quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Ser um millennial, arranjar um emprego e realizações profissionais

Por algum motivo o Youtube começou a me recomendar aqueles vídeos que estão na moda faz um tempo já do naipe "a day in the life of a software engineer" onde jovens millennials mostram como é a vida trampando geralmente em uma startup, programando, tomando kombucha, comendo comida vegan e tendo uma vida sustentável. No vídeo que eu vi primeiro em particular a menina tinha uns 5 anos de formada, trampava no Patreon, morava com o marido, um gato e um cachorro NA BAY AREA DE SAN FRANCISCO... NUMA CASA TÉRREA. Eu não sei se tem IPTU nos States mas só de pensar qual seria o valor dele em SF me deu uma dor no fígado.

Óbvio que o pessoal que chega ao ponto de fazer vídeo é a galera extremamente realizada que tem a vida dos sonhos ou edita pra caralho pra parecer isso E MENTE PRA SI MESMO ENQUANTO A VIDA TÁ UMA MERDA. Mas não consigo deixar de ter inveja dessa galera, quero dizer, morar em SF, ganhar bem e ter um estilo de vida decente? Não faria mal.

E isso me fez pensar no termo millennial, que é um rótulo que sempre passei longe (junto com hipster e otaku) mas que é o que me descreve, afinal, sou um jovem nascido entre as décadas de 80 e 90 que deveria estar entrando no mercado de trabalho agora, só que toda a cultura millennial é aquela coisa pseudo-empreendedora com overdose de autoajuda que eu nunca consegui engolir.

Aí tem um choque entre a cultura da geração anterior e a nossa, pelo menos na Poli eu não ouço muita gente falar que tem como sonho um trampo como concursado (que é o sonho de carreira de muitos da geração antes da nossa) porque tem mais estabilidade e tal, o mais comum mesmo é consultoria (que é até estável, se você sobreviver) e criar seu empreendimento, na naval tem um ou outro que mira um trampo na Petrobras ou na Marinha/Amazul como concursado mas não é nem perto da maioria.

Quero dizer, acho que nunca parei pra pensar direito no que seria minha realização profissional, trampar numa startup e largar de vez qualquer coisa que possa ser chamada de engenharia naval ou ir pra área e ter um trampo mais padrão (eu sei que tem mais opção, mas vamos manter a coisa simples)? Eu sei lá, eu ainda tenho aquele antigo sonho de fazer minha obra de arte mas eu sinceramente não sei se vou fazer isso por vias de trabalho ou de hobby, talvez eu vire um produtor musical de shoegaze daqui 12 anos, a vida é uma caixinha de surpresas.

Acho que vou tentar arranjar um emprego antes de qualquer avanço em tentar achar meu grande objetivo profissional.

vlw flw té mais

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