Um som ambiente que sempre me acalmou foi o de um fliperama meio vazio, qualquer um decente: aquele aglutinado de sons de tiros de laser, roncos de aceleração de carros e motos, sons abafados de jogos de música, barulhos distantes de pinball, tudo isso com um salpicado de gargalhadas, conversas e gritos distantes, mas nunca tomando o protagonismo dos sons das máquinas, sempre me trouxe uma paz espiritual, mais que qualquer som de ondas quebrando nos rochedos ou da chuva caindo no telhado de casa.
Meu amor por fliperamas é relativamente novo eu acho, deve datar pra no máximo 2010, quando comecei a jogar fighting games, e mesmo quando não tinha a saudosa máquina de Street Fighter II ou The King of Fighters 98, qualquer Virtua Soccer, Daytona USA, House of the Dead ou Time Crisis já era o suficiente para me entreter. Seja nos Playlands espalhados por shoppings, Hot Zone, fliperamas decadentes em cidades do interior ou no centro de São Paulo (sdds fliper da Liberdade), eu sempre amei esses lugares.
No começo da minha vibe fliperamística acabei comprando um daqueles arcade sticks feitos em caixa de madeira, com placa roubada de algum controle barato comprado no Carrefour, curti por um tempo mas puta que pariu, o negócio parou de funfar depois de alguns meses. Depois acabei comprando outro arcade stick, dessa vez um original feito pela Hori, coisa na casa dos 500 mangos, eu sinceramente não consigo descrever a delícia que é jogar com aquela porra.
Enfim, o que me entristece é que os flipers estão se extinguindo de maneira alarmante, e li em alguns lugares que o fenômeno não é exclusivo ao Brasil, mesmo no Japão a coisa parece estar feia. Dou mais alguns anos pros flipers de shoppings desaparecerem um a um, acho que é bom eu já deixar uma grana separada pra comprar minha máquina de arcade particular.
Pois bem, é isso aí. On the other note: comprei o "Minha Querida Sputnik" do Murakami na quarta feira e terminei agora a pouco, 2deep4me, assim como tudo do Murakami tirando Norwegian Wood.
vlwflw té mais
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