"Putz, eu queria muito conversar com aquela pessoa mas nunca tive oportunidade." Não é raro eu pensar isso desde que entrei na Poli, e nem estou falando só em conhecer as meninas.
No meu ensino médio eu tive a (in)felicidade de conversar com todo mundo, até de séries diferentes, já que meu colégio era relativamente pequeno. As coisas começaram a mudar no cursinho.
No Etapa eu só conversava com estranhos quando queriam discutir algum exercício (geralmente de física ou matemática) e vez ou outra rolava uma conversa solta aleatória. Em 2013 eu não criei nenhum amigo no cursinho, mas em 2014 eu acabei conhecendo pessoas bem legais que sou amigo até hoje, e foi tudo pela obra do acaso da gente sentar perto durante o ano todo, o que foi uma pena porque teve uma boa galera que eu só troquei um papo durante a festa dos aprovados e pareciam ser bem firmeza.
Então eu fui de um ambiente diário de 50 pessoas com minha idade pra uma sala de 200 pra então entrar com 800 na Poli, é óbvio que não tem ninguém que conhece todo mundo do mesmo ano de ingresso (ou será que tem?) mas eu dividi sala com tantas pessoas diferentes e que realmente achava que pareciam ser super gente fina mas nunca tive oportunidade de bater um papo, quero dizer, você não chega numa pessoa falando "Pô, você parece daora, vamos dar um rolê?" em condições normais, talvez numa festa isso pareça ser um comportamento mais aceitável mas não depois de uma aula de Hidrodinâmica.
Quero dizer, eu puxo conversa com pessoas na sala de aula às vezes e criei umas amizades no ano passado que eu juro que não faço ideia como começaram, mas geralmente sou introvertido demais para chegar numa pessoa que não conheço, depois que viro amigo já é outra história.
Eu tive a ideia de fazer este post depois que lembrei que um amigo, que fiz durante minha viagem pro Japão, falou que um dos caras que moraram no mesmo prédio que a gente comentou que era uma pena que eu não ia nos rolês da galera porque eu parecia ser gente fina. Eu até fui com esse cara, e mais uma galera que chegou no mesmo dia no Japão, até Kofu pra passear logo na primeira semana lá, mas realmente depois daí a gente só se viu em situações pontuais (inclusive uma vez já no Brasil). E é uma pena porque ele também parecia uma pessoa bem legal. Os rolês que perdi com o pessoal no Japão foram um ponto negativo de ter me dedicado exclusivamente a ir em shows em Tokyo, não me arrependo tho.
Maioria dos amigos que tenho eu conheci por circunstâncias meio que forçadas: ou dividiram sala de aula comigo (seja em algum curso, colégio, cursinho ou faculdade) ou moraram comigo (no caso dos que conheci no arubaito), tem umas exceções de gente que conheci por amigo de amigo e tudo mais, mas é minoria.
É, eu gosto de conhecer gente, apesar de eu passar a imagem de ser extremamente antissocial e introvertido (o que eu talvez seja?) acho legal conhecer pessoas novas e criar novas amizades, ou como chamam hoje em dia: NETWORKING.
Óbvio que não sou nenhuma Miss Simpatia e quero virar amiguinho de todo mundo, tem gente que não consigo suportar e obviamente tem gente que não me suporta também, e tudo bem, ninguém nasceu pra agradar a todos.
Mas é, acho que li um cara chamar esse sentimento de querer ser amigo de alguém de "Crush de amizade", o que é um nome terrível mas passa a ideia.
Enfim, vocês já tiveram seus "crushes de amizade"? Acho que todo mundo né. Eu já não vejo meus amiguinhos (presencialmente) desde Março então este post é mais uma reza braba pra essa merda toda acabar para todos nós podermos beber uma gelada no bar mais podrão que tiver por aí.
vlw flw té mais!
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