Eu tava discutindo com minha irmã o processo de uma banda: em suma o que uma banda precisa fazer pra se manter bem.
Quero dizer, temos por aí os mais variados exemplos de bandas que mudaram de som, com resultados e motivações bem diferentes:
- O Oasis tentou sair do Britpop clássico com o Be Here Now e foi migrando prum post-Britpop semi-experimental até culminar no último álbum deles: Dig Out Your Soul (querendo chegar numa vibe psicodélica? hmm) e apesar de sempre obterem sucesso com os lançamentos, nunca passaram do auge que foram os dois shows em Knebworth (quase 3 milhões de pessoas tentaram comprar ingressos pra esses shows, NA INTERNET DE 1996! CARALHO). Em suma: a mudança de som na banda foi bem sutil (e foi por obrigação, o Britpop clássico pré-1996 já tava morto) até e mesmo quem amava os dois primeiros álbuns não se incomodou muito com os últimos;
- Arctic Monkeys voou do indie basicão pós-Britpop pro som do momento, aquela coisa vibe Lana Del Rey. O público geral (leia-se meninas pré-adolescentes) amaram a mudança de som que culminou no AM, mas puta que pariu, galera que curtia o som deles antes ficou pistola. Sdds Favourite Worst Nightmare;
- Muse migrou de um som com influências eruditas pra um purê de dubstep com pop e deus sabe o quê mais, o ponto é que pelo menos eles não fizeram isso pela grana (aparentemente pelo menos), acho que é só o Matt experimentando com o processo criativo não dando a mínima pra ninguém já que agora tem grana enfiada até o cu;
- Judy and Mary (SIM, VOU FALAR DELES SIM CARALHO) começou com um cute-pop-punk ainda antes de estrear numa major label mas depois que o Taiji saiu e entrou o Takuya na guitarra, o som da banda ficou mais leve e pegou aquela vibe anos 90: efeitos emprestados do Surf-rock e refrães pegajosos, com o passar do tempo a banda foi migrando pra um som mais sério e cheio, eram os anos 2000 batendo na porta. JAM acabou num ótimo momento: todos os álbuns lançados até então foram ótimos e a mudança de som foi meio que uma coisa natural (como no caso do Oasis) mas também teve aquele toque de ousadia com algumas faixas do Pop Life e do WARP;
- Acho que nem deveria falar
novamenteaqui mas: Kinoko Teikoku, começou como a mais nova salvação do Shoegaze japonês e agora é mais uma banda de pop-rock de alguma sub-label da Sony, eu acho um crime contra a humanidade a voz da Chiaki Sato ser desperdiçada com pop, mas é escolha dela I guess;
- Ocean Colour Scene toca o mesmo Britpop anos 90 desde aquela época, nunca chegou a ter um headline digno num festival decente;
- EGO WRAPPIN' faz um puta som legal, a Yoshie Nakano canta pra cacete mas eles sempre são lembrados por umas músicas pontuais, quase o mesmo som desde o começo, com o álbum de 2009 a banda abraçou um som mais mainstream (que ficou bem legal) mas não mudou significantemente a recepção que eles têm do público geral;
- Pizzicato Five mudou de formação (e de vocalista, é bom frisar) mas o Shibuya-kei que eles criaram continuou da mesma forma que antes, a banda lançou uma caralhada de releases entre 1979 até 2001 mas apenas alguns discos se destacam;
Eu parto bem do princípio que, contanto que não seja pra vender mais, o problema de mudar o som da banda recai sobre a banda, se eu fosse artista eu não ficaria me rendendo à opinião alheia, eu acho.
Enfim, acabei escrevendo pra caralho e chegando a conclusão nenhuma, acho que é hora de eu ir estudar.
vlwflw té mais
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