sábado, 29 de maio de 2021

Vending Machines

Eu já falei das konbinis, falta falar das vending machines.

Dentre as MUITAS coisas que sinto saudades do Japão, uma delas são as vending machines.

No Japão, mais do que konbinis, e se bobear mais que japoneses também, tem vending machines pra caralho. Você não consegue andar 100 metros no interior do Japão sem achar uma vending machine, em Tokyo não é exagero nenhum falar que tem uma em todo quarteirão... dos dois lados da rua... no mínimo.

E eu não vou nem falar das vending machines oooohhhhh tão diferentes que vendiam comida quente, ou figures, ou qualquer coisa que apareça naqueles reels do Instagram. Vou falar das vending machines mais normais.

Única Vending Machine que tirei foto, foi a primeira que vi no Japão.

 

Andando pelas ruas do Japão, se você trombar com uma vending machine na rua é quase certeza que vai ser uma de bebida. No inverno essas máquinas vendem bebidas enlatadas tanto geladas quanto quentes, e pra melhorar: algumas vendiam sopa enlatada de milho que eram uma delicinha, além dos chás (quase infinitos em sua variedade) e cafés, todos bem bons, e tudo numa faixa de preço que ia de 100 a 200 JPY, preço bem justo pela conveniência.

Nas estações de trem e prédios públicos já era mais provável de você trombar em vending machines de comida e sorvete, nada muito chique de vender comida aquecida e tal, mas era comum achar máquinas que vendiam pães doces, chocolates e salgadinhos. Inclusive uma das situações mais desesperadoras pela qual passei foi quando comprei um chocolate na vending machine da estação de Shibuya E O CHOCOLATE NÃO CAIU, quando eu comecei a quase chorar por ter gasto 150 JPY a toa, a espiralzinha girou um pouco mais E CAÍRAM DUAS BARRAS, eu como um bom (e honesto) turista até tentei achar alguém pra me ajudar a devolver o segundo chocolate, mas era hora do rush e pior que ficar com um chocolate a mais de uma máquina era atrapalhar a vida de um trabalhador japonês com boa vontade de ajudar um turista perdido que não sabe se comunicar.

As máquinas de sorvete em geral também eram meus chuchus. Eu que sempre amei tomar sorvete no frio, sempre gastava umas moedas em algum sorvete diferente que achava nessas máquinas. As embalagens dos sorvetes eram sempre bem feitas para evitar respingos e tudo mais e todos são bons demais.

E se juntar toda a grana que gastei em vending machines, não seria exagero de estimar que estaria na mesma ordem de grandeza da grana que gastei com máquina de garrinha. Eu sei, eu sei, nas vending machines você pelo menos tem a garantia que vai ganhar o que quer, mas fica aí a reflexão da grana que pode sair do bolso, mesmo que seja de moeda em moeda.

No meu trampo na fábrica por exemplo era uma ou duas bebidas por dia, eu bebia refrigerante pra caralho naquela época. E em qualquer andança minha em Tokyo eu pegava fácil umas quatro ou cinco bebidas a cada dia, ainda mais na última semana. Os chás em garrafa em especial eram as coisas que eu mais amava, e ainda não faço ideia do que eram.

A coisa que mais sinto falta da presença das vending machines era ter um motivo de sair vagando pela rua sem qualquer força maior. Apesar do frio ter restringido meus rolês sem rumo perto de casa em Yamanashi, não foram poucas as vezes que eu simplesmente saía de casa só pra pegar um cafézinho enlatado pra pensar na vida um pouco, e também eram uma forma de descansar no meio de longas caminhadas que eu dava, quantas foram as vezes que eu só peguei um refri, me dirigi ao banco mais próximo e fiquei dando um tempo. Ir pegar uma bebida numa vending machine quando você tá de bobeira é o equivalente a sair pra fumar um cigarrinho, outra coisa que também é vendida em vending machines no Japão aliás (mas precisava de um cartão especial).

Enfim. é isso. Eu tava bem afim de dar uma volta pelo bairro e me lembrei das saudosas vending machines que eram meus postos de gasolina nas andanças por Tokyo. Acabei não saindo pra andar porque tá rolando uma coisa meio chata aí né, uma doença, além de eu estar com inexplicáveis condições médicas na minha bunda que estão me restringindo, um pouco, os movimentos.

Bem, espero que vocês estejam bem e que um dia eu possa voltar a desfrutar do dilema que era escolher uma bebida numa vending machine no Japão.

vlw flw té mais!


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