domingo, 29 de outubro de 2017

Hotéis, Cafés e Restaurantes

Um dos amores estranhos que tenho é o por estabelecimentos comerciais não muito grandes, no caso hotéis, cafés e restaurantes.

1. Hotéis

Minha família sempre viajou bastante, pra uma variedade randômica de cidades do Brasil (no eixo sul-sudeste, a distâncias que podiam ser percorridas de carro) e dentre essas viagens sempre gostei dos hotéis, com a variedade deles que comecei a conhecer, acabei desenvolvendo preferências nesse campo. Hotéis muito grandes, que necessitavam impreterivelmente de elevador, nunca me agradaram, independente da vista, resorts muito menos. Acho que foi depois de jogar" Hotel Dusk: Room 215" que comecei a notar as nuances dos hotéis, como eles funcionavam como pequenas cidadezinhas e a organização toda por trás.
Quero dizer, meu gosto por hotéis difere um pouquinho do resto da minha família, o que todos concordam é que os hotéis a beira mar são todos do caralho, e obviamente não podem ser muito grandes. Agora, tem um hotel em Curitiba que a gente ficou na volta de uma viagem pra Floripa que tava em plena decadência, as luzes piscavam, as coisas eram velhas, o último artigo elogiando o hotel num jornal foi na inauguração do mesmo na década de 70, junte isso tudo ao fato que na frente do hotel ficava uma boca de fumo, minha família odiou o hotel mas puta que pariu, achei o lugar interessante no mínimo hahahah. Hotéis espelunca possuem um charme indescritível.

2. Cafés

Por mais que eu me renda aos charmes do Starbucks ou do Fran's Café quando preciso de um latte superfaturado, os cafés pequenos são coisas que conseguem me acalmar de maneira nunca vista, o foda é que eles estão sumindo do mapa, na Liberdade por exemplo tinha um que era bem legal na Rua da Glória mas acabou desaparecendo, o que temos agora são os que sobrevivem sendo cópias de Bubblekill, Snowfall e variados.
Na região da Augusta tem uns cafés bem legais mas VIVEM LOTADOS DE HIPSTERSSSSS (não me incluam nessa pls). Acaba que cafés legais mesmo acabo indo só quando estou em outras cidades.

3. Restaurantes

Acho que essa seção pode muito bem se misturar com a acima e com bares também (apesar de eu não abordar isso neste post por falta de conhecimento). Pra mim restaurante que eu gosto mesmo tem que ser a la carte (ou o famoso PFzão, como queiram), eu tenho um ódio profundo por self service, pode não parecer muito racional (ainda mais se contar o fato que como num kilão pelo menos uma vez por semana) mas pra mim PF é sinônimo de amor.
Que.
O que você acabou de dizer, Yoiti?
Sim, PF é sinônimo de amor, tem lá tudo o que você precisa na vida: arroz, feijão, bifão, fritas, farofinha, saladinha e um vidro de Coca.
Sem complicação, tudo na sua frente. Isso me lembra uma frase do Bertrand Russell sobre a matemática onde ele basicamente dizia que a Matemática era uma das formas de arte mais puras que existem. E é isso, PF é a coisa mais pura possível no campo gastronômico, sem as armadilhas da alta sociedade que permeiam churrascarias e bistrôs Brasil afora. O PF é o patrimônio imaterial que precisa ser estampado nas nossas notas de 100 reais.
Enfim, divaguei mais que o esperado, restaurantes que eu gosto geralmente são 24h também (inclua nisso lanchonetes), tem um charme em você poder comer uma comida gostosa às 23h sem precisar se preocupar com nada.
Suki-ya (Gyu-don é o PF japonês), Estadão (os PF deles batem os lanches, pode acreditar) e mais uns na região da Augusta são uns dos meus lugares favoritos no mundo. O Suki-Ya em particular é minha terceira casa desde meu ensino médio.

Enfim, quer me fazer feliz? Um hotel pequeno à beira mar, Serramalte gelada e PFzão de almoço. Fórmula da felicidade
vlwflw
té mais

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Métodos de estudo avançados demais para politécnicos preguiçosos e moletons universitários

Primeiramente: CUPHEAD É MUITO LOCO. Caralho, que jogo! Eu não sinto essa raiva (de tanto morrer) de platformers faz um tempinho já, não jogo um a sério desde os Megaman ZX.

Enfim, o que dizer das minhas P2? Foram naaaabos, acho que se tem uma pessoa que não aprende com os erros, essa pessoa sou eu. Juro, eu ainda tento estudar em casa MAS NUNCA DÁ CERTO!
Na época do cursinho eu estudava da seguinte maneira: botava o notebook no HDMI da TV da sala passando um show da Shiina Ringo e enquanto isso eu fazia os deveres de casa, não me pergunte como essa tática deu certo.
Enfim, hoje eu decidi procurar os moletons das faculdades do exterior, SIM, EU NÃO ESTOU ZOANDO, fiquei com uma inveja particular da Universidade de Waseda que tem uma lojinha da Asics no campus, que é a marca das roupas temáticas deles, porra véi, imagina que louco a porra da Asics fazer o moletom da sua facul, design e material que fazem jus ao preço exorbitante das roupas universitárias? Não mataria ninguém. Pode contar nessa inveja aí as universidades dos States que a Nike faz as roupas.

ENFIM², gastei umas boas 3h da minha vida vendo roupas universitárias de faculdades do exterior, isso é a maior perda de tempo do mundo, ainda mais pra mim que NEM FODENDO consegue um caralho de intercâmbio (média Poli 4,8? Mais de 10 DPs? Oi?).

Pois bem, o fim do semestre se aproxima e junto dele estão as famigeradas P3 que preciso fazer uns milagres, VAMOS ACOMPANHAR OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS....
Provavelmente eu vou me foder, de novo, mas como diz a menina que tá no meu grupo de lab naval 2: "relaaaxa, vai dar tudo certo", eu espero que sim.
vlw flw té mais

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mangás ambientados na faculdade, japão dos anos 60, tenho que estudar vlwflw

Eu deveria estar estudando Algelin agora pra não bombar de novo... mas enfim.
Tá aqui uma frase que 90% dos meus posts deve ter: eu já devo ter falado sobre isso mas...

Sim, digo, não sei, mas eu acabei pegando um dos vááááááários mangás ambientados no ensino médio e fiz a pergunta de novo: porque tem tanto mangá ambientado no ensino médio e tão poucos ambientados na faculdade? Quero dizer, uma das razões é meio óbvia: o público alvo pra shounens em geral é mulecada de ensino médio mas porra! Tem MUITO seinen que se passa no ensino médio também, eu até posso entender que os que se passam no fundamental (tipo Bokurano ou Aku no Hana) são por necessidade da narrativa, aquele negócio do choque da inocência e da passagem de idade, mas é muito raro mangá que mostre a faculdade sem ser das duas uma: ou totalmente deprimente ou totalmente cômica (por causa da parte deprimente).

Vamo ver exemplos de mangás na faculdade e como o ambiente universitário é tratado em cada um:

  • Grand Blue [comédia, seinen]: os protagonistas fazem engenharia, no mangá as salas de engenharia têm poucas meninas e só tem virge, a galera só se fode nas provas e não pensam duas vezes antes de querer fazer coisa errada. PARECE QUE FIZERAM UM MANGÁ AMBIENTADO NA POLI DO JAPÃO;
  • Tokyo Eighties [drama, seinen]: os protag estão na Universidade de Waseda (a particular mais renomada no Japão) e os dias se passam nas atividades extracurriculares, passeios, curtição, festas, etc. mas no fim acaba ficando meio deprê porque a vida adulta é uma bosta. Parece verídico pra mim;
  • Natsu no Zenjitsu [drama, seinen]: se passa numa faculdade mais ou menos renomada de artes, eu não posso julgar muito bem aqui já que não faço ideia de como funfa uma facul de artes mas achei que a ambientação ficou MUITO em segundo plano, passa bem batido;
  • Mahoromi - Jikuu Kenchiku Genshitan [drama, seinen]: o mangá é sobre o protag descobrindo as alegrias de se fazer arquitetura e lidando com o legado do avô que era pica no campo, a parte da vivência na faculdade não é muito explorado mas parece um bom retrato, eu acho, do que seria um mangá sobre estudantes de arquitetura;
  • Kimi no Iru Machi [drama, shounen]: tenho raiva desse mangá, de novo: ambientação universitária fraca demais, parece continuação do ensino médio, podia ter sido desenvolvido de melhor forma;
  • Karate Shoukoushi Kohinata Minoru [esportes, seinen]: é um mangá puro de artes marciais, o começo dele é ambientado numa faculdade que possui como foco a formação de atletas, ou seja, o ambiente universitário é mero detalhe, quase esqueci que esse mangá se passa numa faculdade;
Sei lá, deve ter uma caralhada a mais de mangá universitário mas puta que pariu, é um campo muito pouco explorado se comparado ao potencial do assunto. Grand Blue sou meio suspeito de julgar porque me identifiquei absurdamente com o mangá, tirando uns detalhes parece que foi um politécnico que escreveu, gosto bastante também de como Tokyo Eighties e Mahoromi retratam a vida universitária.

Você me pergunta agora: o que você queria num mangá universitário? Eu te respondo: MUITAS COISAS.

Cara, pegando de exemplo a confusão generalizada que foi os anos 60/70 no Japão e todas aquelas greves e protestos que ocorreram devido aos tratados de paz com os Estados Unidos, o livro (e filme) Norwegian Wood usa esse pano de fundo pra desenvolver a história, tá aí uma ideia pra mangá histórico do Japão. Omoide Emanon cita esse background mas é muito curto pra desenvolver ele.

Outra ideia poderia ser mostrar, de forma dramática, como é o ambiente acadêmico de ponta no Japão, algo que foi mostrado de leve no A Method to Make the Gentle World e achei bem bacana e também é mostrado de passagem no epílogo do mangá do Evangelion.

Pessoalmente, se eu fosse fazer um mangá ambientado na faculdade, eu escolheria o histórico (do Japão dos anos 60/70), é uma coisa que parece que a população japonesa esqueceu e foi, sem sombra de dúvidas, o auge da cultura do país: seja pelo momento de ouro do cinema no movimento Nuberu Bagu (inspirado na Nouvelle vague francesa), seja na música com a ascensão do que viria a ser o respeitado cenário underground com o Les Rallizes Dénudés ou até mesmo nos mangás que tinham uma puta crítica social que pra época foi fundamental com exemplos notáveis de Hadashi no Gen e Ashita no Joe. Isso tudo sem contar que essa época deve ter sido a última vez que a esquerda japonesa fez algo de útil, de lá pra cá eles vêm tomando uma sova dos conservadores nacionalistas.

Bem, acho que é isso que eu ia falar, de alguma forma consegui ir de mangás universitários pra política TOO FUCKING FAST.
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Não quero bombar algelin pela terceira vez

sábado, 7 de outubro de 2017

Metalinguagem, autobiografia e ladainhas de sempre PARTE 751

Eu tava fazendo outra postagem faz um tempinho já mas foda-se, to com preguiça de terminar.

Isto aqui vai ser um post metalinguístico.

Então, muita gente... tá bom, algumas pessoas me perguntam de onde que tirei esse jeito de escrever que é tão envolvente, cativante, carismático, sensua- AHEM, tão informal que parece que to conversando com o leitor. Pois bem, apesar de ter uma série de livros por aí que são bem nesse estilo mais falado, eu me baseei bastante no Catcher in the Rye (ou Apanhador no Campo de Centeio), o livro todo é bem assim, ótimo livro aliás.

Mas o foda é: eu me acostumei tanto a escrever do exato jeito que falo que quando tenho que escrever algo em terceira pessoa eu tenho uma hemorragia no cérebro, é foda galera. Cês podem ver aqui no meu blog mesmo: quando tento escrever algo mais rebuscado ou informalzão mas em terceira pessoa, o texto geralmente sai uma merda, UMA MERDA. Estou desde manhã tentando corrigir umas cagadas no relatório aqui e NÃO CONSIGO ESCREVER MERDA COM MERDAAAA- jesus, três anos de poli e tenho certeza que zero a redação da Fuvest.

O negócio é: óbvio que se eu quiser ter uma carreira decente vou ter que aprender a escrever feito gente, a não ser que esse blog vire um sucesso mundial e tenha uma série de filmes com roteiro adaptado sobre minha vida, ainda não decidi sobre qual ator deverá fazer meu papel hmm... enfim, enough dessa masturbação mental. Aliás, se os filmes chegarem até o meu casamento... a Hikari Mitsushima (ou a Fumi Nikaido) pode fazer o papel da minha esposa? Fica a pergunta.

Aaaahhhhh, é bom eu terminar de fazer as coisas E ESTUDAARRRRR.
Acho que vou subar algumas provas... hmmmmm...
vlwflw té mais


terça-feira, 3 de outubro de 2017

Textos de corrente e curry requentado

Lá pelos idos de 2007, nas aulas de Ensino Religioso (que parece que o pessoal de colégio não-cristão não sabe que tive pelos meus 12 anos de ensino infantil ao médio), o professor pedia pros alunos trazerem uma "reflexão" pra ser lida no final das aulas de sexta-feira. As tais reflexões, como você já deve imaginar, eram aqueles textos sofríveis e piegas pra fazer velhinha derramar algumas lágrimas e que você recebia aos montes no email (agora no whatsapp) do seu tio ou, como no meu caso, do seu pai.

Pois bem, assim como toda peça de coisas que eu julgava serem de uma "pseudo-literatura", os tais textos de corrente de email acabaram crescendo em mim, tem um quê de poesia naquele entulho de clichês e pieguisse, aquela coisa comicamente ruim mas extremamente simples. Quero dizer, eu nunca leria um texto daqueles por livre e espontânea vontade mas faz parte da cultura atual I guess.

Chuto que daqui a uns 50 anos os estudiosos estarão estudando os textos de corrente assim como os de hoje estudam os dos folhetins de 100 anos atrás.

Só vim pra escrever sobre isso mesmo, tive a ideia enquanto comia curry requentado na casa dos meus pais agora a pouco. Curry requentado é bem melhor que o feito na hora, SCIENCE PROVES IT!

vlwflw té mais

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Mangás e história

Hmmmmmm... que cheirinho é esse que estou sentindo? Parece cheirinho de P2 no ar hein?
Pode me perguntar se estudei no último fim de semana e a resposta será: NÃO, maaassssss eu acabei lendo um mangá muito lindo de romance chamado "Natsu no Zenjitsu", personagens legais, traço 10/10 e um final que não agradou a todos... mas convenhamos, o final dessa porra é BEM melhor que o caralho do final do "Kimi no Iru Machi", eu sinceramente achei o final do Natsu muito bom, pessoal que só lê shoujo que ficou incomodado.

Eeeenfim, P2 né? Nem quero comentar quais foram minhas notas nas P1, foram coisas lastimáveis. Duas vermelhas... nos dois Cálculos que estou fazendo. PUTA QUE PARIU! Eu já nem sei o que fazer, já estou mandando todo mundo tomar no cu, vai se foder. E pior que eu devo ser retardado, não é possível, eu tava estudando Estruturas outro dia e acabei lendo o artigo inteiro da história da língua vietnamita uma hora antes da prova. Se eu não fosse partidário da ideia de que 99% dos casos de déficit de atenção são invenção, eu me diagnosticaria fácil com essa merda de ADHD.

Aliás, isso leva ao fato que geral da Naval que me conhece acha que sou uma enciclopédia de conhecimento inútil andante, como diz o ditado popular: "Se você não sabe, procure no Google. Se o Google não sabe, pergunte pro Yoiti", e de onde vem todo esse conhecimento inútil? Pode botar aí: Wikipedia e sites randômicos encontrados a esmo no Google e no caso de coisas históricas (ainda mais do Japão) tudo que sei veio de mangá. Samurais? Rurouni Kenshin e os vários sobre o Oda Nobunaga (Drifters, Nobunaga no Chef, etc.). História antiga ocidental? Historie, Thermae Romae, Ad Astra. Vikings? Vinland Saga.
Enfim, bota aí ainda Omoide Emanon que mostra o clima pós-WWII no Japão, Shoukoku no Altair que mostra os funcionamentos de um império fictício inspirado no Império Turco Otomano, Ore to Akuma no Blues que conta uma versão fantasiosa da vida do Robert Johnson onde ele conhece o Clyde, Golden Kamui que se situa no período pós-WWI em Okinawa, Innocent que mostra a transição que aconteceu com a Revolução Francesa, Gen Pés Descalços que mostra as consequências da bomba nuclear do Hiroshima... ENFIM, você entenderam como tem mangá bom histórico e mesmo que não sejam as fontes mais confiáveis de conhecimento, esses mangás instigam o leitor a correr atrás e ler sobre o assunto, acho que isso é o melhor de um mangá do gênero.

Em tempos negros onde estão querendo mudar a história pra agradar gregos e troianos, a saída talvez seja mesmo INSTIGAR as pessoas a irem atrás de fontes históricas realmente relevantes antes de sair falando bosta por aí. Sou totalmente contra mangá revisionista tipo a adaptação do Eien no Zero que tirou absolutamente toda a culpa dos japoneses sobre as atrocidades que eles cometeram na segunda guerra, mas porra, se vendo aquela merda os nego ficarem incomodados com o brilhantismo todo e forem atrás de registros REALMENTE históricos, temos aí lucro. Bem que filme revisionista sobre Ditadura Militar é capaz de maluco aplaudir de pé e puxar saco, triste estado que vemos no nosso país indeed.

AAaaaaahhhhh, eu ia falar só sobre a Poli nesse post, juro.
Agora me lembrei que quando entrei na Poli eu falei que nunca mais falaria de política, acho que meu sangue ainda é vermelho after all. E vale notar que acho que fiquei 5 vezes mais esquerdista depois que entrei na Poli, é a barba influenciando.

Ah, já é tarde e amanhã preciso acordar cedinho PRA ESTUDAR O QUE DEVIA TER ESTUDADO NO TEMPO QUE ESCREVI ESTE POST.

vlwflw té mais

(note que nem citei música japonesa neste post, evolução)