quarta-feira, 9 de outubro de 2019

eu quero morar na praia

Nossa, eu quero morar na praia.

Desde quando eu era criança, sempre tive um fascínio pelo mar. Seja pelos peixes, pelos barcos, pelo barulho das ondas, a sensação de andar descalço sobre a areia, o cheiro de maresia, tudo na praia é legal, inclusive o mar, obviamente.

Eu quero muito, muito morar na praia.

Seria mentira eu falar que não levei em conta meu amor por praias quando escolhi Engenharia Naval do catálogo de opções da Fuvest, acho que não grita tanto PUTA QUE PARIU COMO AMO PRAIA quanto Oceanografia, mas dá pro gasto, já foram duas visitas técnicas pro litoral por causa do curso.

Eu já te disse como quero morar na praia?

E com o passar do curso, ficou cada vez mais claro que eu tava bem mais próximo de um emprego na Faria Lima do que no Arpoador, nada que me abalasse, afinal não era como se eu tivesse feito a escolha da minha vida só porque quero botar meu pézinho na água do mar todo dia.

Um sobradinho a 200m da faixa de areia já tava bom demais.

Não é como se eu não gostasse de São Paulo, não, eu amo essa cidade! Até me perder em Shinjuku no começo deste ano eu jurava pra qualquer pessoa que São Paulo era a melhor cidade do mundo, uma verdadeira capital global, a megalópole tropical.

Tava até aceitando levar umas bala perdida lá no Rio, a praia é bonita lá, não?

O que eu acho interessante é que a gente costuma ter uma visão bem otimista e idealizada do mar, remanescente da Bossa Nova, mas tem vários exemplos na música inglesa e japonesa de visões mais cruéis e niilistas do mar. Acho que por serem países cercados pelo oceano, a relação deles com o mar talvez não seja como a nossa.

Imagina a sorte de morar perto de uma praia? Puta que pariu.

A verdade é que esse sonho de morar na praia virou meio que um detalhe do detalhe, se me dessem opção de duas cidades, com mesmo custo de vida, qualidade, serviços e etc. e uma fosse no litoral e outra não, eu iria pra cidade costeira.

Eu sinceramente não sei se trocaria qualquer outra cidade no Brasil por São Paulo, acima de qualquer romantismo, viver aqui é muito prático, qualquer coisa que você queria tem aqui. Fui muito mal acostumado por Sampa City.

Ter minha casinha na praia vai ser mais um daqueles sonhos que sei que dificilmente serão realizados, junto com a vontade de ter um Honda NSX de primeira geração (que é o carro mais sexy já feito pela humanidade junto com o Porsche 911 original) e o sonho de aprender a tocar saxofone. Mas não é por dificuldade ou qualquer coisa, esses sonhos são mais aquelas coisas do momento que eu dificilmente terei a vontade necessária pra materializar.

Meus sonhos impossíveis que eu realmente quero botar um trabalho a mais pra realizar, tipo criar a minha magnum opus, ter uma live house ou gravadora, abrir um café hipster e morar em Tokyo, já são coisas que pretendo me dedicar mais pra realizar, mas estão tão perto de serem realizados que os do parágrafo anterior, a passos curtos espero chegar lá.

Este post foi escrito depois de oito horas ininterruptas de estudo de uma matéria que estou fazendo pela BDFIDABWIUFOHE vez, com uma playlist de Bossa Nova no fundo.


...ainda quero morar na praia.

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