Eu esqueci de botar Digimon no post que falei sobre animes que mudaram minha vida.
Eeehhhh, por onde começo? Eu tava vendo um vídeo com as letras traduzidas do Brave Heart e comecei a chorar pra caralho. Meu deus, quando foi que esqueci das palavras motivadoras de Ayumi Miyazaki?
Pra ser bem sincero a tradução brasileira de Digimon (a primeira temporada) fez a mesma cagada que a tradução americana: botar uma música totalmente merda de abertura ao invés da ÉPICA Butter-fly, ÉPICA! Mas pelo menos eles deixaram Brave Heart pras digi-evoluções.
Eu assisti Digimon quando tinha uns 5 anos, bem antes de eu sequer saber distinguir anime de desenho animado ocidental, e foi parte da minha infância junto com Pokémon, Autopista, Power Rangers e todos os outros programas randômicos que passavam na Cartoon Network ou na Fox Kids um pouco antes dela virar Jetix.
E puxa, acho que eu era muito novo pra entender mas toda a mensagem que o anime do Digimon passa é legal demais, eu sei que é a coisa mais clichê de acreditar nos seus sonhos, cultivar amizades e tudo mais mas gerar empatia nos pimpolhos nunca é demais. O foda é que criança quase nunca vai sacar a mensagem por trás de algo que ela vê quando tem menos de 10 anos, por isso Bob Esponja faz mais sucesso que Digimon, por isso que Pokémon faz mais sucesso que Digimon (contando só o anime), por mais que eu ame Pokémon de coração, puta merda, o anime de Digimon é muito melhor.
Eu chorei vendo a letra de Brave Heart porque lembrei de todos os sonhos que tinha quando criança, bombeiro, astronauta, jogador de futebol, pra ser sincero eu nunca fui dessas crianças de projetar meu futuro numa profissão extravagante e acho sim que o Yoiti criança ficaria feliz de saber que seu eu-futuro estaria fazendo engenharia naval (afinal, é um dos cursos que mais parecem ser pica só pelo nome) mas não deixo de pensar como eu decepcionei minhas pretensões de infância.
Até o ensino médio eu tinha um orgulho que foi esmigalhado tanto pelos vestibulares onde não passei quanto pela faculdade que viria depois, até entrar na faculdade eu jurava pelos deuses que faria qualquer coisa contanto que não fosse medíocre, e cara, needless to say que quebrei a cara de todas as maneiras possíveis na Poli e quando menos esperava meu orgulho já estava em pó.
Eu não quero fazer desse post um choro das minhas pitangas então não vou ficar aqui me arrastando e sendo pessimista pra caralho, afinal, acabei de ouvir Brave Heart. Se qualquer coisa eu deveria estar envergonhado de não estar fazendo nada e ver de começar a agir e deixar de ser um bunda mole do caralho.
Já dizia Ayumi Miyazaki no Brave Heart (numa tradução questionável):
"Agarre! Seus sonhos perdidos.
Proteja! Seus amados amigos.
Você pode ficar mais forte.Poderes desconhecidos saem do seu coração quando o fogo se acende."
E hmmm, uma coisa que me orgulho bastante é de ter mantido as amizades que criei na minha escola, acho que é uma história que ouço com bastante frequência de que o pessoal acaba se distanciando dos amigos do ensino médio já que cada um vai pra um canto fazer faculdade mas no meu caso, mesmo com a galera tudo indo pra fora de São Paulo, acho que não nos distanciamos a ponto de não podermos chamar o que temos de amizade, a Turma da Trave se mantém forte. Isso sem querer diminuir as amizades que fiz depois obviamente, tanto na Poli quanto no arubaito, os amigos que fiz no caminho são mais um ponto que não decepcionaria o Yoiti criança de 20 anos atrás.
Enfim, chorei, escrevi e me motivei. Agora vou sempre questionar se minhas ações seriam vistas a bons olhos pelo Yoiti pimpolho, se for pra me foder que seja depois de eu realmente tentar.
valeu, falou té mais!
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