quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

CAFÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ

Eu gosto de café.

Eu, como todo bom estudante universitário, paulistano e introvertido, aprecio uma boa xícara de café.

No começo foi por necessidade: precisava ficar acordado pra estudar pros vestibulares e energéticos eram muito caros, então era café solúvel com açúcar, não precisava ser bom, precisava ser tolerável e efetivo, e era.

Quando entrei na Poli o café passou a me acompanhar todos os dias, fosse coado em casa ou pedido na Minerva ou no Pedrão, era o que eu precisava pra aguentar as aulas sem fim. Até que tive gastrite em 2017 e parei de tomar café pelo resto do ano.

No Japão em especial, não sei se era a euforia por estar lá tendo efeito anestésico, mas café e laticínios, as duas coisas que mais me faziam mal, foram consumidas a rodo sem qualquer efeito adverso. O café em especial lá sempre me surpreendia, já que tava mais afinado ao meu gosto por cafés mais fracos. E eu tomei todo tipo de café naquele país: coado, de loja de conveniência, de latinha, de garrafa, do drink bar dos family restaurants, quente, frio, etc. Deve ter sido a terceira bebida que mais consumi lá, depois de chá e água.

Assim segui consumindo o bom e velho café, até que na segunda semana de provas desse último semestre deu gastrite de novo.

Nesse ponto o café já tinha se tornado parte da minha vida, não era mais sobre ficar acordado ou sequer sobre ter um sabor bom, o dia só começava depois do café.

Definitivamente não sou viciado em café, consigo me virar muito bem sem ele e também nunca fui fã do amargor da bebida mas sinto um conforto imensurável só de sentir o cheiro de um bom café sendo coado.

Agora eu só tomo café bem fraquinho e gelado e quando preciso de uma bebida quente acabo fazendo um chá mesmo, mas eu ainda não acho que nada chega aos pés de um bom café coado.

O melhor café que já tomei? Por preferir cafés BEM fracos eu vou ser da impopular opinião que o café do Japão é melhor que do Brasil, e aposto que os grãos que usam lá são brasileiros, de safras melhores que as destinadas pro mercado interno obviamente. E dos cafés do Japão, o que tomei numa lojinha de donuts orgânicos no meio de Koenji foi o meu favorito.

Os donuts também eram maravilhosos.
O café que tomei lá em Koenji era bem fraco mas era um pouco doce por si, como o açúcar estava no balcão e a área pra comer lá não era conectada a ele, acabei tendo preguiça de sair no friozão só pra adoçar o café, mas nem precisava. Deve ter sido a única vez que tomei café preto sem açúcar e não achei ruim.

O café coado do 89 da Liberdade também é bem bom e lembra os coado do Japão, mas é absurdo de caro e por um pouco mais lá mesmo você pega umas bebidas mais interessantes, que é o que acabo pegando quando vou pra lá.

Enfim, por estar tomando só iced coffee acho que estou pouco a pouco me tornando um millennial típico, faltam ainda as torradas com abacate e as crises existenciais...


...não, pera.

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