Eu tenho um amor pelo hype, é o que me atraiu para os e-sports e pro futebol e também é o que me anima pra acompanhar novos jogos e músicas dos meus artistas favoritos.
E a coisa que acho mais legal é quando os caras exageram, tipo quando a banda que mais gosto chamou a release party do novo álbum deles de "TOKYO IS OURS" sendo que ia ser um evento com, no máximo, 50 pessoas (incluindo funcionários da casa de shows) e ia ser numa livehouse minúscula e sem tradição nenhuma, mas o hype tava à toda.
Ou o último álbum que a Lovely Summer chan lançou: "THE THIRD SUMMER OF LOVE", implicando que o Japão (e mais especificamente ela) estaria em meio a um terceiro verão do amor, depois de Woodstock e dos anos 80 no Reino Unido. Não preciso dizer que o Japão tá bem longe de liderar qualquer movimento cultural com o mínimo de uso de drogas e libertinagem (pelo menos não me chamaram) né.
Eu não tenho nada contra essas formas de promover eventos e lançamentos, porque sendo realista nada ia dar hype.
Acho que é a mesma vibe de você viajar pela Forma pra Porto Seguro e meter um PORTO SEGURO NÃO ESTÁ PREPARADO PRA NOSSA CHEGADA sendo que você tem 17 anos e 0 pelos no saco. É ridículo, mas animava a gente na época (no meu caso era Floripa ao invés de Porto) e fazia a gente feliz.
Eu mesmo uso o hype pra me animar, mandar um "as coisas finalmente estão pra começar agora" enquanto ouço Makka na Chikai ou Butter-Fly ou qualquer opening de fight shounen me dá uma boa dose de adrenalina numa semana particularmente bosta que eu esteja enfrentando.
Acho que o maior exemplo do hype não ter dado resultado foi quando entrei na Poli, eu tava me hypeando tanto pra pegar intercâmbio pra melhor faculdade que tivesse e depois trampar sei lá, na NASA que as DPs já no começo da graduação foram um tapa na cara. Mas acho que se hypear por entrar numa faculdade boa é parte do processo de ser bixo de qualquer faculdade: "finalmente cheguei no meu campo de batalha", bem, se cheguei morri... mas passo bem.
No começo da quarentena o pessoal até hypeava a volta à normalidade: "MEU DEUS, DEPOIS QUE PASSAR ISSO TUDO VAMO BEBER, TRANSAR, JOGAR PEDRA EM ESTABELECIMENTOS E ATRAVESSAR FORA DA FAIXA!" mas parece que agora geral já se tocou que é, vai demorar.
Mas é, acho que eu sou mais levado na correnteza do hype que sua pessoa normal, e isso gera uma série de merda (comportamento de manada? não lembro o nome), pelo menos não sou gado de nenhum político (vivo). Um dos exemplos mais crassos de eu ser levado por hype foi o Corso (guerra de fruta podre entre a Poli e a Med Unifesp) de 2016 onde, sem perceber, eu tava puxando o grito de guerra da Poli e mandando a Unifesp se foder com a RedeTV gravando, graças a deus que ninguém decente assistia Pânico na TV quando rolou essa coisa.
Enfim, de hype em hype vamos viver a vida, sem se iludir você não sai da cama.
Acho que esse post acabou numa nota meio negativa hmm, a próxima vai ser pra dar umas risadas ou vai ser sobre o Japão... ou os dois?
vlw flw té mais!
Vi sua lista de álbuns favoritos, tem KSK, Yoeko, Clube da Esquina, Fantasma, Ten no mikaku, salyu x salyu. Eita! Quem é você?
ResponderExcluirMe add no last ou no rym, sou Tesslakane nos dois. Meu gosto musical agora tá mais no dream pop (For Tracy Hyde, Luby Sparks) e outras bandas mais desconhecidas mas queria explorar mais Shibuya-kei.
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