segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Vestibular em Midgard

Toda vez que jogo um RPG (não de mesa, nunca joguei RPG de mesa) onde tem que escolher uma classe, agora sempre penso como um adulto.

Eu tenho a tendência de jogar qualquer jogo me inserindo no personagem: quando tem uma quest urgente eu não corro pro outro lado do mapa pra pegar um colecionável, eu paro pra ver a paisagem de qualquer game que invista nisso, eu comia a comida mesmo não tendo impacto em jogos como Mafia 2 e Fallout e quando preciso escolher a classe do meu personagem eu penso seriamente como seria viver daquilo no mundo do jogo.

Eu tava jogando Fantasy Life (um jogo esquecido de 3DS) e ele oferece uma boa gama de classes pra você seguir no jogo: indo das mais clichês tipo paladino e mercenário até umas bem interessantes como chef, marceneiro e estilista! Pô, legal pra caralho!

Eu geralmente escolhia uma classe porque ela tinha um gameplay bacana, um vasto leque de armas e, caso jogasse com amigos, possibilitava de montar uma party legal.

Mas ultimamente eu entro no mundo do jogo e penso: "Hmmmm, o que eu escolheria se tivesse naquela situação?"

Mercenário pode parecer legal mas me parece um emprego instável que depende muito da situação do mercado pra continuar existindo, paladino é uma ocupação bem mais estável, com melhores possíveis benefícios e privilégios, mas em certos mundos de certos jogos o governo sob o qual você trabalha é tão instável que você corre riscos a cada mudança de poder.

Qualquer emprego na área de comércio é mais seguro do que depender da sua espada mas também pode depender das flutuações do mercado. Ser um farmacêutico (alquimista), ferreiro ou qualquer coisa na área deve também dar uma fonte estável de renda.

Ser clérigo deve ser estável pra caralho porque além de ser um cargo da igreja os caras fazem papel de médico também, o estilo de vida pode deixar a desejar mas morrer de fome você não morre.

No Ragnarok em particular tem uma caralhada de classes, eu gosto da linha dos mercadores porque eles se tornam mecânicos se seguirem a linha dos ferreiros ou bioquímicos se seguirem a dos alquimistas, eu só quero ganhar dinheiro sem sujar as mãos... NÃO HÁ CONSUMO ÉTICO NO CAPITALIS-

Enfim, num mundo onde o combate é o que valoriza cada um acho que não tem como escapar muito das classes mais clichês mas é sempre legal imaginar o que você faria no universo do jogo se não tivesse que seguir a quest principal pra matar o DEMON LORD. No do Ragnarok acho que eu iria mesmo ser mercador e seguir como mecânico já que eu curto bastante trabalho manual e de confeccionar coisas. Se eu fosse forçado a escolher uma classe pela arma/habilidade que ela confere, eu escolheria uma classe tank tipo paladino ou monge ou uma classe mágica porque soltar foguinho da mão nunca é demais.

Acho que estou lendo muito mangá de isekai barato mas é legal adentrar de cabeça no mundo do jogo assim. Todo jogo que jogo com seriedade eu acabo rushando porque maioria deles têm um senso de urgência na missão principal que, pra mim, não tem sentido ficar perdendo tempo nas side quests. Exceção óbvia aqui é Fallout New Vegas que a main quest não tem aquele senso de urgência dos demais jogos da série, dando bem mais abertura pra side quests mesmo no contexto do jogo.

Pois bem, acho que é isso. Espero ser transportado pra um isekai quando morrer pra poder virar um mercador bem sucedido emMidgard.

vlw flw té mais!

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