terça-feira, 29 de maio de 2018

Navegar (pela internet) é preciso

Hoje, depois de DEZ FUCKING ANOS, volto a usar a porra do Chrome.
Um pouco de contexto pra vocês:

Eu sempre fui um hipster desgraçado, como você já deve ter notado, e uma coisa que sempre priorizei foi a privacidade na internet e a liberdade de escolha no uso dos softwares, por isso que desde os tempos de Orkut eu sempre experimentei de usar os mais diversos navegadores de Internet.

Comecei minha jornada saindo do Internet Explorer (que deus o tenha) e partindo pro Mozilla Firefox, depois fui pro Opera e lá fiquei por uns 5 anos ATÉ OS FILHOS DA PUTA LARGAREM A PLATAFORMA PRESTO E IREM PRO CHROMIUM, VAI TOMAR NO CU! Na moral, o Opera foi o melhor navegador que usei na minha vida, pra você ter ideia a maioria das inovações em navegador até 2012 foram eles que implementaram: abas, rolagem suave, tela de início com as thumbnails de sites que você escolhe, etc. pra completar o Opera ainda vinha com um cliente de torrent, um cliente de email e um cliente de irc, TUDO ISSO INCLUSO NO NAVEGADOR, PUTA QUE PARIU QUE SAUDADES DO OPERA ANTIGO. Enfim, a lua de mel durou até a versão 12 quando o Opera largou a engine Presto, que foi a que trouxe todas as novidades pro mercado, e decidiu virar um navegador baseado na engine Chromium, ou seja: virou uma cópia norueguesa do Chrome.

Apesar de ter usado só o Opera de 2007 até 2013, lembro ainda de quando lançaram o primeiro Beta do Chrome, a Google na época ainda não era a dominante global em todo segmento possível como é hoje então acabei testando o Chrome Beta lá em 2008. Achei o visual clean e tudo mais mas odiei, era Beta afinal e tava todo cagado ainda, voltei pro Opera.

Pois bem, o Opera cagou e depois de persistir por um ano com um navegador defasado acabei voltando pro Firefox, e cá estamos nós até hoje, ou melhor, até ontem.

Desisti... parcialmente.

Não sei se fui eu que caguei no meu Firefox mas ele tá TERRÍVEL com a plataforma blogger, tive mais outros problemas de compatibilidade com essa caralha de navegador mas desisti, vai tomar no cu. Acabei testando o novo Opera pensando "já que essa merda agora é baseada em Chromium então compatibilidade não deve ser problema", errei, errei feio. Por fim tentei o Chromium mas como essa merda não é atualizada automaticamente eu acabei desistindo, vai tomar no cu, vou de Chrome mesmo.

Eu já uso Facebook, Instagram, last.fm, My Anime List, Rate Your Music, Youtube, tenho um notebook com Windows 10 e ainda um celular com Android e todos os apps possíveis da Google, não vai ser eu usando Chrome ou não que vai me prevenir deles saberem a cor da minha cueca.

Por mais que eu esteja aqui vomitando desculpas, só usei o Chrome pra dar uma olhada, por enquanto o Firefox é meu rei (sei lá por quanto tempo tho).

Eu posso ter ido pro mau caminho dos navegadores mas TENTEM ME CONVENCER DE IR PRO MAU CAMINHO DOS CLIENTES TORRENT E PLAYERS DE MÚSICA, jamais, eu disse, jamais vou usar as merdas default do Windows, pau no cu deles.

vlw flw té mais

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Mementos

Ontem fez um ano da morte do meu amigo Romito, e por mais que eu achasse que, inevitavelmente, me esqueceria dele cedo ou tarde, tem um memento dele que vejo todo dia antes de sair de casa: uma garrafa de vodka Balalaika que ele deixou na minha casa nos meados de 2016.

Eu odeio festas, não gosto de qualquer bebida destilada e não sou muito fã de qualquer droga (por mais que você pense o contrário quando lê este blog), mas eu tinha uma curiosidade genuína em conhecer uma festa da FFLCH. Depois de experiências broxantes em algumas festas da Poli eu achava que minha vibe era mais humanas e menos playsson, foi nessa que eu e meus amigos da TdT decidimos ir numa festa da FFLCH.

Como toda boa festa, o esquenta foi no meu apê. O Romito chegou portando umas 10 garrafas, dentre Balalaikas, Catuabas e uma motherfuckin' Para Tudo! (que deve ter sido a pior substância que já ingeri na vida), a gente achou que aquilo tudo overkill então deixamos uma garrafa de Balalaika no armário de destilados aqui (que por sinal não toco faz alguns meses). A festa foi legal e tal, aposto que escrevi um post descrevendo-a à exaustão, mas acho que foi uma das últimas lembranças que tenho dele antes da hospitalização, lembro de uma ocasião quando cobrei dele uma dívida antiga e ele falou que a garrafa de Balalaika era o pagamento.

Como a gente nunca foi do tipo de trocar presentes, a garrafa de Balalaika acabou sendo um dos únicos mementos materiais que tenho dele hoje, já pensei diversas vezes sobre o que fazer com a garrafa: acabar com ela numa data especial junto com o pessoal da TdT em homenagem ao Romito ou simplesmente deixá-la no cantinho especial como uma lembrança para sempre? Passar ela pra frente pra outro membro da TdT ou ficar comigo? Eu já não sei e acho que esse pode ser um assunto a se discutir em uma noite fria enquanto comemos no SukiYa na São Joaquim.

Lembro até hoje que desde os tempos do ensino médio, uma das minhas fantasias para a faculdade era voltar de uma festa dirigindo (sóbrio obviamente) e parar com toda a TdT no SukiYa lá pelas 3h da matina pra um Gyu Don Negui Tama M com Kara Ague e uma Coca gelada, lá discutiríamos a vida amorosa de um, o sucesso acadêmico de outro, a falta de noção de mais outro mas no final, debruçados sobre tigelas enormes de porcelana com restos de arroz, nos sentiríamos em casa e com um pouco de saudades dos tempos menos complicados do Ensino Médio.


terça-feira, 15 de maio de 2018

Porque venero a voz da Chiaki Sato

Eu ia postar alguma coisa pro dia das mães e não deu, tive prova no dia seguinte, mas fica aí um abraço pras mães dos leitores deste blog, e pras mães que leem este blog também por favor leiam algo melhor.

Se você já leu alguns posts deste magnífico blog e se deparou com postagens sobre música japonesa, com certeza você sabe de duas coisas:
  1. Eu idolatro a Shiina Ringo, apesar das cagadas que ela anda fazendo nos últimos álbuns;
  2. A maior decepção da minha vida foram os álbuns lançados pelo Kinoko Teikoku depois que eles foram pra uma major label.
Pois falemos do Kinoko Teikoku! VOCÊ QUE ODEIA QUANDO EU FALO DE MÚSICA JAPONESA PODE VAZAR, mas eu juro que vou falar com.. err... menos termos "técnicos" pra ser mais acessível aqui.

Kinoko Teikoku começou com um grupo de amigos que se conheceram numa faculdade budista de ciências humanas lá perto de Tokyo, não achei direito quais cursos eles faziam mas tome o "faculdade budista" com mesmo impacto que "faculdade católica" faria aqui no Brasil. A banda se formou em 2008 e lançou a primeira demo em 2011, sendo que a vocalista Chiaki Sato lançou um EPzinho em 2010. Acho que você pode falar que a banda é uma mistura de shoegaze com Radiohead eu acho? Um indie rock mais voltado pro shoegaze em outras palavras, depois foi pra um dream pop e depois pra um indie rock genérico mas enfim.

Outro dia me perguntei: "qual é a minha cantora favorita? Sem contar composições e talento pra tocar instrumentos." e me vi forçado a falar que é a Chiaki Sato, a voz dela é limitada mas puta que pariu, que voz linda.

Ouçam essa música, puta que pariu, sempre choro (ainda mais depois que vi a letra). A voz da Chiaki Sato é tão suavinha e de certa forma andrógina que me comove.

Ouçam essa agora! Caralho, dá pra sentir ela FULL 10000%PISTOLA e a forma como ela anda na corda bamba do gritar/cantar no refrão sempre me faz gritar junto o NANKA ZENBU MENDOUKUSEEEEEEEEE (que quer dizer literalmente "FODA-SE TUDO"), não tem música melhor pra cantar quando estou puto.

E é isso que eu amava nas releases do Kinoko Teikoku: EMOÇÃO, sentir na música a tristeza dela com as desilusões da vida ou a raiva que ela sente do ex (eu estou inventando os motivos), mesmo quando a música era mais pesada pro Shoegaze (tipo Eureka) a voz da Chiaki ainda brilhava, e brilhava mais que qualquer uma, em músicas assim a voz dela toma forma de um instrumento, o canto sussurrado dela me dá calafrios sempre que ouço:

E reforço de novo a tristeza que tenho quando ouço as músicas novas da banda, são músicas que na maioria nem fazem proveito da voz da Chiaki, além de serem genéricas pra cacete.

Enfim, é isso. Tenho quase certeza que já fiz um post sobre Kinoko Teikoku mas foda-se, eu peguei pra ouvir eles de novo esses dias e deu vontade de falar sobre a voz da Chiaki Sato, que mulher.

vlwflw té mais