segunda-feira, 12 de setembro de 2016

VIDA LONGA À TURMA DA TRAVE

(Fig.1) A Trave em 2013.

No último sábado teve um daqueles famosos "encontros de ex-alunos" no meu antigo colégio, não que eu sentisse muita saudade de lá, mas como eu tava sem nada pra fazer, acabei aparecendo lá com dois amigos meus. Aquela porra tava bem vazia, quase deu pena do colégio por ter tido o trampo todo de organizar aquilo tudo e ir uns 40 nego no máximo, dava pra ver que ia sobrar um monte de brinde que eles tavam distribuindo, do meu ano por exemplo foi só eu, meus dois amigos e um cara que é filho da coordenadora de lá.
Mas eu realmente até me senti grato por não ter gente do meu ano, são os poucos que eu tava afim de ver hahahhahahah, isso nos leva ao assunto deste post:
Ainda me lembro bem, ou quase, foi no oitavo ano que por alguma busca por identidade coletiva ou qualquer motivo besta de moleque que nós decidimos dar um nome para o nosso grupinho, o grupo em si era bem heterogêneo mas bem coeso (para a época pelo menos), não vou entrar em detalhes pra não levar tapa de algumas pessoas depois hahahhahahah, mas como nos reuníamos todo dia ao redor da trave no pátio do colégio, o nome veio num lampejo: Turma da Trave (ou TdT).
Acho que descrever a gente como os "nerds" do colégio é um puta insulto, tantos aos nerds  de verdade quanto à gente, dos membros do nosso grupo acho que uns três se esforçavam, quiçá dois, o resto coçava o saco e tirava nota boa porque se interessava por exatas e às vezes história ou geografia.
Foram pelo menos cinco anos que nós monopolizamos a trave, mesmo após chegar no famoso TERCEIRÃO URRA URRA HEI! e ganhar por direito o local que até então era exclusivo para a galera de Terceiro, não fizemos muita questão de nos mudar pra outro local.
(Fig.2) Isso que você vê quando está sentado debaixo da Trave (2016).
Era ao redor da Trave que a gente ficava conversando sobre os mais diversos assuntos: mangás, futebol, provas, amores, desilusões, política e o que mais pudesse ser entendido por mais de uma pessoa, lá também foi o local de muitas jogatinas com um baralho Copag 139 que tenho até hoje e também palco de duelos épicos de Yu-Gi-Oh! (sim, no terceiro ano hahahhahah).
A Trave era quase uma figura materna pra gente, uma espécie de Lupa para Rômulo e Remo, e acabou por virar quase uma figura folclórica, mitológica entre as membros da Turma da Trave.Não fosse inanimada, a Trave poderia contar muitas histórias sobre as merdas que a gente fez e sobre as mais variadas baboseiras que falávamos perto dela.
(Fig.3) A Trave em 2016, comidinhas e outras coisas do encontro de ex-alunos ao fundo.
Eu voltei pro Colégio depois de formado em quatro ocasiões: Festas Juninas de 2014 e 2016, pra tirar foto de aprovado em vestibular em 2015 e nessa última reunião de ex-alunos. Muitos dos membros da TdT não fizeram questão de visitar o colégio depois de formados, cada um com sua razão, mas um amigo que foi a essa última reunião falou que agora também não pretende voltar tão cedo.
Concordei, também não pretendo voltar ao meu colégio até me formar pelo menos, como dizia Yuki quando ela tava no Judy and Mary ainda: "As lembranças são sempre doces mas não dá pra viver só delas" (tenho certeza que é pelo menos a terceira vez que cito essa porra), puta letra batida e clichê né, mas sempre hits close to home, pelo menos pra mim, às vezes me pego nostálgico as fuck vendo as fotos das minhas viagens de formatura e lembro de todas as expectativas que o pequeno Yoiti tinha para os tempos de faculdade.
Goddam University. It always ends up making you blue as hell. - Diria Holden Caulfield se Catcher in the Rye fosse sobre a vida universitária dele.
(Fig.4) A Turma da Trave em uma ocasião rara onde só tivemos 7 membros ausentes. (2014)


E você me pergunta: como anda a Turma da Trave hoje? A gente se reúne de tempos em tempos nos chamados "Travecontros", o que não é tão épico quanto parece, geralmente a gente vai ver um cinema ou comer no Suki-Ya. O que pode ser épico é que a turma tá toda espalhada pra caralho: dois em Campinas, dois em São Carlos, um em Curitiba, o resto em São Paulo, e por incrível que pareça o pessoal de São Paulo é o mais difícil de achar. PESSOAL SUMIDO DO CARALHO ONDE CES TÃO?!?!?!?
Enfim, assim encerro este devaneio nostálgico, eu queria escrever mais coisa mas estou com uma puta preguiça e eu tava mesmo querendo focar na TdT e não nos tempos do colégio como um todo.
Até mais e VIDA LONGA À TURMA DA TRAVE!