quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Primeiro post sobre música brasileira na história deste blog, podem tirar foto

Manos (e manas talvez), como vocês já devem ter percebido nos últimos 3 ou 4 posts, o último álbum do Kinoko Teikoku foi uma bosta, uma merda total, uma decepção, pra vocês entenderem:
Isso é o som deles antes de assinarem com a Universal.
E isso, bem, isso é depois deles assinarem.
Pois é, ces podem não achar muito diferente, "é merda japonesa do mesmo jeito, Yoiti!" sim, sim, foda-se sua opinião, eu fiquei bem chateado, posso dizer que esse último álbum deles foi a pior decepção do ano, e olha que com minhas notas na Poli é foda falar isso hahahhahah.
Mas bem, enfim, falei isso tudo só pra dizer que comecei a ouvir música brasileira, eu já ouvia Elis e Chico Buarque, além de Samba de raiz, obviamente, mas quis encontrar as verdadeiras joias da nossa música.
Cheguei numas listas soltas, e por mais que eu não respeite a Rolling Stone como revista, a lista deles de melhores álbuns nacionais me parecia bem sólida, dando um cross nela e numa lista de recomendações que achei por aí cheguei nuns álbuns: Clara Crocodilo do Arrigo Barnabé, Tropicália ou Panis et Circencis e Acabou Chorare dos Novos Baianos, além disso cheguei em outros artistas como Nara Leão, Mutantes, Secos e Molhados, etc. Achei boas joias que me passaram desapercebidas por um bom tempo. Eu amei a voz da Nara Leão em especial s2, já está no processo de seleção final para ter seu retrato pregado na minha parede de notáveis (junto com Tesla, Tito e Shiina Ringo, por enquanto).
O foda da música brasileira é que suas joias estavam nos anos 60/70/80 e não nos 90/00/10 como no Japão, isso pode ser ainda porque não procurei direito, mas a cena musical do Brasil hoje não é nada animadora, não pra fãs de shoegaze/dream pop pelo menos, apesar que a cena rockabilly tava bem legal até uns anos atrás.
Enfim, vou dormir que amanhã tenho CFC, uma bosta.
Vlwflw, té mais

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Música japonesa porra!

Hoje vou falar de algo que ninguém que lê esse blog se importa.
"Vai falar da sua vida, Yoiti?"
Não seu pau no cu, vou falar de música japonesa, como eu vivo referenciando as bandas e nunca aprofundo sobre elas nos posts, vou escrever aqui um pouco mais. Não arrisco falar sobre as bandas ocidentais porque sei bem pouco delas, e tem mais gente (no Brasil pelo menos) que poderia falar que estou escrevendo bosta hahahahha, bem, vamos lá. Vou ser sucinto, e usar imagens e vídeos! (primeiro post decente em tempos dessa porra), aproveitem).
Bandas que não inclui por saber muito pouco: Tricot, Number Girl, Uminote e Polysics.
  • Shiina Ringo e Tokyo Jihen
Shiina Ringo com sua Duesenberg Starplayer TV, quadriculada DOURADA
A mulher que mais admiro (depois da minha mãe, obviamente) e artista que mais admiro também, tem um post que fiz faz uns tempos conectando minha vontade de fazer uma obra de arte e a obra máxima dela: Kalk Saamen Kuri no Hana, depois desse álbum ela se "aposentou" da carreira solo e criou o Tokyo Jihen, uma banda onde ela compunha maioria das músicas, não mudou muita coisa como você deve ter pensado. Os últimos álbuns dela decepcionaram, mas ela ainda mantém um status respeitável tanto no Japão quanto nas minhas playlists.
  • Kinoko Teikoku
Foto da banda pra promover o segundo álbum, nem queiram ver a mais nova
Prometia muito, decepcionou totalmente. Os primeiro álbuns mostravam um som nu-gaze muito legal misturado com alguns clichês do jpop e do emo. A voz da vocalista Chiaki Sato combinava bem com o "noise wall" das guitarras distorcidas características do gênero. Ano passado eles lançaram um álbum indo já para um som mais pop, depois que assinaram com uma gravadora grande a porra toda desandou de vez, ficou totalmente pop, uma bosta.
Eureka, mostra bem a mistura Shoegaze-Emo-Jpop.

  • Judy and Mary

Da esquerda pra direita: Onda, Kohta, Takuya e Yuki
Foi com essa banda que comecei a ouvir música japonesa além das aberturas e encerramentos de animes (apesar de eu ter conhecido a banda pela abertura de Rurouni Kenshin), a discografia é claramente dividida em duas fases: a primeira mais feliz e comercial com a maioria das músicas compostas pelo baixista Yoshihito Onda, e a segunda mais experimental com a maioria das músicas compostas pelo guitarrista Takuya Asanuma. A minha fase favorita é a primeira, o terceiro álbum em especial é meu favorito, aquela porra transpira anos 90.
Judy and Mary se destaca pelos vocais inigualáveis da vocalista Yuki Isoya, passei muito tempo procurando covers decentes da banda mas nunca achei um que fizesse justiça à voz dela. A banda acabou em 2001, provavelmente por causa da Yuki descobrindo o potencial de sua voz, mas acabou criando uma infinidade de bandas que copiavam seu estilo único, dentre eles: Hysteric Blue, GO!GO!7188 e Shakalabbits.
Você já deve ter ouvido essa música.
  • Hara from Hell
Só sei o nome da Yoko, e nem é o verdadeiro...
Uma banda extremamente indie com um estilo único, acabou indo pro Canadá por causa da iniciativa de um cara lá que acaba levando uma série de bandas pra fazer tour pelo país (Next Music from Tokyo), Kinoko Teikoku incluso. Não possui muito apelo comercial, ouço porque me faz sentir numa garagem de Tokyo, o feeling de banda de garagem é gigantesco.
A vocalista Yoko Tatejima (que descobri faz pouco tempo que é um pseudônimo) canta de maneira bem relaxada e às vezes desafinada, e isso só contribui pro feel good da coisa toda, fiz referência a ela num post faz um tempinho.
Uma das músicas novas, sinta o garage-feel.
  • Shinsei Kamattechan
Adivinha quem é o vocalista 

A maioria das músicas tem um instrumental horrível, os primeiros álbuns têm letras muito boas pelo menos. O vocalista Noko é o motivo de todo o sucesso da banda, sofreu bullying na escola e fez muita música sobre isso, letras excepcionais. Agora com o cu cheio da grana, Noko é um ícone na internet do Japão, ele usa um capacete de obra escrito o kanji de "deus" (qualquer semelhança com o objeto no lado da minha cama não é coincidência, essa porra é muito legal, tanto que todo mundo que pisou no meu apê já usou esse capacete, é praticamente um ritual). A música deles agora é um pop normal, mas o segundo álbum é digno de top 10 dessa década no Japão.
"A música atual é uma merda! Não importa quando estivermos, você sempre irá dizer isso"
  • Ichiko Aoba
A girl, her guitar and the sound of the universe

Cantora de folk que só usa um violão e a voz nas suas canções, música pra dormir ou relaxar completamente. Se o last.fm contasse meus plays no celular, ela estaria no top3 fácil. O álbum "0%" live dela é excepcional, melhor folk que ouço há décadas.
Uma verdadeira epopeia folk, 12 minutos de pura arte.
  • Nujabes
RIP Nujabes

Música para estudar, mistura de jazz e hiphop, dj japonês que acabou morrendo faz uns anos num acidente de carro em Tokyo. Músicas muito boas com samples de ótima qualidade e batida bem legal, recomendo pra todo mundo mas não revelo que o cara é japonês de início, maioria tem preconceito hahahahhaha.
Não tenho mais preconceitos com hiphop depois disso.
  • Supercar
De onde veio a fumaça? 

Uma das bandas precursoras do shoegaze revival no Japão, o primeiro álbum é uma sólida mistura de shoegaze e jpop mas depois eles entram num eletrônico pesado, o que não é minha praia.
Depois da banda se separar, faz uns anos, a baixista e o vocalista formaram com a guitarrista do Number Girl (outra banda boa por sinal) a banda LAMA, digamos que o nome fala por si só.
Lucky, música mais famosa da banda, último live.
  • Hysteric Blue
Estuprador à direita

Um dos filhos de Judy and Mary, um happy go round bem default mas com umas reviravoltas, o álbum "Bleu-Bleu-Bleu" por exemplo tem uma pitada meio dark que não achamos em Judy and Mary. A vocalista Tama é bem eclética, mas não chega aos pés da Yuki.
A banda teve um fim prematuro quando o guitarrista foi preso por estupro, e isso acabou fodendo de vez com a carreira da vocalista e do baterista, por mais que eles não tivessem culpa, a banda acabou ficando com uma má fama, Os dois membros não presos tentaram formar banda umas três vezes, pena que não obtiveram uma fração do sucesso alcançado pelo Hysteric Blue.
Abertura de um animê que passava no Toonami, a abertura era uma das highlights.
  • Mutyumu
O que esperar de uma banda toda cabisbaixa?

Uma "banda de funerais, para funerais", eles misturam Death Metal com Ópera, o resultado é lindo. Até o momento temos dois álbuns lançados, a vocalista Hatis Noit tem um side project chamado Magdala, vale a pena conferir.
Pode parecer maçante pra quem não curte, mas é do caralho, pra mim pelo menos.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Fallout 4, barquinhos e decepções musicais

Rolou muita bosta de lá pra cá, muita mesmo.
Bosta boa, bosta bosta, mas eu tive minha cota de tragédias pra poder postar aqui, nada muito extraordinário mas é o que temos pra hoje.
Bem, hm, meu último post foi no final de Outubro, de lá pra cá ocorreram algum fatos mundanos de relevância relativamente alta para minha pessoa, vamos enumerá-las:
  • Fallout 4 foi lançado, E TÁ DO CARALHO, PUTA MERDA QUERO JOGAR MUITO ESSA PORRA, SANTA MÃE DE CRISTO JESUS, CARAAAAALHO ESSA PORRA TÁ MUITO FODAAAAAAAA;
  • Kinoko Teikoku lançou o álbum que foi oficialmente a última pá necessária pra enterrar a carreira de Shoegaze-revival que eles propunham no início, ou até 2013 pra ser mais preciso. E isso me deixou mais puto que o usual, santa porra, o som deles era do caralho e você podia perceber que tinha coisa boa lá embaixo ainda, os álbuns deles tinham um feeling meio cru ainda, coisa que você esperaria maturar em dois ou três anos, não fosse as grandes gravadoras do Japão... Eles assinaram com a Universal e foram direto pro poprock usual, mais uma vítima do corporativismo japonês;
  • Me fodi um pouco mais na Poli, mas isso não é novidade;
  • Terminei de ler "A insustentável leveza do ser", o título é mais difícil de entender que o livro, que por sinal é um 6/10 average;
  • Eu e meu amigo (MUITO LEGAL POR SINAL) ganhamos uma competição de barquinhos numa disciplina aqui da Poli, chupa essa, sociedade;
  • Santos perdeu do Palmeiras na final da Copa do Brasil, e quase morri na decisão por pênaltis;
  • Descobri que ler James Joyce no metrô não dá certo, acho que ler James Joyce et all não é uma boa ideia;
  • Nenhum mangá me decepcionou nesse espaço de tempo, o que é bem raro levando em consideração que acompanho uns 50 títulos e alguns deles são do SASUGA KEI (mentira, droppei todos dele, filho da puta);
  • Pensei seriamente em sair da Poli mais uma vez, mas dessa vez foi mais sério. Depois que pensei melhor naquela coisa de fazer a minha obra e acho que vai ser na Poli mesmo que vou tentar fazer minha MAGNUM OPUS, depois tento ir pro meio, uhm, mais artístico.
E bem, é isso.
Escrever em itens é mais fácil mas acho que é meio bosta, escrever em parágrafos ainda é melhor, só não estou com saco para fazê-lo ahora.
vlwflw
té mais