de certos jogos o governo sob o qual você trabalha é tão instável que você corre riscos a cada mudança de poder.

Qualquer emprego na área de comércio é mais seguro do que depender da sua espada mas também pode depender das flutuações do mercado. Ser um farmacêutico (alquimista), ferreiro ou qualquer coisa na área deve também dar uma fonte estável de renda.

Ser clérigo deve ser estável pra caralho porque além de ser um cargo da igreja os caras fazem papel de médico também, o estilo de vida pode deixar a desejar mas morrer de fome você não morre.

No Ragnarok em particular tem uma caralhada de classes, eu gosto da linha dos mercadores porque eles se tornam mecânicos se seguirem a linha dos ferreiros ou bioquímicos se seguirem a dos alquimistas, eu só quero ganhar dinheiro sem sujar as mãos... NÃO HÁ CONSUMO ÉTICO NO CAPITALIS-

Enfim, num mundo onde o combate é o que valoriza cada um acho que não tem como escapar muito das classes mais clichês mas é sempre legal imaginar o que você faria no universo do jogo se não tivesse que seguir a quest principal pra matar o DEMON LORD. No do Ragnarok acho que eu iria mesmo ser mercador e seguir como mecânico já que eu curto bastante trabalho manual e de confeccionar coisas. Se eu fosse forçado a escolher uma classe pela arma/habilidade que ela confere, eu escolheria uma classe tank tipo paladino ou monge ou uma classe mágica porque soltar foguinho da mão nunca é demais.

Acho que estou lendo muito mangá de isekai barato mas é legal adentrar de cabeça no mundo do jogo assim. Todo jogo que jogo com seriedade eu acabo rushando porque maioria deles têm um senso de urgência na missão principal que, pra mim, não tem sentido ficar perdendo tempo nas side quests. Exceção óbvia aqui é Fallout New Vegas que a main quest não tem aquele senso de urgência dos demais jogos da série, dando bem mais abertura pra side quests mesmo no contexto do jogo.

Pois bem, acho que é isso. Espero ser transportado pra um isekai quando morrer pra poder virar um mercador bem sucedido emMidgard.

vlw flw té mais!

sábado, 16 de janeiro de 2021

Me passa teu nick na Steam

Acho que dá pra ver muito sobre a pessoa pelo nickname que ela usa em jogos online/Steam em geral.

Os nicks que uso desde que criei a PSN (lá por 2010) são Tesslakane e Shidochi.

Tesslakane eu tirei da Tessla, que é a planta primordial no mangá Trigun Maximum (sim, não é do Nikola Tesla!) e Kane é do Cidadão Kane, eu sequer vi o filme (ainda) mas achei o nome legal na época.

Shidochi veio do apelido que um monitor de turismo, que acompanhou o nosso grupo na excursão pra Intervales em 2008 pelo meu colégio, que deu pra mim, na real era mais Shidoshi como ele falava, mas misturei aí no meio influência do Momochi, um jogador de Street Fighter que eu curtia na época, aí virou Shidochi. しどち ou しどうっち (Shidocchi)?

Tesslakane é um nick bem moleque de 15 anos e Shidochi é nick de japa, no questions. Eu também uso às vezes "Renai Circulation" quando jogo nos Gartic da vida e meu nome no Discord é Yoyoiti, nada muito original.

Mas tem uma variedade de grandes grupos de nicknames que são usados pela maioria das pessoas que jogam online:

  • xx_DARK_CRUZADER_99_xx - Apesar de não ser tão mais comum ficar botando xx antes e depois do nick, esse tipo de username ainda é bem comum entre a molecada pra eles parecerem BADASS, óbvio que o Yoiti de 12 anos também tinha o dele: hitokiriYo09, hitokiri é assassino... tirei do Rurouni Kenshin;
  • Zinho_98 ou Lulu98 ou Luisz98 - Nome ou parte do nome com ano de nascimento, não é o mais original mas acontece;
  • FlavorlessCandy ou LyricalStargazer - Qualquer coisa em inglês que não tem sentido é coisa de adolescente do começo dos anos 2010 ou usuário de tumblr (dois conjuntos com MUITA intersecção). Eu, obviamente, passei por essa fase também;

Enfim, tem também os nicknames cômicos, os políticos e várias outras categorias, mas esses são mais temporários.

Maioria das pessoas não perdeu tempo escolhendo um nick DAORA pra usar pra sempre na vida, e digo que essa é uma escolha quase tão difícil quanto a escolha de curso na faculdade.

E é foda, acho difícil demais conseguir pegar um nick que ao mesmo tempo não seja muito EDGY e que seja criativo. Eu sempre escolhi nickname contando com o, quase impossível, dia que eu fosse GAMER PROFISSIONAL e meu nome estivesse no header de um stream de Street Fighter no Twitch.

E como meus maiores exemplos foram jogadores de Street Fighter do começo dos 2010, eu tinha como ídolos o Daigo, Tokido, Bonchan, Mago, Momochi, Haitani, Kazunoko, Nuki e a galera toda do Japão. A tradição de nicknames nos e-sports do Japão é bem diferente da ocidental, na maioria das vezes é o sobrenome ou abreviação dele, algumas exceções notáveis são o Tokido (que ele tirou de um combo de KOF) e o Daigo, que usa o primeiro nome só porque ele pode. No ocidente a tradição dos nicknames é mais o que você encontra em lobby online ainda: uma mistura de palavras em inglês com animais no meio por algum motivo ou uma abreviação do primeiro nome se o cara for devidamente conhecido. Os nicks coreanos seguem mais a tradição ocidental, pelo o que conheço deles pelo menos.

Pela tradição japonesa dos e-sports acho que o mais normal seria um simples "Ishida" ou, já que é um sobrenome muito comum, um "Shida", mas Shidochi não foge muito. Na tradição ocidental eu talvez um "DAN1BOY"? Ou simplesmente "dani" pra parecer que sou tão foda que sou o único que teve a audácia de usar "dani" como nick, nisso "Yoyo" também é totalmente possível.

Mas é, eu não pretendo virar gamer profissional mas nunca se sabe. Apesar de não usar "Daniel" em nenhuma rede social (e muito amigo meu da Poli não saber meu primeiro nome até hoje), ainda acho que seria legal ter um nick simples (e até meio andrógino) como "dani", é tipo meu sonho aparecer o nick junto com o patrocinador na stream de algum campeonato foda de Street Fighter como sendo Red Bull eSports Team | dani. Pô, é pica demais... e os bonés da Red Bull são bem daoras.

Eu tava com planos de parar de usar o Tesslakane pra usar só o Shidochi mas puta merda, todas as minhas contas estão como Tesslakane e mudar tudo seria um cu, então em jogos novos eu registro como Shidochi mas as minhas contas mais importantes (não só de games) continuam como Tesslakane por enquanto.

E é isso aí, qual é o nick que vocês usam na Steam ou em jogos online em geral? Eu sei que no caso dos pro-gamers é um pouco mais fácil já que tem menos gente pra repetir nick mas é legal pensar sobre.

vlw flw té mais!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Santos Futebol Clube

Eu sou santista, de torcer pro Santos FC mesmo, não que nasci na baixada.

Eu, como a maioria dos brasileirinhos por aí, comecei a torcer pelo meu time por causa do meu pai. Meu pai é santista logo virei um, deu a lógica.

Eu já escrevi um post falando sobre futebol mas a classificação do Santos pra final da Libertadores ontem reacendeu a a paixão que tenho por esse time.

O Santos é um time de interior, é um time grande? Sem dúvidas, mas seu estádio é minúsculo pros padrões atuais e a gestão do clube sempre foi amadora pra dizer o mínimo. Tirando uma gestão ou outra que injetou dinheiro no time, o Santos vive numa crise financeira desde a época do Pelé.

E é um ciclo infinito torcer pro Santos: surge um moleque da base > ele joga pra caralho > o time ganha ou quase ganha um título improvável > vendo o moleque > gasta grana num craque aleatório que não vinga > começa a dever dinheiro > o time se desintegra > salários atrasados > não dá pra contratar ninguém > surge um moleque da base...

E nesse ciclo infinito que é torcer pro Santos, a melhor parte é ver o time fodido. 

Pergunta pra qualquer santista se ele esperava no meio do ano passado se o time de agora ia chegar na final da Libertadores. Ninguém ia responder que sim. Talvez o time de 2018 que tinha o Rodrygo, o Sanchez não machucado e com salários em dia, mas o de agora? Sem chance.

Mas o torcedor santista nunca está otimista, o santista de verdade sempre espera que o time vai estar uma merda, que finalmente o Santos vai ser rebaixado, mas nunca acontece.

Em 2015 o Santos repatriou o Ricardo Oliveira, desacreditado por estar velho, ganhou o Paulista e fez frente à força do Palmeiras milionário. 

Em 2010 o Santos tava paupérrimo numa crise fodida, chamou o então ídolo Robinho de volta e desde o ano anterior tava apostando em dois moleque da base: uns tais de Paulo Henrique Ganso e Neymar. Uma Copa do Brasil, uma Libertadores e vários paulistas.

Quando o Santos tá bom geralmente dá merda, tipo a compra do Montillo ou do Leandro Damião, esse time não sabe gastar dinheiro. 

Mas a fama do Santos de revelar jovens talentos anda de mãos dadas com as constantes crises financeiras, nunca que um técnico iria botar um Rodrygo, um Neymar ou um Robinho de 18 anos pra ser titular de um time de primeira divisão se o clube tivesse dinheiro pra contratar.

Mas é, acompanhar o Santos é acompanhar o time que mais representa o futebol brasileiro. É acompanhar um futebol moleque, malandro, um time que sempre vai apanhar de argentino ou uruguaio porque só tem moleque franzino mas vai responder em campo. O Santos vai contra todas as expectativas, mesmo as dos torcedores, e ora ganha, ora perde, mas nunca deixa de jogar um futebol bonito e alegre em campo.

Se eu espero que o Santos ganhe a final da Libertadores contra o Palmeiras? Sim. Acho que a campanha do Santos seria linda do mesmo jeito, mesmo que perdesse contra o Boca na semi ou que perca a final. Time totalmente desacreditado, o número 7 lesionado, usando o quarto goleiro porque o resto tava ou lesionado também, ou processou o clube pra vazar ou com covidera, presidente sofreu impeachment, salários atrasados, com restrição da Fifa pra não poder contratar, etc. Isso se comparado à situação estável que o Palmeiras se encontra desde a entrada do patrocínio da Crefisa é inimaginável, mas como falam: dinheiro nem sempre compra títulos. Mas o Palmeiras ganhou vários, só deixem essa Libertadores pro Santos, por favor.

É isso aí, agora são 16 dias de ansiedade até a final no Maracanã.

Torçam pelo Santos.

vlw flw té mais!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Competitive Music Listening

A não ser que você seja da indústria fonográfica (não leia essa palavra errada), é bem provável que eu leve a música mais a sério que você, quero dizer, eu fui pro Japão só pra ver uns shows.

Desde que passei a ouvir música japonesa, eu simplesmente esqueci o que é ouvir uma música de boa. Se eu gostei de uma música EU PRECISO SABER QUEM É TODO MUNDO QUE ESTÁ NELA.

Cantor, produtor, músicos, engenheiro de som, preciso saber onde nasceu e quando nasceu o vocalista, preciso saber quando a banda começou, onde ela começou, em que gênero a música se encaixa, quais foram as influências do artista, o contexto do cenário musical quando saiu o álbum, etc etc etc.

E essa minha obsessão é dificultada pelo fato de eu amar música japonesa underground, a odisseia que foi achar info de bandas como BOaT e Citrus foi quase hercúlea, e no caso do Citrus em particular (que eu só achei uma entrevista, em inglês por sorte, e DUAS FOTOS) isso só aumentou meu interesse pela banda.

Mas é, no mínimo do mínimo, se eu gosto mesmo de uma música/álbum, eu pelo menos vou dar uma fuçada no twitter do artista (se ele estiver ativo) ou faço uma busca rápida no Google pra saber pelo menos o contexto do lançamento.

E apesar da maioria das pessoas tratar música de uma forma secundária se comparada a outros meios (como filmes, séries, livros, etc.) eu acho que é bem recompensador levar a música assim a sério. 

Eu tenho um puta preconceito com música muito comercial ou muito "higienizada" que não mostre a emoção por trás de quem a fez, por isso eu não gosto muito de música erudita e daquele jazz mais limpinho. Legal legal, os caras são virtuosos e tocam perfeitamente, mas as pequenas falhas, as quebras nas vozes em refrãos emocionais, os improvisos e erros que fazem a música ter uma alma.

Mas o programa de ir assistir uma orquestra é bacana, até o começo da quarentena era o principal programa familiar que eu participava.

Voltando ao assunto do post: acho que você perde muito se deixar a música simplesmente como algo secundário que você dá uma ouvida quando vai estudar ou pega playlist pronta no Spotify, meu deus, não tem nada mais recompensador que pegar um álbum bem produzido e ouvir de cabo a rabo sem distrações, ou pegar um show BOM e assisti-lo como você assistiria a um filme, ou simplesmente ir pra um show e mergulhar na VIBE que é um bom show, seja ele com um público de 30 ou de 30000.

O Spotify cagou totalmente no mercado fonográfico porque agora música se tornou uma arte secundária. Lançamentos físicos de CDs são raridade fora do Japão, o que é uma pena já que o encarte do álbum é todo pensado como uma forma de complementar a música, acho que muito pouco é transmitido só olhando a arte da capa pela janelinha do Spotify.

Os festivais grandes como o Lollapalooza também contribuíram pra transformação dos grandes shows em eventos puramente sociais. Hoje maioria do pessoal que vai pro Lolla sequer sabe quem vai tocar, só vão lá mesmo pra tirar foto e postar no Instagram, aí entendo como é boa a proibição de filmar os shows no Japão.

A cultura de shows no Brasil é pobre demais na real, assim como a apreciação pela música nacional, se comparada com países europeus ou, obviamente, o Japão. 

Sinceramente que entendo quem só ouve música pra estudar e no caminho pro trabalho, mais tempo se dedicando a pesquisar sobre algo não sendo remunerado é tempo perdido, mas é uma coisa extremamente recompensadora você pegar a história da música e ir traçando como surgiu tal coisa e o processo todo até chegar na banda que você tá ouvindo.

Quando ouço Shiina Ringo por exemplo: você pode traçar a influência que ela teve das bandas do underground de Fukuoka (onde ela passou a juventude) como Number Girl e Mo'some Toneblender, como você também pode ver um toque aqui e ali de cantoras antigas como a Hibari Misora ou até influências eruditas como o Debussy. Olhando ainda no contexto do cenário musical japonês do fim dos anos 90 você pode ainda pode enxergar o começo da carreira da Ringo junto com as outras que se tornariam as divas do Jpop: Namie Amuro, Hikaru Utada e Ayumi Hamasaki, e ainda podemos traçar o histórico de divas pra muito antes: na década de 80 tinha a Akina e a Seiko e antes tinha a Momoe e antes disso ainda tinha a Hibari Misora, que foi a primeira diva do cenário musical japonês.

Pra mim ouvir qualquer música é um estudo de história, é prova concreta que tá tudo interligado. Dá pra facilmente ligar a Kaneko Ayano com o Bob Marley ou a Salyu com Debussy.

Acho que um estudo aprofundado em teoria musical e produção também contribuiria pra uma experiência mais bacana no consumo de música, ou talvez poderia tirar a minha diversão também, quem sabe.

Enfim, acho que é isso. Escrevi isso tudo porque me peguei procurando info de show de banda que curti tipo duas músicas, mas meu espírito não se aquieta até eu conseguir enxergar o cara que fez a música pra além do nome dele.

É isso aí, vlw flw té mais!