sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Intervales

A primeira vez que fiquei longe, ou melhor: "longe", dos meus pais foi em 2009 quando o meu colégio levou a gente num "estudo do meio" (vulgo passeio) pra Intervales, que é um parque cheio de cavernas pra galera explorar.

Foi tudo muito novo, acho que essa é mais uma daquelas experiências que foram o gostinho de liberdade que tive antes de ir pra faculdade.

Mas enfim, viagem de um bando de moleque de 13 anos pra um lugar no meio do mato é o que parece ser, nada muito extraordinário. O meu quarto e mais um outro acabaram sendo mandados pra um chalé na puta que pariu já que o principal tinha lotado com o resto da galera, aí acabou que foram seis nego pra esse chalé, mais um monitor e o motorista do ônibus.

Acho que o legal de ter sido mandado pro chalé isolado com mais outro quarto, um monitor e o motorista é que a gente acabou ficando mó amigo, acho que se tivéssemos ficado todo mundo no mesmo lugar ia acabar sendo uma putaria e eu acabaria ficando no meu quarto mesmo com o pessoal que conhecia.

Lembro das várias trilhas que andamos, a maior delas com uns 15km se não me engano, além de várias cavernas legais pra caralho, uma cachoeira também, e meu eu de 13 anos ficou tão encantado com a viagem que até um tempo atrás eu tinha uma vontade de voltar lá um dia com meus amigos, afinal é um passeio legal que não parece ser tão caro assim, além de fugir daquela coisa que VIAGEM DE UNIVERSITÁRIO PRECISA SER JOGOS OU PRAIA AAAAHHHHHHHH.

A comida lá era a típica comida simples de interior, simples mas sempre boa, a sobremesa era uns picolés de origem duvidosa que, como todos nós sabemos, é o melhor tipo de picolé. Os caras da agência até tentaram agradar a gente fazendo meio que umas "baladinhas" (agora não lembro se foi uma ou mais): basicamente deixaram a gente num salão com umas músicas eletrônicas tocando e luzes, AH AS LUZES PISCANDO, como vocês devem ter imaginado, só quem se esforçou muito achou aquilo minimamente divertido, imagina você numa balada e todo mundo lá tá sóbrio! Nem a garotada de 13 anos tava muito animada com a ideia mas oh well, melhor que nada.

Na moral que nem tenho muito o que falar sobre essa viagem, um fato curioso é que o monitor que ficou com a gente no chalé, saudoso Tio Pica-Pau, me chamou de Shidochi durante a viagem inteira depois que viu o meu nome, e eu achei tão legal essa aglutinação do meu nome (japonês) e sobrenome que acabei adotando ele pra usar como nick, quando não uso "Tesslakane" (que tirei de outro lugar que não convém falar agora).

Eu escrevi essa memória que me veio outro dia porque me peguei lembrando das trilhas que andei naquela viagem e da pausa que a gente deu numa clareira onde metade do pessoal se jogou no chão de cansaço, e tava chovendo, acho que hoje eu teria desmaiado naquela ocasião.

Enfim, por hoje é só.
vlw flw
té mais pessoal

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