A época mais feliz da minha vida foram meus três meses no Japão, isso vocês já estão cansados de saber, mas nem tudo foram flores, eu passei perrengue e tive crises existenciais no meu tempo lá também.
A minha solução pra qualquer problema emocional é comer guloseimas (ou escutar Kinoko Teikoku), seja batatinha frita, chocolate, bala, o que seja. Açúcar e colesterol podem fazer mal pro meu corpo mas nutrem MINHA ALMA.
Por isso sou gordo e hipertenso.
Mas voltando à minha estadia no Japão: os supermercados lá também cobravam pelas sacolinhas plásticas, então eu, sempre com o espírito de economizar os centavos das coisas que importavam pra gastá-los em coisas inúteis, sempre usava uma das caixas que eles disponibilizavam de graça do lado dos caixas pra levar as compras pra casa. Então acabou que eu já tinha umas 5 caixas no apartamento simplesmente porque eu era muquirana e tinha pena de usar minha ecobag que comprei por 1500JPY (cerca de 60 conto na época...) em Shimokitazawa.
Então eu acabei cortando uma caixa no meio pra colocar meus pertences pessoais importantes (documentos, chaves, power bank, óculos e coisas que eu sempre carregava quando saía de casa) e uma caixa maior eu acabei usando pra guardar minhas GULOSEIMAS.
A caixa de pertences é a do lado do Umbreon, a caixa grande atrás é a caixa de guloseimas. |
Ao contrário do que faço em terras tupiniquins em meus dias de folga, eu raramente tirava sonecas quando estive no Japão, mas eu ficava debaixo das cobertas vendo besteira na internet quando eu já tinha me cansado de explorar os arredores do nosso apato, aí era esticar o braço pro lado do meu futon e tirar algo pra comer da minha caixa de guloseimas.
Choco Pie, Chocolates Ghana, Pocky, Batatinhas sabor consomê da Calbee, balas Milky, donuts industrializados embaladinhos, enfim, tinha de tudo na caixa. O foda é que doce no Japão é relativamente caro, se comparado ao Brasil, mas nesse último ano os preços aqui estão mais ou menos os praticados lá na época. Então pra abastecer minha caixa de guloseimas num nível satisfatório eu desembolsava o equivalente a uns 100 reais fácil.
Eu até tentei replicar a caixa de guloseimas no Brasil mas os chocolates aqui são enjoativos de tão doces SE COMPARADOS AOS DO JAPÃO, batatinha hoje em dia tá tipo 10 conto o pacote e as Choco Pies que dá pra comprar na Liberdade (normalmente da Coreia e do Vietnã) são horríveis, as Choco Pies do Japão são infinitamente melhores.
Quando eu estou realmente afim de matar minha sede de glicemia eu geralmente como as bolachas Tortinhas da Marilan (que são melhores que da Adria) ou aqueles cookies da Toddy, chocolate eu gosto dos meio amargos 70% da Hershey's e, obviamente, os da Lindt (que não como faz um bom tempo). De salgadinho eu como os Torcida PIMENTA MEXICANA e as batatinhas da Ruffles ou da Lays, uma pena que eles pararam com o sabor vinagre e sal, era o meu favorito.
Ah sim, adentrando no assunto das batatinhas, meu coração é totalmente dividido entre dois sabores: Walkers sabor Vinagre e Sal e Calbee sabor Consommé. Eu te juro, são as batatinhas mais maravilhosas que existem. A Walkers em especial eu sempre peço quando algum parente meu vem da Inglaterra, o sabor do vinagre é mais acentuado que o sabor da Lays vinagre e sal que tivemos aqui. O sabor Consommé foi eternizado na cena onde o Light (do Death Note) come dramaticamente a batatinha enquanto mata gente escrevendo num pedaço de papel dentro do pacote, que tinha também uma mini-TV digital. Eu na real só fui experimentar a batatinha Consomme pelo momento no Death Note, e lá no Japão eu entupi meu cu com essa batatinha, é boa demais.
Mas enfim, a caixa de guloseimas junto com os congelados que eu botava no freezer do nosso apato foram minhas muletas emocionais no Japão (junto com as pelúcias com que eu dormia abraçado) e mesmo assim emagreci 15kg lá... mistérios que nunca serão desvendados pelo visto.
Acho que é isso, a caixa de guloseimas é algo que pretendo fazer de novo em breve, mesmo com as guloseimas subpar do Brasil. Era algo super simples mas que nunca falhava em me deixar feliz.
vlw flw té mais!
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