sexta-feira, 28 de março de 2025

Meus 20 e poucos anos e Shimokitazawa

Eu li (uma tradução bem porca do DeepL de) um post da Lovely Summer Chan relatando a mudança dela de Shimokitazawa e um dos últimos dias dela morando naquele bairro, descrevendo a estadia dela lá como a mais clássica imagem de uma pessoa nos seus 20 anos, desempregada, pobre e pessimista morando sozinha. E isso me fez refletir sobre os meus 20 anos.

Claro, a Lovely Summer Chan é de 95, então ela realmente está no fim dos 20 anos dela, mas eu tenho pela frente os créditos finais antes de atingir os 30, mas não quero guardar essa ideia de post pra daqui um ano, então o que fiz dos meus 20 aos meus 29 anos?

Com 20 anos eu tava no segundo ano da Poli, com 29 estou como analista pleno em um bancão, e nesse entremeio?

Eu fiz uma lista que englobava umas coisas que fiz antes também no último post que fiz de aniversário (ano passado) mas acho interessante focar nos meus 20 anos.

Com 20 anos (em 2016) eu tava chorando pelos cantos porque eu só tava me fudendo na faculdade, o sonho de entrar na Poli já estava no pesadelo e eu não tinha muita esperança de melhora. Logo depois um dos meus melhores amigos morreu e minhas memórias por uns bons meses virou uma moçoroca, não lembro de muita coisa.

Minhas próximas memórias já são de quando eu tinha 22/23 anos e além da depressão de estar me fudendo sem igual na faculdade, o cenário político no Brasil não ajudava muito, então fiz a única decisão que parecia razoável à época: trabalhar 14 horas por dia numa fábrica de doces no Japão pra custear minha viagem pra lá, e sinceramente? Essa foi a melhor ideia que tive até hoje.

Eu tinha uma imagem muito idealizada do Japão, mas mais ainda de Shimokitazawa. Eu sou fã de música underground japonesa desde meu ensino médio, e o que mais simbolizava tudo o que eu mais ansiava era o bairro de Shimokitazawa. Eu li o livro da Banana Yoshimoto ambientado no bairro (Moshi Moshi Shimokitazawa), vi vídeos, mini-documentários em japonês sem legenda, eu amava ver a série de entrevistas "Uchuu Nippon Setagaya" (nome do último álbum do Fishmans) que era gravada numa casa de shows próxima a Shimokita, enfim, pra mim aquele bairro era o paraíso.

Até que fui lá, e felizmente o bairro não me decepcionou.

Eu já contei isso milhares de vezes mas vou contar de novo: eu aproveitei que ia ter um show do Mass of the Fermenting Dregs numa casa de show perto de Shimokita e reservei duas noites num hostel lá pra me sentir parte do bairro. E meu sonho era ver a rua onde foi gravado o clipe de uma banda que amo (Chronostasis do Kinoko Teikoku). O foda era que eu realmente não sabia como perguntar pro cara da recepção onde que foi gravado, será que abro o vídeo e pergunto? Não vou parecer um otário? Chegando lá no hostel uma caixinha de som tava tocando uma playlist SÓ COM MÚSICAS DO KINOKO TEIKOKU, eu só perguntei onde que foi gravado Chronostasis e o cara abriu o Maps e me indicou onde era. 

Eu pertencia a aquele lugar, eu acho.

Andando pelas ruas de Shimokitazawa, e de Setagaya num geral, eu me sentia abraçado por todas as minhas expectativas e memórias que eu tinha das bandas que passaram por ali.

Mas puta que pariu, me desviei totalmente do tópico original.

Meu maior sonho da minha vida era ir pro Japão e ver shows e conhecer Shimokita e tal, e porra, realizei meu sonho com 23 anos. O que fazer agora?

Daí pra frente eu tava ainda fodido na faculdade mas pouco tempo depois estourou uma pandemia e parece que foi a intervenção divina pra eu terminar minha graduação, daí foi estágio, efetivação, me formei e senti só alívio, pisquei e cá estamos: 29 anos quase 30.

Meu plano original antes de ir pro Japão em 2018 era ir pro Japão antes dos 30 anos, então tive a ideia de ir turistar lá antes de completar 3 décadas neste mundo. Planejamento foi e voltou e acabei incluindo mais três amigos do trabalho nessa empreitada.

Eu encaro essa viagem que vou fazer como uma última chance de ter uma viagem dessas com amigos, não quero ser clichê em dizer que seria o fim da minha juventude mas gostaria de encarar como se fosse.

Nessa última década não vivi grandes paixões (só umas desilusões amorosas aqui e ali), não me aventurei pra MUITO além da minha zona de conforto e sequer cheguei a morar longe dos meus pais por muito tempo, mas de certa forma acho que tive uma juventude plena. Não consegui alcançar o estilo de vida de um jovem hipster que mora em Shimokitazawa mas também não me torturei muito por isso, não possuo maiores arrependimentos.

Agora nos meus créditos finais dos 20 anos, espero criar boas memórias e me preparar pra ser um bom adulto de 30 anos, e como disse a Lovely Summer Chan no final do post que linkei:

"Eu passei meus 20 anos sozinha e o fim deles neste bairro, e essa foi minha juventude, obrigada"

 Pra ser a trilha sonora deste post, nada mais justo que botar uma música da autora do post que me inspirou:

 

Antes eu achava esse tipo de música muito superficial, pra mim a sinceridade estava nos versos gritados da Kaneko Ayano ou do Noko no Shinsei Kamattechan, mas conhecendo mais e acompanhando esses artistas, dá pra ver que eles são tão sinceros com suas composições quanto qualquer outro.

E é isso, na verdade eu tenho uns 3 posts que eu tava escrevendo e parei no meio, mas a ideia desse aqui veio muito forte, tanto que estou terminando este post depois da meia noite sendo que tenho trabalho presencial amanhã! A ideia era muito boa pra esperar.

Aliás, leiam traduzido (ou não se você souber japonês) o post que linkei no começo. É super bobinho e tal mas pra mim seria um dia perfeito e uma reflexão muito legal de uma pessoa que leva o estilo de vida que sempre sonhei.

Bem, vou nessa. Espero que vocês estejam bem e também tenham uma visão positiva dos seus 20 anos (se já passaram por eles).

 vlw flw, té mais!

sábado, 8 de março de 2025

Kaneko Ayano

Minha cantora favorita faz uns quatro anos é a Kaneko Ayano, mas por quê?

Eu gosto de muitas cantoras japonesas, MUITAS. A Shiina Ringo é uma excelente compositora e produtora e tem letras muito boas e instrumentais incríveis (e fez a maior obra de arte da história). A Ichiko Aoba te transporta pra outro universo: seja uma floresta cheia de youkais, o fundo do oceano ou o Espaço Sideral, só com a voz e um violão. A Momoe Yamaguchi foi a maior Idol de todos os tempos, sua breve carreira pautou o que seria cobrado de uma idol nas décadas a seguir e sua aposentadoria no auge é o fim de carreira mais icônico da história do Japão. A Izumi Sakai foi o símbolo de superação de um Japão devastado pela bolha econômica dos anos 80, com letras otimistas e uma presença de palco marcante, sua morte trágica só aumentou a lenda que era.  Mas e a Kaneko Ayano?

A Kaneko Ayano é uma cantora nascida em 1993 (apesar de parecer ser mais jovem) em Yokohama. Ela que compõe as músicas que toca e sempre alterna em fazer shows acústicos sozinha e com uma banda. Acho que dá pra pegar essas infos mais básicas facilmente procurando no Google, mas assim, nada de extraordinário na vida dela.

Tem um tweet que vi esses dias (e que perdi, então acreditem em mim se quiserem) que falava mais ou menos: "Eu sempre escuto Kaneko Ayano para me lembrar de não trair a mim mesmo" e isso ficou na minha cabeça.

Eu gosto muito da Kaneko Ayano porque ela é extremamente honesta nas músicas dela. Na moral que 90% das músicas dela são sobre amor, e nas suas mais variadas fases e perspectivas, todas elas cantadas com uma ânsia jovial que é impossível de não ser contagiado. Vou botar aqui umas músicas legais dela das distintas fases da carreira dela, que classifico (arbitrariamente) em três partes:

  • [2014~2017]: De Raise wa Idol até Muretachi, fase pré Shukusai onde as músicas eram mais felizes com letras mais simples e tinha uma experimentação com instrumentais que só viria a voltar bem depois na carreira dela. 
  • [2018~2021]: Shukusai, Sansan e Yosuga, é a tríplice que consolidou a carreira dela. Foi a partir do Shukusai que ela começou a lançar todos os álbuns em versão com banda e acústico, acho que foi o auge dela artisticamente.
  • [2023~]:  De Towelket wa Odayakana pra frente, acho que esse último álbum dela teve uma guinada pra um som diferente e mais interessante! Os instrumentais e letras são consideravelmente mais complexos que os dos álbuns anteriores, mas isso deixa uma certa saudade da simplicidade de antes (e é pra isso que ela lança uma versão acústica pra todo álbum desde o Shukusai).

 

Vou botar uns vídeos ao vivo com legenda em inglês pra vocês terem noção das letras, e vou botar o Spotify pra caso dê merda nos vídeos (o que é altamente provável).

 

 Cowboy (Raise wa Idol) [2014]  


 

Shuuake (Koisuru Wakusei) [2015]

 


Shukujitsu (Shukusai) [2018]


Essa é minha favorita de todos os tempos!! Acho que ela tem tudo que gosto da Kaneko Ayano: um pouco de arrependimento, um pouco de esperança e uma busca incessante pela felicidade, além dos gritos incríveis dela que só contribuem pra esse retrato da juventude que está em toda música dela. Acho que o legal dessa música é ver os covers, independente de ser cantada por um grupo de universitários bêbados ou por um barbudo no meio da rua, não dá pra cantar ela sem estar carregado de emoções.

 

Sansan (Sansan) [2019]

 

 

Acho que essa tem a letra que mais gosto, é tão simples mas essa autodeterminação de falar "vou ser amigo de quem eu escolher, tá tudo bem se meu cotidiano não for sossegado, eu que vou escolher a cor do meu telhado" num sentido de "daqui pra frente sou eu quem vai decidir meu futuro".

 

Houyo (Yosuga) [2021]

 



Acho que a versão com banda dessa música é mais cataclísmica mas essa versão é super emotiva, e pra letra acho que combina mais.

 Towelket wa odayakana (Towelket wa odayakana) [2023]

 

Eu sinceramente não chamaria o novo álbum dela de novos rumos num sentido de total mudança em relação ao que ela fazia antes, mas só de ter umas distorções de guitarra a mais e ter uma estrutura de música um pouquinho diferente já faz o fã de Kaneko Ayano de longa data ter um pouco de estranheza.

 

 Mas porque eu gosto tanto da música dela (de novo)?

Acho que é muito fácil falar de amor, mas falar com sinceridade sem parecer clichê, ou melhor, falar sem medo de parecer clichê, é pra poucos. A Kaneko Ayano se entrega quando canta as músicas, mesmo sem entender um pingo de japonês você consegue sentir o que ela tá cantando, você consegue sentir quando ela está te consolando por uma desilusão amorosa, ou quando ela grita pra você não desistir de um amor improvável ou quando fala quase chorando de um arrependimento, é uma coisa universal.

E não tem muito mais o que falar. O instrumental das músicas dela não é nada de outro mundo, apesar de ser o que faz tudo ficar coeso, mas não é o foco como nas músicas japonesas que geralmente fazem sucesso fora do país. 

Mas assim, vocês sabem como sou a pessoa mais cética deste lado do Rio Tietê, mas lembro como se fosse hoje o show que vi dela no Shinjuku Loft. Era uma casa de shows minúscula, não cabia nem 200 pessoas lá, eu estava na terceira fileira logo de frente pra ela, e só de ela entrar no palco eu já senti a energia radiante dela, que se confirmou como sendo real quando ela começou a cantar e eu conseguia escutar a voz dela antes de ser amplificada, ELA GRITA CANTANDO, que mulher incrível.

E pra terminar eu quero botar um vídeo de um pessoal cantando a música dela que acho que já postei aqui:

 

É isso que é a Kaneko Ayano no final do dia: fazer amizades, se apaixonar e curtir a vida, sendo sempre sincero consigo mesmo.

Vou botar uma playlist que fiz dela aqui mas encorajo vocês a verem os ao vivo no Youtube, tem vários legendados e dá pra sentir melhor a energia dela nesses vídeos.

 

 


E é isso, pessoal.

Acho que as músicas da Kaneko Ayano fazem mais ou menos sentido dependendo do momento que você está na vida, e pra mim está fazendo um bom sentido faz um tempão.

vlw flw té mais!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Cursinho e... UEPA, o assunto foi parar em música underground do Japão de novo?

Um dos meus mangás favoritos de todos os tempos é Great Teacher Onizuka (conhecido também como GTO).

É aquela típica história de um professor super foda que tem que cuidar de uma turma de baderneiros e no fim dá tudo certo e ele consegue mudar a vida de todo mundo. Tem uma caralhada de mangás, filmes e seriados do gênero, mas GTO juntou essa temática com delinquentes japoneses (bosozoku) e a forma como os personagens são desenvolvidos me cativou demais, por muito pouco eu não pensei em virar professor depois de ler esse mangá.

Mas enfim, ano passado eu tive a oportunidade de virar professor, pelo menos aos sábados de manhã.

Eu trabalhei como voluntário em um Cursinho lá na Cidade Universitária da USP, dei aulas de Geometria pra uma turma que só teria aulas de sábado, começando em Maio. Eu dava umas duas aulas por mês e foi bem difícil condensar TODA a geometria em umas 7 aulas, isso incluindo geometria plana, espacial e analítica. Pra revisão eu calhei de ter três aulas espaçadas de forma bizonha, sendo duas delas pra segunda fase. Consegui dar toda a matéria mas tive que priorizar algumas coisas, geometria analítica por exemplo dei só o que precisavam pra não zerar.

Mas no fim acho que deu certo. 

De uma turma de um pouco mais de 100 alunos, teve umas 20 aprovações só na USP, se for contar SISU, particulares, etc. é bem provável que o número ultrapasse as 40 ou 50 aprovações. Uma taxa de aprovação maior que a sala de cursinho que fiz em 2014, e era pago ainda.

Mas enfim, não consegui dar nenhuma lição de vida estilo Onizuka pro pessoal, e também não era o intuito, mas gostei bastante de dar aulas e continuarei fazendo isso neste ano e até onde eu puder. Queria até ver de dar mais aulas em projetos voluntários porque a experiência foi realmente super bacana, mas parece que terei outro trabalho voluntário aí, mas isso é assunto pro próximo post.

Esse post era só pra não deixar este blog mais um mês parado e pra dar boas notícias desse trabalho que deu certo. Acho que trabalhar e gastar o dinheiro em coisas (tipo viagens pro Japão) é super válido mas às vezes preciso de algo a mais pra sentir que estou no caminho certo.


Enfim, a música de hoje é da banda harafromhell (ハラフロムヘル) e acho que ela simboliza tudo o que mais amo do cenário musical japonês underground.

harafromhell sumiu uns 7 anos atrás mas era uma banda do gênero que mais amo: indie rock cantado com a ALMA. Vão se foder vocês britânicos e seu rock apático muito cool pra mostrar emoções, eu quero CHORAR, RIR, GRITAR com as bandas que vejo ao vivo! 

Eu conheci essa banda por meio de um show que um canadense organizava que consistia basicamente em bandas que ele gostava do underground do Japão que ele levava pro Canadá fazer uma tour, a saudosa "Next Music From Tokyo". Foi lá que descobri Kinoko Teikoku por exemplo, e várias outras bandas que amo tocaram nessa tour também, tipo Mass of the Fermenting Dregs e Hitsuji Bungaku (mas conheci essas por outros meios). Infelizmente não vi haraformhell ao vivo quando fui pro Japão, acho que a banda já tinha parado um ano antes quando eu fui pra lá.

Enfim enfim enfim, eu tava pensando em escrever um post sobre o underground japonês DE NOVO porque pra mim é a coisa que mais amo neste planeta inteiro. Com a iminente viagem pro Japão em Outubro eu sempre vou lembrar do cagaço que eu tinha de que todas as minhas expectativas com o underground japonês fossem me decepcionar e como poderiam estragar minha viagem, quero que vocês entendam que a maior motivação pra eu não me jogar de uma ponte em 2018 era a chance de ver alguma banda ao vivo no Japão durante o arubaito, mas no final deu mais que certo e os muitos shows que fui acabaram se tornando algumas das memórias pelas quais tenho mais carinho.

É isso galera, sobre o que vai ser o próximo post? Só esperando pra saber mesmo, porque nem eu sei.

vlw flw

té mais!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Vou voltar, sei que ainda vou voltar~

Vou pro Japão novamente.

Eu tava planejando fazer um mochilão sozinho pelos lugares que não fui (e revisitar uns lugares que fui) mas acabei falando a ideia muito alto num Uber com alguns amigos meus e acabou que o que seria uma viagem solo jornada de autoconhecimento, vai virar uma viagem de quatro pessoas sem noção na terra do Sol Nascente.

Eu amei viajar sozinho pelos lugares que queria conhecer, então fiquei com receio de ter que levar gente, mas pensei um pouco mais e lembrei dos dias no meu apartamento no Japão.

Eu já fiz um post sobre como o pessoal era maneiro e qualquer ida ao ramen do lado de casa era um rolê super legal, mas foi algo que só percebi depois que voltei. Eu amei os momentos de auto-reflexão que tive ao conhecer Shimokitazawa, ver a Shinjuku Crossing de noite na chuva, conhecer Yokohama, mas os momentos que compartilhei com os outros foram algo que ficaram na minha mente.

Por mais que eu possa voltar pra ver o Japão sozinho, ou até com a eventual namorada QUE VAI EXISTIR, acho que viajar com amigos, ainda mais pro outro lado do planeta, é algo que só vai ficar mais difícil com o tempo. É muito caro, toma muito tempo na viagem e no planejamento, vai ser extremamente cansativo e tudo mais, mas é uma coisa que, ainda mais depois da faculdade, começa a ficar impossível de fazer.

Eu vou pra essa viagem ainda com o pensamento que não será minha última vez no Japão. No arubaito eu foquei muito em Tokyo porque eu sabia que lá era um lugar em constante mudança e, mesmo nos três meses que estive lá, já presenciei mudanças significativas. Também priorizei muito meus shows e andanças por Akiba, e valeu a pena: Fui em sete shows em sete casas de show diferentes, delas três já fecharam: o icônico Studio Coast em Shinkiba, o Garage em Shimokitazawa e o Zher the Zoo em Yoyogi, das bandas que vi acho que só uma acabou, e foi logo minha favorita: For Tracy Hyde. Mas artistas que vi em casas minúsculas agora só fazem shows enormes: vi a Kaneko Ayano e o Hitsuji Bungaku em públicos de menos de 100 pessoas, hoje fazem shows no Budokan e casas com mais de 2000 pessoas, Laura Day Romance que vi no primeiro show também cresceu bastante desde então.

Enfim, dessa vez vou fazer um roteiro mais clichê: Tokyo-Osaka-Kyoto (que postarei em detalhes neste blog) e botar alguma coisa aqui e ali de diferente. Eu não tenho esperanças dessa viagem ser melhor que o arubaito, até porque você só vê Tokyo pela primeira vez... uma única vez, então vou no intuito de me divertir com meus amigos enquanto posso e curtir coisas que não pude na última vez, muito por conta da questão financeira (dormir em lugares melhores que um net café por exemplo). 

Enfim enfim, eu estava escrevendo o post do roteiro detalhado da viagem mas achei relevante fazer um post antes. Estou bem animado com a viagem, e com a perspectiva de voltar pra um lugar que tanto amei, então isso está me motivando bastante nos últimos tempos, junto com tudo que escrevi no último post.


Música pro post: Sobakasu do Judy and Mary.

Acho que os leitores mais novos (que não me acompanham desde o ensino médio) não sabem mas Judy and Mary é minha banda favorita de todos os tempos e foi procurando pelas outras músicas da banda fora Sobakasu (que foi abertura do Samurai X) que comecei a gostar de Jpop, aí caí na Shiina Ringo e depois foi ladeira abaixo com bandas underground e idols e tudo mais. Mas aí foi o começo de tudo.

Eu sempre brinco que tenho o dinheiro contado pra ir pro Japão e ficar tipo dois dias lá só pra ver o show de volta do Judy and Mary caso voltem, só espero que não voltem no período de uns dois anos depois da viagem porque estarei paupérrimo por um tempo.

É isso aí pessoal. Eu não respondo comentário geralmente por preguiça mas saibam que leio todos, saibam que não tenho close friends no Insta porque este blog e o meu Twitter (que tá linkado aí do lado se você lê pelo PC) são mais que close friends. Eu deixo o link deste blog tão óbvio em tudo que uso (Twitter, Insta, MAL, lastfm, etc.) que se você tira um minuto da sua vida pra me acompanhar aqui, não tem como não te considerar meu amigo próximo.

Então é isso galera, 

vlw flw té mais!

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Yoiti promovido

Por alguma razão não explicada, muitas coisas boas estão acontecendo na minha vida:

  • O Santos conseguiu subir pra Série A (ser campeão da Série B não importa);
  • Consegui comprar ingresso pro show do Oasis;
  • Consegui comprar ingresso pro show da Ado;
  • Assisti Arcane e esse finalzinho que saiu foi muito bom;
  • Oshi no Ko terminou e pelo menos acabou meu sofrimento semanal de ler essa merda;
  • Fui promovido no trabalho.

UEPAAAAA OUVI PROMOÇÃO NO TRABALHO????

Finalmente, rapaziada, finalmente.

Eu tirei férias, depois calhou de ter duas semanas com feriado no meio pra gente ter gostinho da escala 4x3 e nesse meio aí eu tava pensando na minha vida. Fui passear pelo centro de São Paulo porque, como todos sabem, não há momento melhor para se pensar (e se arrepender) do que quando você tem que subir a Ladeira Porto Geral de volta pra estação São Bento depois de ir na Armarinhos Fernando atrás de uma coisa que você não achou e que mesmo que tivesse, no Shopee estaria mais barato.

Enfim, eu trabalho em um banco. Já teve post refletindo sobre essa escolha e sobre minha felicidade nesse lugar, mas no geral estou feliz, na medida do possível (consigo me manter e não quero me matar).

Mas de uns tempos pra cá fui acometido por uma gravíssima crise existencial, me perguntando seriamente se fiz SETE ANOS E MEIO (por minha própria e exclusiva culpa) de Engenharia Naval pra ficar batendo chave de tabela no SQL. Podia ser pior? Com certeza, mas podia ser melhor também.

Então fui atrás de vagas fora do banco... e percebi que sou muito mimado onde trabalho hoje.

Não vou entrar em maiores detalhes porque prezo pela anonimidade de todos do meu ambiente de trabalho, e da minha própria empresa, mas essa busca toda me fez PARAR PARA PENSAR pela primeira vez em um bom tempo, e decidi ficar onde estou mesmo. 

Comodismo? Medo do novo? Talvez, mas também um pouco de mão na consciência e noção, coisa rara pra mim!

Enfim, processo foi e voltou e consegui minha vaga de analista pleno na empresa onde estou mesmo, apesar de ser noutra área.

Eu me lembrei da minha jornada inteira na empresa, que começou no começo de 2021 como estag, e lembro da minha efetivação, que fiquei sabendo na Black Friday do mesmo ano, quando meu chefe me ligou quando eu tava na fila (enorme) do caixa no Extra perto de casa. Lembro das mudanças de time pelas quais passei e das pessoas que trabalharam comigo. Eu nunca briguei com ninguém no trabalho e sempre fui muito aberto mesmo com todos que conheci, eu sinceramente já me estressei mais nos trabalhos voluntários que faço do que no trabalho propriamente dito então é questionável se estou fazendo a coisa certa. 

Na semana antes de eu sair de férias eu participei de um concurso de fantasia na firma e GANHEI usando a roupa do Pink Guy... com as devidas roupas por cima pra não ser demitido. Foi uma experiência que ainda vou digerir o suficiente pra escrever um post dedicado.

Agora com minha promoção encaminhada eu consigo pensar com um pouco menos de emoção e impulsividade o porquê de eu ter tido essa urgência repentina: eu tava me sentindo ultrapassado. Meus amigos todos estão em cargos de pleno pra cima e eu, reles mortal de 28 anos, ainda não. E o foda é que isso foi uma coisa que jurei parar de fazer desde que voltei do arubaito, porque eu tinha realizado o maior sonho da minha vida ao ir pro Japão em 2019 pra ver meus shows e cara, não é muita gente que realiza o maior sonho que tinha aos 23 anos. Era um sonho mais "fácil"? Sim, mas a sensação de dever cumprido que tive ao embarcar no A380 de Narita pra cá em Março de 2019 foi algo que nunca senti nem antes e nem depois.

Mas enfim, não vou falar muito mais sobre meu trabalho aqui (e nem sobre o Japão, que vocês estão cansados de ler sobre), é uma coisa chata se comparar a idols, shoegaze japonês e os outros assuntos do meu blog, mas saibam que estou (um pouco) mais leve depois dessa promoção.

Tive uma ideia de botar uma música que me venha à mente quando escrevo cada post, a de hoje é essa:


Eu estou MUITO no hype pelos shows da Ado e do Oasis ano que vem, mas essa paz de espírito que tive agora com a promoção me fez lembrar de Cream Soda do Supercar.

Enfim, é isso. 

Até a próxima! 

vlw flw té mais!

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Look Back & Kalk Samen Kuri no Hana

Aaaahhhhh eu estou com uma preguiça descomunal de escrever alguma coisa aqui mas quero manter a decência de pelo menos fazer um post por mês.

Eu fui com um amigo meu ver uma maratona de dois filmes: Look Back no Cine Marquise e Love Exposure no Cinusp da Maria Antonia (o primeiro filme é curtinho e tem uma hora, o segundo tem quase quatro...).

E entrei em uma profunda crise de identidade.

Acho que os dois filmes são extremamente pessoais para quem os fez: Look Back é o mangá mais pessoal do Tatsuki Fujimoto (autor de Chainsaw Man) e o diretor Kiyotaka Oshiyama conseguiu fazer uma adaptação que trouxe tudo do mangá e ainda deu um toque pessoal dele. Love Exposure foi uma obra de paixão feita pelo Sion Sono, onde ele realmente quis fazer uma obra que expressasse tudo o que ele gosta e não podia fazer nos filmes que ele geralmente faz, maioria adaptação de mangá.

Mas Look Back em particular é uma obra apaixonante sobre o ato de CRIAR.

Eu particularmente tenho uma obra que me guia sempre quando o assunto é metalinguagem, quando é uma obra que fala sobre o ato de criar: Kalk Samen Kuri no Hana (ou KZK).

Pra quem não sabe, KZK é o terceiro álbum da cantora japonesa Shiina Ringo, mulher esta que na minha escala de respeito só perde para a minha mãe, e o terceiro álbum dela é do caralho, do balacobaco. Eu inclusive escrevi um review sobre esse álbum no blog e no Rate Your Music (TOP 1 em duas listas que fiz, o review separado é igual ao do blog).

E cara, pra mim KZK é minha bíblia, eu sempre testo fones novos com esse álbum e todo o processo criativo da Shiina Ringo e a história por trás de cada detalhe sempre me inspirou muito a não desistir de tudo. 

A última faixa do KZK, Souretsu (que traduz pra Procissão Fúnebre) é sobre aborto. Mas, ouçam-me bem, dá pra interpretar como sendo sobre o processo criativo. A letra e a tradução podem ser consultadas aqui e em modo geral o consenso é que o aborto seria o descarte de ideias em busca de novas e o ódio que o eu lírico tem da Samsara, o ciclo infinito do Budismo de vida e morte, nesse caso aplicado ao ciclo criativo. 

Enfim, a visão da Shiina Ringo do processo artístico é algo extremamente doloroso e penoso, e pra mim se a Shiina Ringo falou tá falado, quem sou eu pra contradizer a pessoa que fez Kalk Samen Kuri no Hana?

Mas Look Back não romantiza a ideia de criar, não floreia e também não faz parecer mais penoso do que já é. 

Crie, apenas crie! 

Não posso falar muito mais sobre o filme/mangá porque seria spoiler, mas assistam se puderem.

E depois de ver Look Back eu assisti Love Exposure, que é uma puta expressão, não só do Sion Sono, mas também de todos os atores e staff envolvidos no filme, é uma verdadeira obra que só poderia ser feita com muita paixão.

Aí entrei numa crise profunda.

Eu sempre vi o processo de criação como sendo algo quase sacro. A Shiina Ringo me ensinou o que era a perfeição e como o processo era extremamente sacrificante, e eu nos altos dos meus 17 anos só concordei. Eu fui fazer Engenharia Naval com a mais inocente motivação que talvez eu fizesse minha grande obra lá, um navio, um barco, sei lá, mas algo material. Não demorou muito pra eu desistir da ideia e só aceitar que eu nunca criaria nada que pudesse ser chamado de obra em vida.

Mas Look Back me tocou, se desisti faz tempo de criar algo porque então ainda escrevo neste blog? Porque não paro de usar este site e só jogo meus pensamentos aleatórios no Twitter? Se valorizo tanto a perfeição do KZK porque então prefiro ouvir uma cantora quase gritando no meu ouvido do que a Shiina Ringo? A resposta estava lá o tempo todo, eu que não enxergava.

Eu quero criar algo, quero sair chorando na chuva, quero fazer alguma coisa, não pra ser lembrado pela posterioridade, mas pelo simples processo de criar algo, esse era o grande segredo.

Eu estou passando por esse processo neste momento, e em todo momento que escrevi um post aqui. Por isso continuo aqui.

Por hoje é só.

vlw flw té mais!

terça-feira, 3 de setembro de 2024

OASISSSSSSS

Minha primeira banda favorita foi o Oasis.

Eu tinha 12 anos, meu gosto musical era música de anime e o que minha irmã me deixava ouvir das músicas que ela tinha baixado ilegalmente pelo Kazaa e Emule, ou seja: Britpop.

Oasis, Verve, Pulp, Ocean Colour Scene, Blur, Suede, Libertines, Jet. Bandas de Britpop ou RÓQUENROL padrão.

E eu amava Oasis, eu sabia todas as músicas, os b-sides (que como todo fã sabe, são as melhores músicas da banda) e sabia toda a história, todos os membros, quais turnês foram as mais icônicas, quais shows foram os mais icônicos e pasmem, A URL DESTE BLOG SURGIU DE UM BLOG QUE TRADUZIA POSTS DO BLOG DO NOEL (https://agoraonoeltemumblog.blogspot.com/)  e o blog dele era incrível, acho que agora deve ser meio difícil de achar mas se chamava "Tales from the Middle of Nowhere" e foi também uma das minhas maiores influências pro estilo de escrita do blog, junto com Catcher in the Rye.

E sinceramente, Oasis é um rock britânico bem genérico, mas porque influenciou tudo o que veio depois, mas é uma coisa tão icônica, tão apoteótica, tão na cara que é impossível não dar valor. Acho que foi uma junção de tudo o que estava acontecendo no Reino Unido na época e que culminou no Oasis dos anos 90.

O cenário musical britânico estava em uma crescente absurda, com a cena clubber em plena ascensão e o Rock Britânico voltando a ser relevante com o Madchester e o Shoegaze, o Britpop foi meio que o produto de exportação de tudo isso, onde uma cena musical diversa (tanto musicalmente quanto em questão de gênero) acabou sendo resumida a bandas de homens brancos que tocam Rock. Eu sinceramente prefiro muito mais Shoegaze que Britpop mas não dá pra negar o apelo que tem um Wonderwall ao invés de um Alison ou When You Sleep. Britpop é muito mais fácil de gostar.

E minha irmã era uma fãzaça de Oasis, o primeiro show que ela foi tinha sido o show do Oasis no Credicard Hall (hoje Vibra São Paulo) em 2006, e meu deus! O Oasis ia voltar pro Brasil em 2009 pra turnê do último álbum deles "Dig Out Your Soul"!

Eu tinha uns 12 anos em 2009, a idade mínima pra ir no show do Oasis acompanhado, e por eu ser facilmente influenciado por absolutamente qualquer coisa, eu PRECISAVA ir no show daquela banda que minha irmã me fez amar desde criança. O trato foi: meus pais pagariam os ingressos pra mim e pra minha irmã, desde que ela me levasse e não me deixasse morrer no show, fair enough.

Eu lembro que chegamos cedaço na fila e deu pra ouvir a passagem de show da banda e, sinceramente, tava com setlist melhor que o show em si: tocaram GAS PANIC e HALF THE WORLD AWAY!!!!!! NA PASSAGEM DE SOM!!!!! SEM PÚBLICO!!!!!!! Maluquice tá, meu deus.

Quem abriu o show foi o CACHORRO GRANDE, simplesmente o Oasis tupiniquim, bem mais que o Skank que tentam forçar no lugar só porque o Samuel Rosa parece o Noel Gallagher com cabelo tigela.

E o show foi muito louco, eu tinha 12 anos e tive a brilhante ideia de não ir de óculos por medo de quebrar num eventual mosh (mosh???? num show do Oasis??????? eu tinha 12 anos e era meu primeiro show, rapaziada) e choveu pra caralho e lembro até hoje que Don't Look Back in Anger foi tocado acústico (em toda turnê na verdade, inclusive na Argentina o público cantou acapella) e tocaram um cover de I Am the Walrus dos Beatles e, pasmem, não tocaram Live Forever! Vou ter que ir no show deles aqui em 2026 mesmo pra ver.

Mas enfim, ver Oasis tocar Champagne Supernova debaixo de uma chuva torrencial quando eu tinha 12 anos formou meu caráter.

Três meses depois do show o Oasis acabou.

Pra falar bem a verdade o Oasis não é uma banda conhecida por tocar bem ao vivo, tinha show que o Liam tava desafinado, e em 2009 o show do Oasis foi pra 25 mil pessoas no Anhembi e lembro bem que não conseguiram vender todos os ingressos, nem na pista normal e nem na VIP (que é onde eu fui), mas eu sempre disse pra minha irmã "Aposto que se o Oasis voltar hoje enche fácil o Allianz, o povo tá 15 anos sem ligar o que o Noel e o Liam dizem com o Oasis, a banda é muito menos odiada" dito e feito: MILHÕES de pessoas em fila online pra comprar ingresso pra turnê de volta da banda. 

Eu tenho certeza absoluta que se a banda tivesse continuado ela seria bem menos amada do que nessa última semana desde que anunciaram a volta. Os álbuns depois do Standing foram recebidos de uma forma bem morna e Dig Out Your Soul não foi diferente, tentaram inovar aqui e ali mas era um som muito manjado já, o Britpop tinha morrido anos atrás, por culpa do próprio Oasis (depois da decepção que foi o Be Here Now) e naquela época as bandas já estavam num pós-pós-Britpop com Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Muse e correlatos fazendo um som bem mais "atual" pros jovens da época.

Acabou que 15 anos se passaram desde que a banda acabou e Definitely Maybe (o primeiro álbum) e Dig Out Your Soul (o último álbum) que na época tinham incríveis 14 anos entre si, agora parecem relíquias de uma época passada da mesma forma. Então ninguém vai falar "ah porque o Oasis era melhor no começo" não, vão falar "ah porque o Oasis ERA BOM!" e era mesmo!

Acho que bandas do pós-Britpop não envelheceram tão bem quanto as originais, com raras exceções (Arctic Monkeys talvez), não dá pra pegar o impacto e relevância de um Oasis, Blur ou Pulp e comparar com Muse, Kaiser Chiefs, Franz Ferdinand.

As letras do Oasis são uma merda e não têm sentido na maioria das vezes mas porra, a AURA da banda era do caralho. Eu tenho uma camiseta do Manchester City só por causa do Oasis, eu ODEIO o Manchester City mas caralho, toda a estética do Liam dos anos 90 com a porra do óculos escuros e camisa de time e nos anos 2000 com a parka verde... icônico pra cacete, posso te falar que o Yoiti de 12 anos PENSOU em comprar uma parka verde... no Brasil...enfim.

Eu estava sem ouvir Oasis faz um tempão, eu tinha até criado uma playlist com minhas favoritas um tempo atrás mas nem ouvi, com a notícia da volta da banda eu peguei pra ouvir e entendi o porquê de eu amar tanto Oasis e porque a banda é tão amada.

É uma música icônica e é um rock no seu estado mais puro. Foi feito por uma classe trabalhadora sem estudo? Sim. Foi feita por amantes de um time inglês que, na época, tava muito mal? Sim. Mas nas letras não dá pra sentir nada disso, o Oasis fazia hinos globais que todo mundo conseguia se conectar justamente por não serem nada específicos. São hinos.

HER SOUUUUUUUUUUUULLLL SLIDESSSSS AWAAAAAAAYYYYY

Rock and Roll de estádio no seu estado mais puro. Tem solos de guitarra? Sim, mas não muito longos. Pra agradar roqueiros véios e o pessoal que curte cantar o refrão.

Enfim enfim, eu ainda lembro de muita coisa de Oasis porque foi parte das minhas memórias formativas. Por mais que hoje eu prefira Kaneko Ayano e Kinoko Teikoku por conversarem com meu coraçãozinho, Oasis sempre fará parte da minha pessoa: é o motivo de eu ter uma jaqueta do Manchester City, é o motivo de eu gostar da Adidas, é o motivo de eu ter escolhido estudar na Cultura Inglesa pra ter o sotaque BRITISH, é o motivo de eu andar com o queixo empinado e braços balançando quando era adolescente e foi uma das influências pra minha personalidade ser um pouco rude e bem sincera até hoje.

Minha irmã sempre gostou mais do Noel e falava que o Liam era um panaca mas eu sempre amei o Liam, acho que é porque sou o irmão caçula que nem ele.

É isso, acho que o post já está longo o suficiente, se me alongar mais ninguém vai ler.

Vou deixar a playlist que fiz com minhas favoritas do Oasis aqui (sem Wonderwall, claro):


 

E é isso pessoal, vlw flw té mais!