A essência da falha e a dignidade da pessoa comum

Pois bem galera, hoje reprovei no exame prático do Detran.
"Caralho Yoiti, é fácil pra caralho e yadda yadda yadda..." sim sim, eu sei que fiz cagada e tudo o mais, mas sei lá, eu tava nervoso e posso criar aqui 2345 desculpas diferentes, mas falhei miseravelmente.
Mas enfim, isso me fez pensar como estou me acostumando a falhar, a cometer burradas. E isso está bem documentado neste blog.
A começar pelas reprovações nos vestibulares quando eu estava no terceiro ano (2013) que eu tinha feito primeiras fases muito bem mas simplesmente caguei nas segundas fases, e depois vieram as provas na Poli que, como vocês podem ler até hoje aqui, continuam me fodendo.
Agora, a falha é necessariamente algo ruim? Eu sinceramente acho que não, além daquele papo batido que você se aprimora mais com as derrotas do que com as vitórias, na essência de errar há uma beleza em si, algo que dá dignidade pras pessoas comuns. É isso que somos afinal: pessoas comuns, não gênios, abastados e nem no outro fim da escala.
E vejamos, não estou aqui romantizando o fato de ser medíocre, acho que "aceitando" seria uma palavra mais correta para esta situação, e isso não é fácil. Aceitar que você não é um gênio e que você não tem milhões de dólares de backup caso dê merda é uma coisa difícil de engolir, mas é preciso.
Agora, aceitar a sua própria falha não é sentar ao relento esperando sua própria morte, é saber que a inspiração não vai sair do seu cu e que você tá mais pra Edison do que pra Tesla, e isso já mostra que não é sempre o gênio que se dá bem.
To falando desse negócio de Gênio vs Pessoa Normal mas a real é que acho que genialidade é mais quantitativa que qualitativa, e pode ser chamada de talento, mas isso é assunto pra outro post.
per aspera ad astra diriam os romanos
Este post foi inspirado pela música "Common People" da banda Pulp e pelo personagem Misogi Kumagawa do mangá Medaka Box.