A questão é: nunca, na minha vida inteira, pensei que um dia eu ia dizer que tem muito trabalho e muita prova, mas puta merda, tem. Eu sinceramente não dou fodas voadoras (I don't give flying fucks) pra minha nota, esses dias estão até me fazendo pensar seriamente do que fazer na minha vida.
Eu sinceramente sempre achava que aqueles vestibulandos reclamando da vida toda hora era exagero, mas não é, puta merda como não é. Eu convivo num ambiente de vestibulandos desde que tinha meus 3 ou 4 anos, desde que eu meu dou por gente em outras palavras, mas nunca me imaginei sendo um, fazer cursinho não tava nem perto dos meus planos (até ano passado pelo menos). Eu achava que ia passar no ITA direto, ganhar milhões e ter uma família e morrer com 100+ anos, agora AGORA eu não sei nem se com cursinho eu passo na USP/UFRJ, com uma pré-diabetes e 100kg não sei nem se passo dos 30.
Isso de forma alguma é um desabafo, tenho certeza que apesar de tudo APESAR DE TUDO vou passar na gloriosa engenharia naval, seja da USP/UFRJ ou da Universidade de Tokyo, e depois de me ver mais livre vou continuar o Karate de onde parei e finalmente começar a usar a academia de lá, já que nunca usei. A questão é que a porra do vestibular está lá, entre meu futuro e meu fracasso, entre minha ruína e meu sucesso. Talvez o vestibular nem seja tão importante assim pra ser bem-sucedido mas é inevitável um estudante de terceiro ano jogar tudo pra cima dele.
- Porra, você não fez o trabalho!
- Caralho! Você engordou 10kg!
- Você é um fracasso social!
- Puta merda! Você matou seu gato de fome!
E enfim, o labirinto se estende. No final do ano pelo menos posso falar que, apesar do cursinho e da constante ilusão, fiz tudo isso com um puta dum objetivo em mente, e um objetivo nobre pra cacete ainda!
Passar na porra da Fuvest.
E de novo: só não sinto self-pena da minha pessoa porque lembro que tem gente que tenta passar em medicina.
Falou então, bye.
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