quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Me voy para el Japón

Eu vou pro Japão.

Acho que por estar de repente tão animado com essa viagem eu já devo ter visto mais de 20 vídeos sobre o Airbus A380 e como a classe econômica da Emirates é, além de uma caralhada de vídeos de coisas nipônicas que eu sinceramente nunca achei que ia ver na vida.

EU ESTOU NUM ESTADO EUFÓRICO
Sério, já faz uma cota que eu tava bem deprimido, como vocês podem bem ver nos últimos posts, as coisas não andam as melhores na minha vida pessoal, nem na vida acadêmica e a situação do país então nem se fala, por isso que eu até tinha meio que esquecido da viagem e estava até pronto pra ter meu visto negado.

Mas ele veio.

Fui pegar meu passaporte nesse feriadão que teve, e de repente caiu a ficha que no mês que vem eu estarei a bordo de um A380 indo pro aeroporto de Narita, com escala em Dubai, pra ficar bons três meses trampando e, no tempo livre, conhecer um pouco o Japão.

Eu quero é que se foda tudo, só quero ver meus shows (alguns pelo menos) e conhecer um pouco a terra de onde meus antepassados vieram. Eu não estou botando TODAS AS EXPECTATIVAS DA MINHA VIDA nessa viagem já que né, vou ficar trampando a maioria do tempo, mas acho que pode ser daquelas coisas que vou levar pra vida: vou trampar pela primeira vez na vida (meio tardio, eu sei), vou estar num país que não faço ideia de como me comunicar decentemente e num lugar onde, se eu ficar de boca fechada, posso bem me passar por um legítimo nativo.

Vai ser meio foda de atualizar o blog durante a viagem mas com certeza por postar pelo menos uma vez por mês aqui, além de INÚMERAS fotos no instagram, INÚMERAS. Vou ficar nojento mesmo.

abraços
vlw flw té mais

Se a merda ficar séria por aqui eu fico por lá mesmo, falando sério.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Intervales

A primeira vez que fiquei longe, ou melhor: "longe", dos meus pais foi em 2009 quando o meu colégio levou a gente num "estudo do meio" (vulgo passeio) pra Intervales, que é um parque cheio de cavernas pra galera explorar.

Foi tudo muito novo, acho que essa é mais uma daquelas experiências que foram o gostinho de liberdade que tive antes de ir pra faculdade.

Mas enfim, viagem de um bando de moleque de 13 anos pra um lugar no meio do mato é o que parece ser, nada muito extraordinário. O meu quarto e mais um outro acabaram sendo mandados pra um chalé na puta que pariu já que o principal tinha lotado com o resto da galera, aí acabou que foram seis nego pra esse chalé, mais um monitor e o motorista do ônibus.

Acho que o legal de ter sido mandado pro chalé isolado com mais outro quarto, um monitor e o motorista é que a gente acabou ficando mó amigo, acho que se tivéssemos ficado todo mundo no mesmo lugar ia acabar sendo uma putaria e eu acabaria ficando no meu quarto mesmo com o pessoal que conhecia.

Lembro das várias trilhas que andamos, a maior delas com uns 15km se não me engano, além de várias cavernas legais pra caralho, uma cachoeira também, e meu eu de 13 anos ficou tão encantado com a viagem que até um tempo atrás eu tinha uma vontade de voltar lá um dia com meus amigos, afinal é um passeio legal que não parece ser tão caro assim, além de fugir daquela coisa que VIAGEM DE UNIVERSITÁRIO PRECISA SER JOGOS OU PRAIA AAAAHHHHHHHH.

A comida lá era a típica comida simples de interior, simples mas sempre boa, a sobremesa era uns picolés de origem duvidosa que, como todos nós sabemos, é o melhor tipo de picolé. Os caras da agência até tentaram agradar a gente fazendo meio que umas "baladinhas" (agora não lembro se foi uma ou mais): basicamente deixaram a gente num salão com umas músicas eletrônicas tocando e luzes, AH AS LUZES PISCANDO, como vocês devem ter imaginado, só quem se esforçou muito achou aquilo minimamente divertido, imagina você numa balada e todo mundo lá tá sóbrio! Nem a garotada de 13 anos tava muito animada com a ideia mas oh well, melhor que nada.

Na moral que nem tenho muito o que falar sobre essa viagem, um fato curioso é que o monitor que ficou com a gente no chalé, saudoso Tio Pica-Pau, me chamou de Shidochi durante a viagem inteira depois que viu o meu nome, e eu achei tão legal essa aglutinação do meu nome (japonês) e sobrenome que acabei adotando ele pra usar como nick, quando não uso "Tesslakane" (que tirei de outro lugar que não convém falar agora).

Eu escrevi essa memória que me veio outro dia porque me peguei lembrando das trilhas que andei naquela viagem e da pausa que a gente deu numa clareira onde metade do pessoal se jogou no chão de cansaço, e tava chovendo, acho que hoje eu teria desmaiado naquela ocasião.

Enfim, por hoje é só.
vlw flw
té mais pessoal

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Aruyue

Eu acabei escrevendo uns quatro posts pós-eleições e todos eles estavam muito deprês para serem postados, acho que as horas ouvindo Belchior também não ajudaram muito pra melhorar a situação.

Mas enfim, sobre o que falar? Ah sim, algo randômico.

As vezes eu tenho vontade de comer hambúrguer barato, de rede tipo Burger King ou McDonald's (que na real que não é tão barato assim) e nas últimas vezes eu sempre ando me arrependendo disso.

Hoje eu peguei a promoção lá de pegar um combo do Quarteirão com o McChicken e meu deus, o queijo tava com gosto de chulé, eu quero dizer, já comi muito queijo ruim na vida mas o cheddar que tava naquele lanche era literalmente o pior queijo que já tive o desprazer de comer, junte a isso o fato das fritas terem me dado hipertensão, o McChicken estar mais seco que a porra da bandeja que ele veio e o chá mate ser adoçado com aspartame, novamente me arrependo de ter comido fast food.

A última vez que tive a brilhante ideia de comer fast food aqui perto foi quando peguei lá o cupom do BK pra dois Whoppers com fritas, tava tudo horrível naquela merda. O foda é que isso só acontece mesmo quando como nas lojas perto de casa, quando saio com o pessoal essas comidas tão sempre OK, mas aqui perto de casa é uma tragédia, deve ser karma por trair meu amado Suki-Ya.

Esse ciclo de erro-arrependimento-esquecimento acontece também quando vou bandejar, eu acabo as vezes indo comer no bandejão da química e toda vez que vejo aquele arroz horrível e o feijão aguado me dá um arrependimento tamanho que vocês não fazem ideia, mas mesmo assim eu vivo comendo lá.

O negócio é que quando vou comer no McDonald's/BK ou até mesmo no bandejão da química, eu estou fazendo uma aposta: por mais que o SukiYa no primeiro caso ou o bandejão central no segundo apresentem alternativas bem mais seguras e historicamente constantes quando comparadas aos seus concorrentes, o desejo de mudança me faz querer comer algo diferente do normal, mesmo com os altos riscos da comida ser objetivamente pior.

Mas é claro, é muita inocência minha falar que o ciclo é sempre erro-arrependimento-esquecimento, acho que na maioria das vezes a gente pode substituir o esquecimento pela mais simples "esperança", do tipo: eu sei que deu merda nas últimas 152 vezes mas dessa vez pode ser diferente, talvez o Burger King tenha aprendido a fazer batatas fritas crocantes! O McDonald's mudou a solução daquela merda que eles chamam de queijo! O bandejão da química trocou o arroz horrível deles e dessa vez não terei que comer o arroz integral-um-pouco-menos-horrível!

Mas falo tudo isso inutilmente, eu sei que nas próximas vezes que eu ficar com fome por aqui eu vou comer SukiYa mas, um dia terei aquela vontadezinha de comer fast food, e novamente eu irei me arrepender.


Como disse Chiaki Sato (do Kinoko Teikoku) quando cantou Aruyue:
Se eu sofro sem aprender com meus erros é porque sei que este mundo que sempre amei está aqui.

Enfim, é isso aí.
Vlw flw, te mais!