segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Teenager Forever

Se te dessem 40 mil reais pra gastar numa semana, o quê você faria?

Uma banda que conheci por causa do anime do Banana Fish, King Gnu, lançou agora o terceiro álbum e um single com clipe pra promovê-lo: Teenager Forever.


Como vocês podem ver, os produtores do vídeo dão um bolo de grana (ao redor de 1000000JPY ou mais ou menos R$40.000) pra cada membro gastar no que quiser em uma semana mais ou menos.

O compositor, guitarrista e líder da banda vai relaxar na Rússia, o vocalista/tecladista vai parar nuns cabarés na Indonésia, o baixista compra um carro pra mãe e depois dá um rolê com ela e o baterista vai numa lua de mel com a esposa em Guam, já que ele tinha se casado faz pouco tempo.

A letra da música em si, pelo o que vi de umas traduções, é a clássica música sobre juventude mas sem tanta substância quanto uma música tipo Stay Young do Oasis ou qualquer que seja do Libertines.

Acho que é fácil elogiar o baixista e condenar o vocalista na forma como gastaram a grana mas eu consigo facilmente me por no lugar de cada um deles, dependendo do dia eu também iria pra uns cabaré ou daria um carro pra minha mãe, a linha é mais tênue do que o aparente.

Se eu tivesse 40 mil pra gastar numa semana, ao contrário do que você deve pensar depois de ler uns 10 posts seguidos falando do Japão, eu iria pra um lugar que não conheço. Acho que no topo da lista estão Europa e Estados Unidos (NY e SF em especial).

Um bom custo-benefício, penso eu, seria fazer um eurotour de trem e bus pelos países mais amigáveis da UE (Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Portugal,etc.), mas também tenho uma vontade enorme de conhecer a Rússia e os países da ex-Iugoslávia.

Ah, eu considerei mais ou menos o cenário do vídeo, de ir sozinho na viagem como o guitarrista foi pra Rússia ou o vocalista pra Indonésia. Se eu tivesse a escolha é de se pensar de gastar a grana pra ir pra um lugar mais barato mas com minha família ou com amigos... ou ainda, investir a grana talvez? Nah.

E algo que achei interessante nessa masturbação mental (faz tempo que não uso esse termo) toda é que 40.000 reais é bastante grana pra gastar numa viagem de uma semana mas não é algo totalmente inimaginável tipo 1.000.000 de reais, com 40k dá pra curtir bem uma semana (ou comprar um carro popular) e é isso aí, mas pra pessoas de classe média não é uma quantia que mudaria a vida PRA SEMPRE se fosse usada de forma mais consciente, só é uma quantia que normalmente você não gasta numa tacada só.

Mas enfim, acho que esse é um bom assunto pra puxar numa roda de conversa, por mais que a possibilidade de um cara me oferecer 40k pra gastar a rodo em uma semana esteja um pouco longe de acontecer.

E é isso,
vlw flw té mais

Entre em contato comigo se você quiser me dar 40k livres de impostos pra gastar numa semana.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

CAFÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ

Eu gosto de café.

Eu, como todo bom estudante universitário, paulistano e introvertido, aprecio uma boa xícara de café.

No começo foi por necessidade: precisava ficar acordado pra estudar pros vestibulares e energéticos eram muito caros, então era café solúvel com açúcar, não precisava ser bom, precisava ser tolerável e efetivo, e era.

Quando entrei na Poli o café passou a me acompanhar todos os dias, fosse coado em casa ou pedido na Minerva ou no Pedrão, era o que eu precisava pra aguentar as aulas sem fim. Até que tive gastrite em 2017 e parei de tomar café pelo resto do ano.

No Japão em especial, não sei se era a euforia por estar lá tendo efeito anestésico, mas café e laticínios, as duas coisas que mais me faziam mal, foram consumidas a rodo sem qualquer efeito adverso. O café em especial lá sempre me surpreendia, já que tava mais afinado ao meu gosto por cafés mais fracos. E eu tomei todo tipo de café naquele país: coado, de loja de conveniência, de latinha, de garrafa, do drink bar dos family restaurants, quente, frio, etc. Deve ter sido a terceira bebida que mais consumi lá, depois de chá e água.

Assim segui consumindo o bom e velho café, até que na segunda semana de provas desse último semestre deu gastrite de novo.

Nesse ponto o café já tinha se tornado parte da minha vida, não era mais sobre ficar acordado ou sequer sobre ter um sabor bom, o dia só começava depois do café.

Definitivamente não sou viciado em café, consigo me virar muito bem sem ele e também nunca fui fã do amargor da bebida mas sinto um conforto imensurável só de sentir o cheiro de um bom café sendo coado.

Agora eu só tomo café bem fraquinho e gelado e quando preciso de uma bebida quente acabo fazendo um chá mesmo, mas eu ainda não acho que nada chega aos pés de um bom café coado.

O melhor café que já tomei? Por preferir cafés BEM fracos eu vou ser da impopular opinião que o café do Japão é melhor que do Brasil, e aposto que os grãos que usam lá são brasileiros, de safras melhores que as destinadas pro mercado interno obviamente. E dos cafés do Japão, o que tomei numa lojinha de donuts orgânicos no meio de Koenji foi o meu favorito.

Os donuts também eram maravilhosos.
O café que tomei lá em Koenji era bem fraco mas era um pouco doce por si, como o açúcar estava no balcão e a área pra comer lá não era conectada a ele, acabei tendo preguiça de sair no friozão só pra adoçar o café, mas nem precisava. Deve ter sido a única vez que tomei café preto sem açúcar e não achei ruim.

O café coado do 89 da Liberdade também é bem bom e lembra os coado do Japão, mas é absurdo de caro e por um pouco mais lá mesmo você pega umas bebidas mais interessantes, que é o que acabo pegando quando vou pra lá.

Enfim, por estar tomando só iced coffee acho que estou pouco a pouco me tornando um millennial típico, faltam ainda as torradas com abacate e as crises existenciais...


...não, pera.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Comfy and cozy :3 (aposto que já usei esse título)

Uma das coisas que mais queria fazer no Japão e não fiz foi viajar num sleeper train.

Sleeper Train são aqueles trens com cabines individuais (ou não) com camas, geralmente pra viagens que saem no começo da noite e chegam no destino nas primeiras horas do dia. O negócio é que tinham dois detalhes que não pensei: o primeiro é que eu tava zero afim de ir muito longe de Tokyo, o segundo é que eu tava zero afim de gastar muito dinheiro com transporte.

A triste realidade dos sleepers trains é que, mesmo você pegando o bilhete mais barato, ainda sai muito mais caro que pegar um busão. E para bilhetes mais baratos você obviamente não desfruta de uma cabine privada, um vagão com vários futons lado a lado estarão à disposição para você nesse caso. O que é zero privativo mas ainda me parece uma experiência bem legal.

Mas o negócio que queria falar sobre não são os sleeper trains em si, mas o conforto que sinto em espaços... confortavelmente pequenos.

Vai me dizer que isso não parece confortável?
Acho que dormir em espaços mais estreitos é bem mais confortável que dormir em lugares mais espaçosos. Por isso achei bem legal, e EXTREMAMENTE CONFORTÁVEL, dormir na bunk bed do hostel que fiquei em Shimokitazawa (que foi o mais próximo de capsula que dormi), acho que nem é sobre não ter distrações mas dormir num lugar mais estreito me tira a ansiedade inerente de TER que dormir, falo isso mas dormir nos net cafés não foram experiências muito boas (se comparadas ao hostel), o estofado era meio zoado.

O lance de eu romantizar dormir em lugares estreitos acho que é mais em relação à sensação de fazer mochilão e chegar na sua cama (seja num hostel, net café ou trem) depois de um dia de andanças e espalhar umas coisas na cama pra ver como foi o dia e planejar o próximo, sabendo que todos os pertences com que você pode contar estão numa mochila, eu achava essa sensação uma das melhores que já tive, é tipo o minimalismo que muitos pregam mas de forma natural.

Mas é, agora tá em vogue idealizar aqueles quartos "comfy and cozy" pequenos, com vista pra uma cidade grande (Tokyo de preferência), ideais pra você se isolar da sociedade escutando lo-fi hip hop. Tudo isso de preferência num clima bem frio. Só você procurar qualquer coisa com COMFY e COZY no Reddit que você acha uma caralhada de fotos de lugares assim.

Interior de uma das cápsulas do Nakagin Capsule Tower em Ginza.

Eu idealizava morar naquela Nakagin Capsule Tower em Ginza, que é basicamente uma torre cheia de apartamentos-cápsula MINÚSCULOS que são presos a uma torre principal, só a ideia de ter um lugarzinho pequeno com vista pra Ginza me deixava animado, mas obviamente nem tudo são flores: o prédio já tá todo estragado por ter sido construído na década de 70 e não tem mais encanamento de água quente (o que no Japão é essencial, acreditem). Cada cápsula também tinha cerca de 10m quadrados e foram feitas pra pessoas usarem como uma segunda residência mais perto do trabalho, definitivamente não é um lugar pra ser chamado de lar.

Eu acho que sou muito materialista pra ter um quarto muito menor do que o que já tenho, quem me conhece sabe a putaria que é meu quarto: um cabideiro, duas estantes de mangá e figures, uma mesa cheia de material da Poli e um gaveteirinho onde amontoo todo o material antigo da Poli e todos os carregadores e fones que não uso mais, um verdadeiro caos mesmo, a Marie Kondo teria um ataque vendo meu quarto.

Mas eu acho que é um quarto bem confortável, eu nunca me sentiria bem num daqueles quartos de designer com grandes paredes sem nada, totalmente minimalista e com uma janela enorme, o caos do meu quarto me acolhe, e acho que o aglomerado de coisas faz com que tenha mais espaço ocupado e assim fica mais confortável, acho que não tem nada pior que um quarto vazio enorme pra dormir. Se eu pudesse mudar alguma coisa no meu quarto, provavelmente seria tirar o cabideiro e botar um sofá no lugar, além de botar umas luzes atrás do monitor pra ficar um efeito legal de noite e também trocar as estantes.

No futuro, quando eu tiver meu próprio apêzinho pra chamar de meu (que vai ser provavelmente bem menor do que o que ocupo hoje) vou tentar mobiliar do zero, pra se tornar a coisa mais confortável do mundo, já botei na cabeça que isso é uma coisa onde vou gastar uma boa grana, acho que se sentir confortável em casa é o mínimo.

Enquanto não tenho dinheiro e nem moro em Tokyo, continuo ouvindo meu lofi hip hop pra me sentir comfy num estado mental pelo menos, porque esse verão tá me matando.

vlw flw
stay comfy :3

sábado, 11 de janeiro de 2020

For Tracy Hyde

Hoje vai fazer um ano do primeiro show que fui no Japão, do For Tracy Hyde, nada mais justo que um post sobre a banda.

Acho que eu falei no post do show mas eu conheci For Tracy Hyde no meio de 2018, sempre que estudava na sala CAD da Naval eu botava um álbum randômico inteiro que tinha no Youtube pra escutar, nessas encontrei o Film Bleu e o he(r)art do FTH.

A decisão pra ir pro show quando estava no Japão foi repentina, eu sequer planejei direito mas acabei decidindo ir dois dias antes do show, pedi pro chefe mudar uma folga minha e fui pra Tokyo sem saber onde dormir e sem saber como chegar no local, o resto você pode ler aqui.

Eu achei que não podia tirar foto do show então só tirei antes mesmo, eu tava pertinho.

For Tracy Hyde começou em 2012 com o Natsubot (ou Azusa Suga) nos vocais, ele é até hoje o compositor e líder da banda, e continuou na obscuridade até meados de 2014 quando a Lovely Summer-chan assumiu o vocal da banda. Dessa primeira fase com vocal masculino só achei uma release: "Juniper and Lamplight".

Com a Lovely Summer-chan foram duas releases: "Born to be Breathtaken" (disponível no Spotify) e "In Fear of Love" (que é bem difícil de achar), o estilo vocal dela era bem sussurrado e chegava a ser meio dissonante do estilo da banda na época, que era bem animadinho e com influências bem explícitas de twee-pop.

A Lovely Summer-chan tem uma carreira bem sólida desde que saiu do For Tracy Hyde, o álbum LSC (no Spotify) é um bom ponto de partida pra conhecer a obra dela, hoje ela lança mais singles e músicas pra propagandas. Se você souber japonês acho que vale a pena seguir o twitter dela também (@imaizumi_aika), acho que ela é uma das únicas pessoas do Japão que é tão comicamente sincera que chega a doer, eu genuinamente queria ser amigo dela.



Em 2015 a Lovely Summer-chan saiu e a vocalista atual Eureka entrou no lugar. A voz da Eureka é completamente oposta ao da Lovely Summer-chan e isso fica bem óbvio ao comparar as versões distintas de músicas como Outcider com as duas vocalistas. Em suma a Eureka tem uma voz bem mais aguda e nasal que a Lovely Summer-chan, o que não curti quando conheci a banda já que umas músicas foram feitas pra voz da outra vocalista, mas em músicas escritas já pra voz da Eureka como Atatakakute Amai Umi, ela brilha nos vocais.



A partir da entrada da Eureka a banda só cresceu e lançou três álbuns em quatro anos: Film Bleu (2016), he(r)art (2017) e New Young City (2019).

Film Bleu é meio que um apanhado de músicas escritas anteriormente e umas novas, a voz da Eureka parece meio fora de lugar em algumas músicas, "First Regrets" e "SnoWish;Lemonade" em especial, já que foram escritas pra voz da Lovely Summer-chan. Mas Atatakakute Amai Umi é muito boa e é uma música que não ficaria boa com qualquer voz senão a da Eureka, eu não vou falar que a música salva o álbum (já que o álbum seria ótimo mesmo sem essa música em particular) mas é a minha favorita do Film Bleu.

he(r)art é um álbum conceito que foi construído como se fosse uma soundtrack de um filme sobre Tokyo, preciso falar porque este é o meu favorito da banda? A primeira faixa se chama "Opening Logo (FTH Entertainment)" e é um sample de uma abertura de filme antiga e assim o álbum segue com músicas sobre Tokyo num dream pop que é meio... etéreo? Não sei descrever bem mas é o estilo perfeito pra capturar a alma de Tokyo. Depois de lançar o he(r)art e antes de começar as gravações do próximo álbum, a banda trocou de baterista.



New Young City, diz o Azusa pelo menos, que é um álbum conceito sobre o mar, tem até um "Opening Logo" que nem o último álbum. Eu não achei que este álbum se limita o suficiente num tema pra conseguir ser chamado de concept album como seu antecessor mas isso faz com que ele seja bom de se ouvir tanto em sequência quanto individualmente sem muita culpa de estar esquartejando a obra. Os destaques aqui são o "Can Little Birds Remember?" que é a primeira música em inglês que a banda lançou e "Sakura no Sono" que é a música mais shoegaze que a banda soltou até hoje e foi a primeira do álbum a ser revelada. NYC foi o melhor álbum de 2019 e é evidente a maturação pela qual a banda passou desde o último álbum, mas pelo hype todo e por achar que o álbum seria todo na vibe do "Sakura no Sono", acho que acabei esperando demais e me desapontei um pouco, mas ainda assim é um puta álbum.



A banda segue um estilo meio The Pains of Being Pure at Heart, com um twee puxado pro shoegaze, mas às vezes bebe de outras fontes, seja fazer uma releitura de Chapterhouse  no Atatakakute Amai Umi, seja pegar um riff aqui e ali do The Cure. Pra ser bem sincero eu não acho que a banda seja muito original nesse sentido, eles dependem muito das influências ocidentais e não têm um som característico próprio que nem o Mass of the Fermenting Dregs por exemplo, mas com certeza a banda não é genérica.

O líder/compositor/guitarrista do For Tracy Hyde, Azusa Suga (ou Natsubot) é uma das pessoas mais ativas no cenário underground hoje. Além do FTH ele ainda tem uma banda mais focada num estilo Jpop mainstream, o April Blue, e ele ainda compõe pra projetos bem legais como o Dots Tokyo e o RAY (grupos idol com músicas no estilo shoegaze). Mas o que acho mais interessante do que ele (e o guitarrista do "17 year old and Berlin Wall" também ajuda) anda fazendo é integrar os cenários underground asiáticos: o For Tracy Hyde fez uma tour pelo sudeste asiático (Filipinas, Indonésia, Singapura e Taiwan) e também promoveu bandas de lá a fazerem tour no Japão, aposto que nos dois casos as bandas saíram no prejuízo, fazer show deixa os caras no vermelho até na terra natal, quanto mais fora, mas achei bem legal das bandas quererem se unir, acho que é uma das primeiras vezes que as bandas japonesas buscam por uma simbiose mais local do que ir atrás das bandas americanas/inglesas tão distantes do alcance deles.

O meu álbum favorito é o he(r)art mais por questões afetivas do que racionais, já que tenho ele assinado pela banda e foi a minha soundtrack nas viagens que fiz de ônibus pra Tokyo. Talvez New Young City até seja um melhor álbum, pelo menos é mais popular e foi o que atraiu uma boa quantidade de fãs pra banda no último ano, mas he(r)art pra mim ainda é especial.

For Tracy Hyde ainda é bem desconhecido, nenhum vídeo da banda alcançou sequer 100 mil visualizações no Youtube e dificilmente shows deles enchem no Japão, mesmo com lotação inferior a 200 pessoas na maioria, mas é uma banda extraordinária e ainda vai causar muito barulho no cenário underground japonês.



O diferencial da banda é fazer (depois da entrada da Eureka na banda) sempre álbuns sólidos, que aderem a um tema, e longos, indo na contracorrente do que é usual hoje em dia: EPs curtinhos e sem nenhuma coesão, só juntando as músicas que a banda fez até certo ponto. Além disso, só da banda se interessar em se integrar com o cenário underground asiático e não ficar só no Japão, ou tentar se vender pra Europa/States, já é bem legal.

O faz com que For Tracy Hyde seja especial pra mim, além de terem sido o primeiro show que fui em terras nipônicas e ter sido a única banda com quem consegui conversar lá, é o fato de que os membros da banda são todos meio relatable, comigo pelo menos. Os integrantes da banda não são working adults já nos mid-30s como o Mass of the Fermenting Dregs, não são jovens descolados que nem o Luby Sparks e não são meninas com uma vibe meio fine arts college que nem Hitsuji Bungaku, For Tracy Hyde claramente é um grupo de meio-otakus com seus 20 e poucos anos, recém saídos da faculdade que por ventura curtem shoegaze e twee e são bem introvertidos, mesmo a Eureka sendo bonita o suficiente pra ser um bom chamariz pra banda (o que fez com que ela protagonizasse uns MVs), não possui metade da presença de palco da Natsuko do MOTFD ou da Erika do Luby Sparks.

Me fala se dá pra odiar essa banda. Aliás, é a porta do Mandarake de Shibuya! Amo esse lugar.


For Tracy Hyde é minha banda ativa favorita no momento? Não. Mas é a banda mais interessante. Eles podem mudar de rumo e seguir os passos do Kinoko Teikoku que eu já nem fico puto, acho que me amadureci nesses anos acompanhando bandas underground, além de que FTH já tem um estilo bem mais pop desde o começo e foram tantas mudanças de estilo só nesses últimos três álbuns desde 2016 que nada mais me impressiona, ou será que...

Em suma é isso: For Tracy Hyde é uma banda de introvertidos que busca lançar só álbuns-conceito, possuem esse projeto de integrar os cenários underground da Ásia e merecem muito mais reconhecimento.

Obrigado For Tracy Hyde por ser uma banda tão interessante, eu passaria dias falando da banda, sério.
E como disse a Eureka quando comprei o CD e a camiseta no show há um ano atrás: 本当にありがとう!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Músicas que marcaram meu 2019

Oi.
Vamo começar o ano com coisa boa: música japonesa... e um pouco de música ocidental também.

Eu ia fazer este post logo depois do último mas deu preguiça, em essência isso vai ser uma retrospectiva do ano através de músicas! Vou botar aqui as músicas que marcaram meu ano passado:

Aimyon - Marigold


Acho que a escolha mais óbvia, foi a música da minha viagem pro Japão. Eu já falei num outro post como eu me emociono com essa música e como ela é perfeita, mas tá aí ela de novo. Acho que vou lembrar dessa música até eu morrer, a sensação de entrar em uma loja e ouvir Marigold era a coisa mais reconfortante do mundo.

 For Tracy Hyde - Atatakakute Amai Umi

 
Foi a música que me fez perceber que podia acontecer o que fosse de ruim na minha viagem pro Japão que ela ainda valeria a pena, sério. Quando eu ouvi essa música ao vivo parece que todos os meus problemas na minha viagem (e principalmente no trabalho) foram embora e eu fiquei mesmerizado. Junte a isso o fato de eu ter conhecido a banda logo depois do show e tive então um dos melhores dias da minha vida conhecendo Shinjuku e vendo uma banda maravilhosa ao vivo. Depois disso foram mais seis shows que fui sem medo de ser feliz.

 Jorge Ben - Chove Chuva


Choveu pra caralho em 2019 hahahaha. Mas falando sério: em 2019 decidi ouvir mais música brasileira e Jorge Ben acabou sendo uma das minhas descobertas favoritas, Chove Chuva é a música perfeita para tardes chuvosas e melancólicas na cidade de São Paulo, e foram muitas tardes chuvosas e melancólicas em 2019.

The Libertines - Time for Heroes


É a música da juventude rebelde sem causa. Não tem nenhuma crítica social, pelo menos explícita, e também não é nada revolucionária, mas é uma música bem legal e Libertines em geral é muito música pro pessoal que está nessa geração perdida de hoje.

João Gilberto - Chega de Saudade


O maior gênio da música brasileira morreu em 2019, nada mais justo que lembrar dele nesta retrospectiva. Chega de Saudade foi a música que inaugurou a Bossa Nova e por mais que João Gilberto não fosse um compositor dos melhores, só com suas interpretações de composições do Tom Jobim, Vinícius e outros grandes da época, conseguiu criar um gênero musical novo que virou o cartão de visitas do Brasil.


Enfim, na real que se fosse botar todas as músicas que me marcaram no último ano, seriam umas 10 japonesas e as ocidentais que postei aí, mas decidi dar um pouco mais de espaço pra música ocidental pra mostrar que meu gosto é diverso, MUITO DIVERSO. 

Espero que 2020 seja um ano com mais lançamentos já que das músicas que me marcaram que citei, nenhuma delas foi lançada em 2019. 

Próximo post vai ser sobre algo que esqueci agora, vou ver se lembro depois.
vlw flw té mais