Vendo os lugares que visitei no Japão que fecharam as portas desde que voltei para o Brasil, eu lembrei dos lugares que eu frequentava aqui que fecharam as portas e deixaram saudades, maioria da Liberdade. Então vou relembrar uns lugares que eu amava que fecharam as portas por aqui.
Fliperama da Praça da Liberdade
Esse fechou lá por meados de 2013. Não foi uma grande surpresa: a Liberdade estava começando a virar um bairro mais turístico e com certeza um fliperama com fichas por 1 real no ponto mais movimentado do bairro não era muito sustentável.
A grande tragédia é que só fui descobrir o fliperama já no ensino médio, eu frequentei ele por uns dois anos só. O local era mal iluminado, tinha cinzeiro em algumas máquinas e tinha uma vending machine que vendia exclusivamente cerveja, além de um aviso extremamente suspeito que alertava que depois das 22h só era permitido maiores de 18 anos lá, não tive tempo de atingir os 18 para descobrir o que rolava lá nesse horário.
Padaria Itiriki
Era onde hoje é o We Coffee da Liberdade. Foi o primeiro lugar que começou a vender os pães e doces típicos de padarias do Japão (e que todo arubaito que foi pra Chateraise tem pesadelos até hoje), eu sempre gostei de lá só que a parte de cima nunca foi renovada e depois que o Marukai abriu o 89, o Itiriki perdeu todo o sentido de existir.
Pra falar a verdade eu tinha parado de ir no Itiriki desde que o 89 abriu (e quando ainda dava pra entrar nele) lá era um local bem mais agradável pra tomar um café ou comer um docinho, mas os pães do Itiriki estão perdidos pra sempre agora.
Kotobiya
Saindo um pouco da Liberdade, se você me perguntar qual foi o meu restaurante de sushi favorito da minha vida, eu digo sem titubear: Kotobiya.
O Kotobiya era um restaurante pequeno na parte não-tão-nobre de Moema. Era basicamente tocado por um casal de velhinhos japoneses e servia num sistema de buffet a vontade, com opções limitadas mas todas muito bem feitas.
Pedir qualquer coisa que não estava no buffet (tipo um temaki) demorava um bom tempo mas era tudo muito bom para reclamar de qualquer coisa lá.
E eu fui tipo 3 ou 4 vezes lá. Eu comi em vários lugares muito bons desde que o Kotobiya fechou mas memória é um negócio traiçoeiro e sempre vou falar que o Kotobiya foi o melhor lugar que já comi um sushi.
Mex-Cla
Nunca na vida eu achei que ficaria triste por uma rede de restaurantes de shopping fechar.
Eu amava o Mex-Cla, amava! Burrito de carne assada COMPLETAÇO + nachos + guacamole extra + chá de hibisco e o negócio dava menos de 40 conto, porra se não valia a pena.
E toda vez que eu ia no Shopping Paulista ou no Eldorado eu precisava comer no Mex-Cla, vai se foder, como eu amo burritos.
Mas é, fechou e ficamos com a bosta que é o Taco Bell. Acho que tem uns restaurantes de rua que montam burritos e que devem ser melhores que o Mex-Cla, mas só de ter a garantia que eu comeria um BURRITÃO quando eu fosse pra boa parte dos shoppings que frequento, me dava paz de espírito.
Shinozaki
A Shinozaki ainda tem uma loja no Shopping Sogo, mas ela é um cubículo do espaço que abrigava a então maior loja de otakisses do Sogo.
A Shinozaki vendia desde pelúcias, figures, pingentes e chaveiros até card games e outras otakisses em geral, e era a maior loja disso no Sogo.
O tempo passou e mais lojas foram surgindo lá, tem umas no terceiro andar que só vendem figures, outras que só vendem mangás e abriu a Epic Game na Rua da Glória que é especializada em card game e dispõe de um espaço bem maior que o mezanino improvisado, escuro e mal ventilado que a Shinozaki tinha pra galera jogar Yugioh ou Pokémon.
A Shinozaki, ou o mano que ficava vendendo os card game na Shinozaki, ainda estão no Sogo, num cubículo que era parte da antiga Shinozaki. Hoje lá é mais especializado em card games em geral, e na real que as outras lojas do Sogo substituíram bem o que era a Shinozaki, mas fica a nostalgia de tempos passados.
Menções Honrosas
Aquela hamburgueria de Shopping que servia hamburger no prato com arroz, a H3, era um lugar que eu também sempre gostei de comer enquanto durou, mas vendo agora não é difícil dizer porque não deram certo.
Sukiya da São Joaquim, o primeiro, tinha mais ou menos o mesmo tamanho do atual que fica no lado da estação São Joaquim, mas ele tinha bem mais a vibe de um Sukiya do Japão mesmo. Eu gostava demais de comer no extenso balcão que tinha no antigo Sukiya, que em restaurantes menores da rede no Japão, é o único lugar que você pode se sentar. Eu lembro que eles instalaram TVs no Sukiya da SJ pra passar os jogos da copa de 2014, não preciso dizer que eu e meus amigos fomos os únicos imbecis a realmente assistir um jogo do Brasil lá né? (pelo menos não foi o 7 x 1). O Sukiya da SJ hoje é muito mais apresentável e assume toda aquela identidade visual que julgo que os caras inventaram pras lojas fora do Brasil, mas eu preferia o antigo viu.
A Fnac da Paulista é outro lugar que fechou e a gente se pergunta como durou tanto. Não era a melhor livraria, não era a melhor loja de eletrônicos e era cara ainda, mas eu curtia a parte de HQs lá. Livrarias em geral tão sumindo por causa da Amazon né, hoje só as bem de nicho tipo a Cultura ou a Livraria da Vila sobrevivem, a Saraiva é outra que vai acabar morrendo daqui a pouco.
E acho que é isso. Até pouco tempo atrás eu só conhecia a Liberdade e a Paulista (o que não mudou muito pra falar a verdade) e o ritmo em que a Liberdade anda mudando ultimamente é assustador. O triste é pensar que eu consigo me lembrar de bem menos estabelecimentos que fecharam aqui perto de casa nos últimos 10 anos do que os que sei que fecharam que visitei no Japão em três meses de 2018/2019.
E é isso aí,
vlw flw
té mais!
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