Vou listar uns animes/mangás que MEU DEUS MUDARAM MINHA VIDA! ou pelo menos tiveram algum impacto. Não vou listar filmes e livros porque a lista ficaria muito extensa. Nota: essa lista não é necessariamente de obras boas, algumas obras muito boas não me impactaram e outras com defeitos notáveis deixaram marcas em minha pessoa.
Great Teacher Onizuka
GTO é um mangá bem clichê mas pro Yoiti de 13~14 anos foi incrível. O mangá em suma é sobre um ex-delinquente que vira professor pra tentar pegar as meninas mas acaba dando lições de vida pra todo mundo, tem treta, bullying e o caralho todo de qualquer escola no mundo mas tem o Onizuka no mangá pra resolver a porra toda. Esse mangá me fez valorizar a profissão de professor a ponto de eu ter cogitado fortemente a possibilidade de virar um, além de fazer com que eu respeitasse mais os professores que me davam aula.
Oyasumi Punpun
Punpun foi possivelmente o mangá que mais me impactou, foi o que me deu um tapa e falou na minha cara SHIT HAPPENS, SON. O mangá é o maior coming-of-age já feito nesse meio, e falar mais que isso seria spoiler. Os personagens são incrivelmente bem feitos (como tudo do Inio Asano) e a arte é linda de morrer, recomendo o mangá pra todo mundo mas já dou o aviso: talvez seja o mangá mais deprimente já escrito na história. Eu fiquei mal por dias depois de ler esse mangá.
NHK ni Youkoso
Foi a única obra que consumi em três meios: Light Novel, anime e mangá. Eu acho que assisti NHK muito cedo pra me conectar com a obra, vi quando tinha meus 14 anos, e talvez se tivesse deixado pra ver durante a faculdade eu teria um pouco mais de identificação. A obra é uma sátira da cultura otaku do começo dos anos 2000, no fim oposto do espectro que tem obras como Lucky Star e Genshiken, NHK não glorifica os otakus mas também não mostra de maneira verdadeira (tirando alguns momentos) o problema social que são os hikikomoris no Japão. Eu acho que todo otaku deve assistir ou ler NHK ni Youkoso porque, sinceramente, tem coisa a mais na vida além dos animes e mangás.
Legend of the Galactic Heroes
Foi o anime que me fez ficar interessado por política, por mais que alguns falem que o anime tem uma visão conservadora da história (falando especificamente da teoria do grande homem) eu achei que o enredo é bem justo até pra uma obra do Japão, o que prevalece é a figura do indivíduo sobre a nação por exemplo, mas no embate entre a autocracia e a democracia as cartas são dadas de maneira justa. Pro Yoiti de 13 anos o anime foi incrível, foram 110 episódios de aula de ciência política e estratégia militar (no espaço). LOGH acabou também me dando uma imagem melhor dos militares e um ódio profundo por líderes que promovem a guerra sem nunca terem empunhado uma arma, assim como civis que apoiam qualquer tipo de ditadura. Apesar de ter viés liberal eu posso te afirmar que é melhor um moleque ter primeiro contato com política por aqui do que por qualquer livro da Ayn Rand.
Kaze Tachinu (Vidas ao Vento)
Eu sou meio da opinião menos popular de que os filmes realistas da Ghibli são melhores que os fantasiosos. Kaze Tachinu é um filme maravilhoso, acho que é o único anime que tentou mostrar como a engenharia é linda, certo que fica meio que no segundo plano mas todo o processo de design e teste do avião é bem legal e só vi coisa parecida em algum Gundam. A cena que mostra os Zeros voando no final do filme me fez chorar e pensei comigo lá: engenharia é o que quero fazer mesmo. Eu vi esse filme no cinema no meu ano de cursinho, foi uma das coisas que motivaram meus estudos pra entrar na Poli, podemos questionar se a escolha foi sábia depois.
Bokurano
Apesar da abertura LINDA, leiam o mangá, o anime é chato demais. Bokurano foi o mangá mais depressivo que eu tinha lido até ter encostado em Punpun. Sem entrar em maiores spoilers (mas já entrando rsrs) o mangá aborda a reação que cada um dos protagonistas tem sabendo que vão morrer dali a pouco, da menina que dá graças a deus que vai morrer até o cara que não aceita de jeito nenhum, Bokurano é a única obra que conheço que tem isso como tema, e apesar da premissa ser jogada na sua cara desde o começo e não ter muitos plot twists (atentem-se ao "muitos"), você fica meio curioso em ver como o personagem x que agia de tal jeito até então vai lidar com a morte. Enfim, recomendo demais.
Blue Period
De novo? É, de novo. Blue Period é o melhor mangá em andamento e, possivelmente, é o melhor que já li na vida. Eu quero ler o mangá até o final pra me certificar mas puxa, os temas tratados, os personagens, a arte, tudo é feito de maneira tão bonita que é difícil você apontar erros ou defeitos no mangá. Eu posso ser meio suspeito de falar sobre isso já que sempre gostei de arte (num nível totalmente superficial) mas Blue Period me fez mudar completamente como eu enxergo arte, agora eu demoro o dobro do tempo que demorava antes numa ida a um museu. Eu já disse tudo isso no outro post que fiz ano passado mas é, eu não vou parar de amar esse mangá tão cedo assim.
Acho que posso fazer umas menções honrosas também:
- Episódio 10 de Violet Evergarden: Eu juro, só de assistir os últimos 5 minutos desse episódio eu já estou chorando PRA CARALHO, o resto do anime é bem meh pra falar a real, mas o episódio 10 me faz chorar toda santa vez que eu assisto, e já foram umas cinco;
- Millenium Actress: Uma das obras menos amadas do Satoshi Kon, mas me fez admirar a carreira dos bons atores veteranos, que passaram pelas mudanças que a indústria cinematográfica sofreu desde então. Ainda acho que uma versão liveaction desse filme com um bom orçamento seria um forte pretendente a qualquer prêmio que fosse;
- Eve no Jikan: Adquiri meu amor por cafeterias aqui, apesar do Eve no Jikan ser mais um Kisaten japonês um pouquinho modernizado. Ah sim, a parte dos robôs é legal, mas a decoração do café era tão legal que eu realmente pensei em abrir um café naquele estilo;
- Death Note: Quando li eu achava que tinha que matar bandido mesmo e fodasse, mas é legal notar como sua visão sobre as ações do Light e do L mudam com o passar do tempo.
vlw flw té mais
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