Como todo bom paulista que estudou em colégio particular de classe média no final dos anos 2000/começo dos 2010 sabe: o maior programa pro final do ano letivo era o Hopi Hari.
Ah Hopi Hari! Eu nem lembro direito que ano fui lá pela primeira vez mas era um objeto de desejo faz tanto tempo que era quase uma obsessão. Eu ficava olhando o mapinha que minha irmã tinha trazido de alguma das vezes que ela foi pra lá e fazia os mais variados roteiros de como aproveitaria um dia passeando por aquele lugar.
Ah, primeiro a Montanha Russa! Depois o Rio Bravo! Chapéu Mexicano! Carrinho Bate-bate! Navio Viking! E a Torre Eiffel pra terminar com chave de ouro!
Enfim chegou o ano que meu colégio considerava seguro pra levar a gente pra lá, acho que foi no sexto ou sétimo do fundamental, e chegando lá era aquilo que você que foi já deve ter passado: calor do caralho, fila em todos os brinquedos possíveis, gente pra caralho, comida superfaturada e horrível e higiene meio suspeita.
Mas eu não me decepcionei, toda a mística do Hopi Hari ser um país e ter uma língua própria é bem legal, além das diferentes áreas serem tematizadas das mais variadas coisas: de velho oeste americano a civilizações antigas. O foda mesmo eram as filas infinitas e o Hopi Pass que era um cheat code pago praticamente, mas nada o suficiente pra me traumatizar.
Eu acabei indo umas três ou quatro vezes pro Hopi Hari e todas as vezes foram divertidas, dos brinquedos maiores eu só não fui mesmo na Torre Eiffel PORQUE EU TENHO UM MEDO FODIDO DE ALTURA e sou um medroso na moral, eu fui arrastado pelos meus amigos pra todos os brinquedos possíveis mas esse tipo de coisa não é pra mim na moral. A última vez que fui pro Hopi Hari foi em 2011 ou 2012 e eu já estava cansadaço de ter emoção, curiosamente foi logo antes da moça lá ter caído da Torre Eiffel e o parque ficar fechado por um tempo.
Eu tive chance de ir num parque maior que o Hopi Hari, a Tokyo Disneyland no caso, mas não fui pra ir pro show da Chiaki Sato. Meus amigos do arubaito ainda não me perdoaram por isso mas tem uma série de fatores que me fizeram escolher gastar meu tempo andando por Tokyo do que pela terra do Mickey no Japão.
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Parquinho de diversões de Caraguá. |
Particularmente eu sou bem mais os parques menores que são abertos pro público (e não cobram entrada) e você só precisa pagar pelo ingresso pra cada brinquedo. Óbvio que são feitos pra públicos diferentes, um parque de beira-mar não é feito pra você gastar o dia inteiro lá, mas esse clima mais casual é incrível. Eu passei pelo Cosmo World de Yokohama e senti a mesma vibe do parquinho à beira-mar de Caraguá que tanto amo, os parques de diversão abertos nas cidades litorâneas são patrimônios da humanidade.
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Cosmo Clock, parte do Cosmo World de Yokohama. |
E por isso mesmo meu sonho é visitar Coney Island bem mais do que a Disneyland. Desde que joguei Bioshock Infinite e pesquisei mais sobre como eram os parques de diversão no auge de Coney Island, eu criei um fascínio por parques de diversão abertos à beira-mar, e quanto mais sujão mais interessante fica porque lembro de Flapjack e do Neutral Milk Hotel, nisso o parque de Caraguá ganha do de Yokohama.
Enfim, eu tive a ideia pra fazer este post porque estou usando minha caneca do Hopi Hari que comprei na última vez que fui lá, é daquelas que tem uma camada de gel que congela rápido dentro dela e você deixa ela no freezer até precisar gelar uma bebida rápido. Eu devo ter pago um preço absurdo por ela mas pô, ela está em uso faz uns bons 10 anos e é uma lembrança de um bom momento que tive com meus amigos.
E é isso aí, espero um dia ir pro Hopi Hari de novo, ou não, não sei se tenho ânimo pra ir ainda.
vlw flw té mais!
BORA HOPI HARI ESSE FDS!!!!>:3
ResponderExcluirBora Coney Island tio
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