domingo, 24 de junho de 2018

TOP 6 FILMES DO YOITI

Eu tava na procura de um site que catalogasse todos os filmes que vi e onde eu pudesse dar notas (que são totalmente aleatórias) pra rankear mais ou menos todos eles. Acabei descobrindo que o rateyourmusic também tem um extenso catálogo de filmes e acabou que optei por isso mesmo, senão seria mais um login/senha pra lembrar.

Alías, como vocês vão ver, eu não sou "cinéfilo" ou pseudo intelectual o suficiente pra ficar usando termos técnicos, então não fique puto pela inserção de uns "daora" ou "do caralho" ou ainda "puta que pariu, que filme fodaaaa".

Até agora cataloguei 185 filmes, sendo que a média de nota dada é de 3.05 (de um total de 5) e com desvio padrão de 0.97. Desse todo aí apenas seis filmes ganharam nota máxima, e vou falar deles aqui:

1 - Perfect Blue (1997)

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O que posso falar desse filme? É o melhor filme de anime já feito na história, assim como todo filme do Satoshi Kon, Perfect Blue daria um ótimo filme ocidental, não há a maioria dos clichês dos animês e a direção é simplesmente maravilhosa.O filme se trata de um thriller psicológico muito loco que aborda a transição de uma idol para o mundo do cinema, ela começa a ser stalkeada, tem uns mental breakdowns e como todo filme do Kon há também o ênfase na tênue separação entre real e não-real. Eu sou péssimo pra falar de coisa complicada mas fica a dica, filmão.

2 - Mononoke Hime (1997)

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O melhor filme do Studio Ghibli. Pode enfiar tua nostalgia no cu, Mononoke Hime é melhor que Viagem de Chihiro DE LONGE, quem é Chihiro em terra de San? Eu amo esse filme de maneira que nem dá pra explicar, toda a relação entre humano e natureza aqui é focada de maneira bem mais, uh, natural do que viria a ser nas animações pós-2000, aqui foi o auge do Estúdio Ghibli sinceramente. Outro da Ghibli que merece menção honrosa é Porco Rosso, simplesmente 10/10 também.

3 - Le fabuleux destin d'Amélie Poulain (2001)

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Sim, é praticamente o atestado de que sou um puta hipster (vanilla, já que um hipster TRU botaria Godard aqui). É bonitinho, tem tudo o que você deve ter visto naquele vídeo sobre teoria das cores no Youtube e tem também a Audrey Tautou que é uma das minhas atrizes favoritas de todos os tempos. Acho que mais que história, que não é o forte (e nem o enfoque) do filme, a visão romantizada de Montmartre (bairro de Paris) é legal demais :3, óbvio que lá não deve ser assim mas a estética do filme todo é muito legal, TUDO NESSA PORRA É VERMELHO E VERDE... e acho isso 10/10.

4 - Blade Runner 2049 (2017)

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/a/af/Blade_Runner_2049.png/250px-Blade_Runner_2049.png

Eu tava descrente numa sequência pro Blade Runner, o filme já tava perfeito como era, mas puta que pariu, eu tava errado. Você já deve ter ouvido tudo o que eu poderia falar sobre o filme: longo pra cacete, meio chato, não é uma sequência boa pro primeiro filme, efeitos especiais e fotografia DO CARALHO, etc. Acho que dá pra repetir que A FOTOGRAFIA NESTE FILME É DO CARALHO, vai tomar no cu, esse filme deve ter sido o mais bonito já criado pela humanidade. Vale ressaltar aqui que dá pra ver esse filme tranquilamente sem ter visto o primeiro, tem umas referências aqui e ali mas o plot é autoexplicativo. Com certeza o melhor filme que já tive o prazer de ver nos cinemas.

5 - Lost in Translation (2003)

http://la-screenwriter.com/wp-content/uploads/2012/07/mpw-24563.jpg

É um filme, ambientado em Tokyo, com a Scarlett Johansson e o Bill Murray, com a trilha sonora praticamente toda de shoegaze. Sinceramente, esse podia ser o filme mais bosta da história que eu ainda gostaria e daria 10/10, MAS NÃO É BOSTA, a Sofia Coppola fez aqui uma verdadeira obra de arte ambientando uma história de... quase romance? entre dois personagens ocidentais em Tokyo, usando a própria cidade (e a cultura japonesa) como uma personagem sem apelar pra estereótipos.

6 - The Godfather (1972)

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Pra quem me conhece essa é a escolha mais óbvia da lista, é meu filme favorito desde meus 12 anos. Sim, é uma visão totalmente romantizada da máfia italiana nos Estados Unidos e sim, teve uma caralhada de livros e filmes que mostravam melhor a realidade do que acontecia no submundo americano mas vai me dizer que você assiste Game of Thrones pelas referências históricas?
Acho que mais do que a máfia, O Poderoso Chefão fala sobre família, não a porra da "tradicional família centrada na figura do casal heterossexual" mas a família de sangue, caralho (que, acreditem, não é sinônimo pra máfia). Acho que aquela fala no trailer pro game Mafia 3 resume bem o conceito de família que a máfia aparentemente promovia: "Família não é com quem você nasce, é por quem você morre", e isso é bem reforçado nos filmes, fosse no assassinato do marido da Connie no primeiro filme e do Freddo no segundo por traição ou a maneira que Michael trata o filho do Sonny no terceiro filme pra sucedê-lo como chefe da família ou ainda a maneira como Michael trata Al Neri quando o conhece no livro, em todos esses acontecimentos o papel da família é ressaltado e também como a família "de sobrenome" nem sempre é família mesmo. Enfim, acho que é um clássico que todos deveriam ver e, pessoalmente, é o melhor filme que já assisti.

Enfim, tá aí meu top 6 best movies ever. A trilogia inteira do Poderoso Chefão vale a pena ser assistida (até o horrendo terceiro filme) e o livro também é muito bom, acho que foi o primeiro filme e primeiro livro decentes que tive na minha vida. Vale notar também que, tirando Poderoso Chefão e Blade Runner 2049, todos os filmes possuem pelo menos uma protagonista feminina, só por curiosidade mesmo.

Acho que por hoje é só, se quiser ver minhas ratings no RYM é só procurar meu username "Tesslakane" lá que você acha.
Ahoy!
vlw flw
té mais 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

A banda mais underground que eu gosto, por enquanto

Sim, vai ser mais um post sobre música japonesa, eu sei que vocês não gostam mas foda-se, meu território aqui.

Outro dia, depois de horas de exploração, acabei descobrindo mais uma banda nova: BOaT. Apesar de parecer que fui atraído pelo nome completamente navalesco, foi a salada de gêneros diferentes com que eles experimentaram que me atraiu, saindo de um pop-rock bem padrão Judy And Mary, passando por algumas influências de reggae e dub até chegar num negócio meio post-rock.

Devo admitir, tirando talvez Usagi (que é conhecido só por ser precursor do Midori), BOaT talvez seja a banda mais underground que gostei a ponto de ouvir a discografia completa, e vocês nem imaginam a dificuldade que tive em achar tal a discografia. Depois de não obter resultados no TPB e no rutracker, acabei por apelar pro VK (famoso Facebook russo) onde, por incrível que pareça, consegui achar dois álbuns (de um total de quatro lançados pela banda), mas num bitrate horrível, horrível. Acabou que achei a discografia completa da banda num drive que um cara tinha compartilhado numa thread arquivada da board de música do 4chan, onde cheguei por total acidente.

Beleza, BOaT era formada por três mulheres e dois homens, sendo duas vocais femininas (guitarrista e baixista) e um vocal masculino (guitarra solo), a banda acabou durando cinco anos e produziu quatro álbuns, além de diversos splits e compilações. Depois que a banda acabou, os dois guitarristas acabaram indo pra uma banda instrumental "Natsumen" que obteve um sucesso um pouco maior que BOaT, mesmo sendo bem mais experimental por natureza. A joia de tudo isso aí é o último álbum que o BOaT lançou: RORO.

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Quem tá familiarizado já deve ter entendido agora a dificuldade de achar esse álbum, RORO é um tipo de navio que transporta carga sobre rodas (roll-in/roll-out), agora imaginem o que achei procurando "boat roro" no Google. Na verdade a gente até acha umas coisas sobre o álbum (não links de download) mas o pensamento me divertiu.
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RORO é o que considero um álbum quase perfeito, batendo de frente com álbuns bem mais conhecidos do "cânone informal de melhores álbuns do Japão" como o Long Season do Fishmans, Num-Heavymetallic do Number Girl e Three Out Change! do Supercar. RORO é um puta álbum foda, ele compartilha de um tema que sempre esteve presente nos álbuns da banda e também está presente na discografia do Natsumen: o Verão. É legal ver como eles representam o Verão em cada release, seja misturando reggae/dub com um pop-rock ou um surf-rock ou ainda um post-rock que é interessante pra dizer o mínimo, isso já no último álbum deles.

O amor em usar o Verão como tema se estendeu ao Natsumen (Natsu é Verão em japonês) onde o som é um Jazz experimental totalmente instrumental, o que era meio que a tendência natural pro som da banda visto o decrescente uso de vocais nas músicas.

O líder do BOaT/Natsumen acabou sendo uma figura relativamente influente no meio musical japonês, a ponto de ter composto uma música pra Kaela Kimura, que por sua vez é uma das cantoras japonesas mainstream que mais se comunicam com artistas de gêneros diferentes.

Enfim, se você chegou até aqui por que não ouvir o melhor álbum da banda? Aqui está:


Sim, a maneira mais fácil de ouvir este álbum é pelo Youtube (assim como várias outras bandas underground do Japão), como RORO saiu por uma label indie então acho que não tem muito perigo em tirarem o vídeo do ar.

Pois bem, é isso aí, escrevi este post inteiro no Evernote nos trajetos de casa pra USP então sepá tem erro aí, mas to com muita preguiça e muito fodido nas provas pra ficar checando essas coisas.

vlw flw, té mais
PS: o próximo post será sobre cinema.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Quase um Jamie Oliver brasileiro

Acho que é seguro dizer que não sei cozinhar.

A começar pelas carnes, já foram três churrascos seguidos que, por algum motivo, fui encarregado de salgar as carnes e quase que metade das pessoas saíram com pressão alta, FOI MAL GALERA. O ponto da carne pelo menos eu acerto, PRA MIM, que é o ponto da carne mal passada mas quente o suficiente pra ter matado qualquer tênia ou bactéria (pelo menos na minha imaginação).

Minhas tentativas de cozinhar em casa também foram todas fracassadas, a começar pela carne de porco cozida em chá preto e marinada em sakê (que vi num mangá), maluco, minha casa ficou cheirando a sakê e sei lá mais o que ia na marinada daquela merda por umas duas semanas, a carne ficou comestível mas acho que errei um pouco a mão na marinada, não dava nem pra sentir gosto do porco.

No mais, eu poderia enumerar mais umas quatro ou cinco receitas que vi em mangás e tentei fazer na vida real mas deram muito errado, mas rapaz, vocês não têm ideia do que aconteceu nessa quarta.

Tava eu lá, quarta de manhã, sem aula por causa da greve dos caminhoneiros, morrendo de fome e com três ovos na geladeira, ora pois, vamos fazer um ovo cozido já que frito faz mal.

Fervi a água com o ovo por uns seis minutos, fui fazer a maracutaia pra tirar a casca do ovo rolando ele e PLOFT, o filho da puta estourou. Beleza, caguei nessa merda, vou lá pegar outro ovo pra fazer de novo.

Fervi o caralho por oito minutos, fui descascando e aquela merda tava mole ainda, ah vai tomar no cu, nisso a parte de cima do ovo descolou junto com a casca e deixou a gema à mostra, crua pra cacete, beleza, não dá mais pra cozinhar na água esse caralho, daí tive a ideia da vida: botar no microondas. Tá aberto mesmo né, não é como se fosse explodir né hahaha...

Menos de um minuto na magnífica máquina essencial para todo universitário e tiro o ovo: quentinho, gema cozida e AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-
A GEMA EXPLODIU, CARALHO!
PUTA. QUE. PARIU. AQUELA MERDA SE ESPALHOU PELA COZINHA INTEIRA.
MEU CABELO FICOU AMARELO.
MEU ÓCULOS ME SALVOU DE UMA CEGUEIRA PREMATURA.
GANHEI UMA QUEIMADURA ACIMA DO MEU OLHO DIREITO (não estou zoando).

Enfim, depois de um ovo no lixo e outro explodido acabei desistindo da ideia de comer ovo, mesmo com um terceiro ovo na geladeira. Acabei tomando um banho pra tirar os restos de gema do meu cabelo e também pra dar uma boa olhada na minha vida pra ver onde que deu tudo errado a ponto de eu conseguir ter explodido UM OVO COZIDO. Com certeza não posso me chamar de adulto ainda.

Eu ia tirar uma foto do ovo explodido e da cozinha mas comecei a rir e ficar com pena de mim mesmo ao mesmo tempo.

é isso por hoje, vlwflw, té mais